segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Morro da Urca revive os bons tempos do Rock Nacional


No cenário que marcou alguns dos principais shows da década de 80, Lobão, Pitty e Frejat abriram a temporada 2008 do Festival Verão no Morro da Urca. O lugar, conhecido por ser um dos principais pontos turísticos do Rio, vai receber até o final da estação mais aguardada do ano, shows de grandes artistas do pop-rock nacional.
Na noite de estréia, Lobão e Frejat, dois remanescentes dos anos 80, dividiram o palco com a novata Pitty. Quem esperava por um show de cada músico com sua banda particular, viu a banda liderada pelo tecladista do Barão Vermelho, Maurício Barros, tocar grandes clássicos do rock nacional, cantados por cada um dos músicos, com direito aos três juntos no final.
Era por volta de meia noite e meia quando o Lobão subiu ao palco. Logo de início ele mandou um dos seus grandes sucessos “Canos Silenciosos”. O refrão (E a noite tá no sangue de hoje, deixa a noite rolar) já deu a entender o que viria pela frente. Irreverente, Lobão surpreendeu a todos tocando Raul Seixas e satisfazendo a ânsia dos fãs que sempre insistem em clamar “Toca Raul!!!!”. Depois disso, ainda atacou de Jorge Ben, mais uma surpresa.
Em seguida, o carioca deu lugar à cantora Pitty. Entre uma careta e outra, a baiana mostrou porque é considerada uma das revelações da nova geração. Quem esperava em ouvir clássicos da Pitty, teve que se contentar em ouvir apenas Deja-vu, música do seu segundo CD, Anacrônico. Inspirada, pelo punk – rock, Pitty foi feliz ao tocar “Até Quando Esperar” do Plebe Rude. “Para mim essa música é um hino que marcou a minha época”, declarou. E levantou o público em “Mantenha o Respeito”, do Planet Hemp, mesmo esquecendo parte da letra.
Quando Frejat subiu ao palco, o público já estava devidamente aquecido. Os acordes de “Por que a gente é assim?”, empolgaram ainda mais a platéia, que não se cansava de tomar mais uma dose, como bem sugere a introdução.
O “grand-finale” não podia ser diferente, e os três cantaram juntos, num encontro inusitado, porém bem afinado. O desfecho foi com “Inútil” do Ultraje a Rigor. Além da decepção, de quem esperava ouvir mais músicas de cada um dos três cantores, quem foi à Urca saiu sem ouvir Legião Urbana. Uma injustiça, num show que passeou pelos principais nomes do Rock Nacional de 80. Ainda assim, o show animou quem esteve por lá.
Outro ponto positivo ficou por conta da qualidade do som e da produção do evento, que garantiu o estacionamento gratuito e organização tanto para subir quanto descer de bondinho ao final do evento. Talvez isso justifique o alto preço dos ingressos.

5 comentários:

  1. É isso aí "mestre", vc conhece;

    Grande abraço e... música sempre!!!

    Ass: Murilo Costa

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  2. Gostei da proposta do blog, mas achei o primeiro post pouco original na 'pegada'. Talvez fosse legal vc explorar o porquê desse 'revival' com os anos 80, verdadeiro fenômeno cultural desse início de século. Uma forma dos velhos faturarem um qualquer ou genuíno louvor à música de qualidade - em um momento de mesmice generalizada do rock (no Brasil e no mundo)? Tenta pegar aquilo que está por trás do evento. Nem sempre é possível, mas é importante aguçar esse olhar para o fato. Manda brasa aí e boa sorte na empreitada! Parabéns!

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  3. pode crer muito boa a proposta do bloggggg pode contar comigo .

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  4. E AI BORDER!!! GOSTEI MUITO DO SEU BLOG!!! VC É ENTENDIDO NO ASSUNTO!! ABRAÇO!!!

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  5. Vc sabe muito irmão, desde da Desordem e Regresso, onde fui seu roadie no ginásio esporte de IOS - lembra? - rsrsrs. Abração e mais sucesso

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