quinta-feira, 31 de julho de 2008

Cariocas são os primeiros a conferir o show do Muse no Brasil


Depois de passar pelo México, Colômbia, Argentina e Chile, os ingleses do Muse finalmente chegam ao Brasil. E os fãs cariocas foram os primeiros a conferir a passagem da banda britânica por terras tupiniquins, nesta quarta-feira (30). Matthew Ballamy (voz e guitarra), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria) trazem na bagagem a mistura de indie, rock progressivo e música eletrônica, e para essa turnê ainda contam, no palco, com a presença do tecladista Morgan Nichols.

O show desta quarta-feira foi marcado por músicas do último álbum em estúdio, Black Holes and Revelations, de 2006. Mas o grande público, que compareceu ao Viva Rio, ainda pôde conferir músicas dos quatro primeiros discos da banda (Showbiz, 1999; Origin of Simmetry, 2001; Hullabaloo, 2002 e Absolution, 2003). A turnê divulga o recém-lançado CD/DVD Haarp.

A revista Classic Rock elegeu o show do Muse como um dos 50 melhores shows de todos os tempos. Então, para quem não pôde conferir o primeiro show dos ingleses no Brasil, restam ainda duas oportunidades. A banda se apresenta em São Paulo, nesta quinta-feira (31), e Brasília (02/08), no próximo sábado, como uma das principais atrações do festival Porão do Rock. Do Brasil o Muse segue para Dublin.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vai bombar no Porão


Os brasilienses do Supergalo estão entre as atrações que se apresentam nesta sexta-feira e sábado (01 e 02/08), no estacionamento do estádio Mané Garrincha, na 11ª edição do Porão do Rock.

A banda, formada por Luiz Eduardo Alf (voz e guitarra), Marcelo Vourakis (guitarra e voz), Daniel Barbosa (baixo e voz) e Fred Castro (bateria), nasceu na estrada e traz na bagagem experiências anteriores com Raimundos, Maskavo Roots e Rumbora.

O quarteto gravou uma fita demo que logo se destacou no site Trama Virtual, rendendo muitos convites para shows. Desde então, o grupo tocou em festivais na Europa (Alemanha, Holanda e República Tcheca), Argentina e Brasil afora. O som do grupo, repleto de agressividade e sarcasmo, é “uma trilha demencial dos tempos modernos, com riffs e levadas fatais para cardíacos e uma poética de surrar os hipócritas”. O primeiro petardo é “Bombando em Bagdá”, que já tem clipe com direção de Sérgio Glasberg, da Companhia de Cinema.

O show do Supergalo no Porão do Rock será no sábado, 2 de agosto, no Palco Principal do festival, no mesmo dia em que se apresentará a banda inglesa Muse. Em setembro, o Supergalo fará o show de abertura para o The Hives, dia 5 (Brasília – Pílulas do Rock) e dia 7 (Rio de Janeiro – Circo Voador).

Acesse o site www.poraodorock.com.br e saiba tudo sobre um dos mais festivais de rock do país.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Para matar saudades: Los Hermanos Ao Vivo em CD e DVD


Uma boa notícia para os fãs mais saudosos do quarteto carioca Los Hermanos. No próximo dia 29 de agosto chegam às lojas o CD e DVD, ao vivo, Los Hermanos na Fundição Progresso.

O álbum traz o registro dos dois últimos shows feitos pela banda, em junho do ano passado, quando foi anunciado que Marcelo Camelo e companhia estariam dando uma pausa, sem volta marcada, nas atividades dos Los Hermanos.

Oficialmente chamado “Los Hermanos na Fundição Progresso - 09 de Junho de 2007”, este é o quinto CD da banda, que antes lançou o disco homônimo Los Hermanos (1999), Bloco do Eu Sozinho (2001), Ventura (2003) e 4 (2005).

