quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Command6 lança segundo álbum independente online


 
Formado por Wash (voz), Bruno Luis (guitarra), Attilio Negri (guitarra), Johnny Hass (baixo) e Bugas (bateria), o grupo paulistano Command6 comemora os quatro anos de estrada em grande estilo. O quinteto acaba de lançar “Black Flag”, segundo álbum da carreira.

O novo disco conta com onze músicas, composições de Wash, que abordam desde a inquietude do vocalista, como “Crush The World”, música que abre o disco, até temas como política e a alienação da população brasileira, como em “Ace In The Hole”.

O disco, que pode ser ouvido na íntegra no site da banda (
http://blackflag.command6.com), impressiona não apenas pela ferocidade com que a banda executa cada riff, mas, principalmente pela excelente qualidade.

Difícil eleger o melhor momento do disco, mas vale destacar “Dawn of a Man”, com riffes de guitarras bem marcantes, além de “Lies So Pure” e a própria faixa que dá nome ao álbum. Destaque também para momentos opostos: “Sunshine”, talvez o momento mais tranquilo do disco, “Logic or Nonsense”, um crossover no melhor estilo Ratos de Porão/Sepultura, com refrão em português, e o cover de “Maior Abandonado” que fecha o disco.

Produzido, mixado e masterizado por Bruno Luiz e Adair Daufembach, “Black Flag” comprova porque o Command 6 é um dos grandes nomes do underground e da cena metal brasileira.
 
 
 
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Muito além do beat box

Fernandinho Beat Box tornou-se conhecido principalmente pela capacidade de imitar com perfeição instrumentos e batidas musicais apenas com a boca. O artista ingressou no Rap com o grupo  Z´Africa Brasil e não demorou muito para ir além. Gravou e se apresentou ao lado de diversos artistas como Marisa Monte, Fernanda Abreu, Elza Soares, Seu Jorge, Wyclef Jean (Fugees), Gabriel o Pensador, Paulinho da Viola, Lenine e outros. Mas foi ao lado de Marcelo D2 que se trabalho se tornou ainda mais popular e reconhecido também fora do Brasil.

Partindo para voos ainda mais altos, Fernandinho estreia como MC em “Caminho Estreito”. O disco traz 15 faixas onde o Fernandinho fala um pouco das suas experiências de vida e passeia por ritmos que vão do reggae ao samba, sem deixar de fora as raízes no Rap, sempre presente nas suas composições. O álbum produzido por Renam Saman e DJ Caíque, traz ainda uma série de convidados especiais.

O Vitrola bateu um papo com Fernandinho que fala um pouco mais sobre sua nova empreitada. Confira.

VN- Você é um nome bastante conhecido não apenas na cena do hip-hop pelo seu trabalho com o beat box. Como foi ir além do beat box e encarar também o papel de MC nesse primeiro trabalho solo?
FBB: É algo novo e contei com algumas pessoas para isso como o Renan Samam, porém era o momento oportuno pra acontecer. Nesse disco estão meus modos de ver a vida, os seres humanos, sociedade, valores e Deus. Com toda certeza quem ouve o disco inteiro ouve o modo do Fernando da Silva Pereira pensar.

VN - O hip-hop nunca esteve tão valorizado. O ritmo que antes era ouvido somente na periferia hoje está em todas as classes sociais. Durante um tempo, uma parte mais radical do hip-hop criticou a postura de artistas que evoluíram, gravaram clipe e fizeram com que o seu som atingisse públicos ainda maiores. Como você vê essa mudança na postura dos artistas do hip-hop?
FBB: Creio que é uma boa evolução, não vejo com maus olhos como os mais conservadores, porém sei que devemos manter as raízes. Acredito que o problema não seja cantar para periferia ou cantar para quem temais poder aquisitivo, mas sim quem fortalecemos quando nos estabelecemos em posições mais altas, que mensagem levamos e qual nossa real intenção. Isso classifica os que realmente estão interessados no crescimento do movimento Hip-Hop.

VNN- O disco reúne diferentes influências como reggae, soul, samba, guitarras pesadas. Como foi o processo de produção do disco? Todas as letras são suas? Como surgiu a ideia para as participações?
FBB: O disco foi produzido pelo Renan Samam e algumas músicas pelo Dj Caíque. Basicamente ia com as minhas ideias e somava à criação dos beats deles. Quanto às letras são minhas e do Renan Samam e as participações foram surgindo conforme a produção foi avançando. Chamei pessoas que tinham a ver comigo e com minha história, tanto de vida quanto profissional, mas alguns artistas infelizmente não foram possíveis e vão ficar para o próximo disco.

VN- Como é a estrutura que você leva para os shows?
FBB: Hoje tenho o formato com Banda e Dj + Dee, essas são minhas prioridades pois acredito que cria uma atmosfera muito boa para execução do meu trabalho. Conto com ótimos músicos e uma boa equipe de backstage. Não que eu vá parar de fazer beat Box,  porém, a prioridade agora é trabalhar meu disco “Caminho Estreito”. Mas no show também tem meu momento de fazer beat box.

VN- Por fim, deixa uma mensagem para a galera que lê o Vitrolanews e que acompanha o seu trabalho.
FBB: Quero agradecer a você que curte, lê e compartilha o Vitrolanews, agradecer de coração a todos que acompanham meu trabalho, lembrar que ele é feito de coração para cada um de vocês. E é simples acompanhar minha agenda basta estar atento às redes sociais (Facebook / Twitter) e pelo meu site www.fernandinhobeatbox.com.br e o site da produtora www.mossproducoes.com.br .E lembro a todos que: não tem como não alcançar, se você sonha e luta, você conquista.