O novo CD, que tem a produção assinada pela própria banda, traz 14 músicas e serve de alento para os fãs que ainda não digeriram o término, definitivo ou não, da banda. Já o DVD, dirigido por Nilson Primitivo, contém a íntegra do show do dia 09 de junho de 2007 (26 músicas) e, como extras, cinco músicas gravadas no dia 08 de junho.

Resta saber se esse registro será o grande final da banda ou a retomada das atividades. No dia 28 de agosto, parte do DVD será exibido às 22h15, Multishow Registro - Los Hermanos, novo lançamento do canal.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Já foi tarde...


Na semana passada uma notícia “abalou” o cenário pop nacional: A banda Engenheiros do Hawaii anunciou, através do seu líder Humberto Gessinger, uma pausa sem prazo para o retorno aos palcos.

Hã?! E daí?! Que me perdoem os saudosistas e todos aqueles que adoram curtir e viver da nostalgia, mas Gessinger, excelente cantor e compositor, já devia ter partido para outra há muito tempo. Ao contrário de outras bandas, que mesmo com os anos conseguiram uma fórmula para manter-se na ativa, a exemplo dos Paralamas do Sucesso, e até mesmo do Capital Inicial e todos os “vamo lá moçada” de Dinho Outro Preto, os Engenheiros perderam a “mão” e não conseguiram se encontrar mais depois da separação de sua formação clássica. Um trio que tinha, além de Humberto Gessinger (vocal e baixo), Carlos Maltz (bateria) e o guitarrista Augusto Licks.

Na verdade, a melhor fase da banda foi vivida com essa formação durante os quatro primeiro discos (Longe Demais das Capitais – 1986, A Revolta dos Dândis - 1987, Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém - 1988 e Alívio Imediato - 1989). Em 1990, com o Papa é Pop, as coisas já não eram mais as mesmas e os Engenheiros do Hawaii também não. Depois daí foram sucessivas mudanças de formação, até que a “Infinita Highway” continuasse a ser trilhada apenas por Gessinger.

A pausa dos Engenheiros marca o início de uma outra fase para o músico gaúcho, que a partir de agora se dedicará à dupla Pouca Vogal, recém-formada por ele com Duca Leindecker, vocalista do grupo Cidadão Quem.

Então, que os novos ares tragam mais inspiração para Gessinger e, quem sabe assim, uma nova luz para a música pop nacional, atualmente tão pobre e sem novidades. Por fim, parafraseando o poeta Vinícius de Morais, “Chega de saudade”, por que os Engenheiros já foram tarde, muito tarde!!!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Será?!


Slayer pode se aposentar depois do próximo disco

Em entrevista recente ao site “Thrash Hits”, o vocalista e baixista do Slayer, Tom Araya, declarou que a banda pensa em se aposentar após o lançamento de um próximo disco, que seria o último compromisso a cumprir dentro do contrato assinado com a American Recordings, em 1986.

Araya disse, ainda, que o grupo já está juntando idéias para um novo álbum, sem previsão de lançamento, e completou dizendo que não gostaria de envelhecer nos palcos. “Ver um homem de 50 anos batendo cabeça no palco não me agrada. Se eu assistisse a isso pensaria ‘ei cara, não acha que está um pouco velho pra isso? Você vai cair’”, afirmou o músico.

* Fonte Cidade Web Rock

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Crie uma estampa para o Porão e concorra a prêmios


Em parceria com a loja e grife de camisetas Verdurão, localizada no Conic (centro de Brasília), o Porão do Rock criou a promoção Estampa no Porão.

Quem quiser participar deve criar uma estampa exclusiva com a marca do festival. Pode ser hardcore, heavy metal, emo, indie, punk, qualquer coisa. Mas tem que fazer uma referência ao Porão. A melhor estampa escolhida dará a(o) ganhador(a) ingresso vitalício na Área VIP (camarote) do Porão do Rock, com direito a acompanhante. Ou seja, de 2008 até o(a) vencedor(a) (ou o Porão) morrer, poderá entrar de graça no maior festival independente de música do Brasil e assistir a todos os shows na boca do palco. E, claro, ainda ganhará uma camiseta com a estampa premiada este ano.

As artes das estampas devem ser enviadas para o e-mail estampanoporao@poraodorock.com.br até 23 de julho. Acesse o portal www.poraodorock.com.br, clique no link da promoção e leia atentamente o regulamento. Todas as artes serão expostas no blog do Porão (blog.poraodorock.com.br). E quem comentar, elogiar ou reclamar sobre as estampas concorrentes também participará de sorteio de ingressos para os dois dias do Porão 2008.

Invente, exercite a criatividade! Estamos esperando a sua arte!

Fonte: Porão do Rock

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cromonato: sangue grunge nas veias!


Formada por Edu Mazurca, voz e guitarra, Têco Brandão, bateria, e Thiago Barral, contrabaixo, a Cromonato traz no seu som influências que vão de Pearl Jam à Radiohead, passando por Silverchair e outras bandas que remetem ao grunge dos anos 90, ou à música inglesa.
Além da participação em diversas coletâneas e concursos, a banda traz, na bagagem, shows ao lado de nomes consagrados como Mudhaney, Angra, Born a Lion, Sepultura, Nação Zumbi, Moptop e outros, durante a 10ª edição do Porão Rock, em 2007.
Seguindo a proposta de fazer um som direto, sem deixar de lado parte das suas influências, o trio candango vai conquistando cada vez mais espaço no cenário underground nacional. Isso tem rendido ao grupo shows em outros Estados além da Capital Federal.
Apesar do pouco tempo de estrada o currículo dos brasilienses faz inveja à muitos veteranos e comprova de uma vez por todas a força da sua música.
O ponto fraco é ausência de um site oficial. Mas para quem quiser conhecer é só acessar o www.rollapedra.com/cromonato . Contatos através dos e-mails cromonato@hotmail.com / cromonato@cromonato.com.br .

terça-feira, 22 de julho de 2008

Novos Passos através da Música


Marcelo Mira esteve por dez anos à frente da banda de reggae brasiliense Alma D´Jem. Com ela conquistou fãs e conseguiu levar a sua música para todas as regiões, tocando nos grande festivais do Brasil. Após longo tempo na estrada, o Alma encerrou as suas atividades e o vocalista e guitarrista, radicado em São Paulo, agora prepara um vôo solo. O CD de estréia, Roda Gigante, foi produzido pelo DJ Deeplick e já está pronto. O lançamento oficial acontece entre agosto e setembro deste ano. Enquanto aguarda pelo novo disco, o VitrolaNews bateu um papo com Marcelo Mira, que contou sobre a nova fase da sua carreira. Confira!

Por que o Alma D´Jem acabou? Houve alguma influência da gravadora?
A banda sempre fez um trabalho honesto, com letras verdadeiras, buscando inovar na sonoridade. Passamos por altos e baixos e tivemos alegrias e tristezas, como em qualquer banda ou projeto que dure 10 anos. Só que chegou a hora de fechar esse ciclo para que outros fossem abertos. E foi o que fizemos. A gravadora não influenciou em nada.

Sempre esteve nos seus planos uma carreira solo? O que os fãs podem esperar dessa nova fase?
A carreira solo veio de forma natural, não estava nos planos mas também não era uma coisa tida como impossível de acontecer. É um projeto produzido pelo DJ Deeplick que trouxe uma ótima modernidade ao meu modo de compor e de cantar. Resolvemos iniciar com uma sonoridade nova, autêntica. Três músicas minhas que foram gravadas pelo Alma (Passos pela Rua, Minha voz e Teu lugar) foram regravadas com novos arranjos. O resto do disco é inédito. Os fãs podem esperar o mesmo comprometimento com a qualidade das músicas e letras, além da mesma energia.

Nos anos 80 a música nacional foi fortemente marcada pelo protesto, pela poesia de poetas como Cazuza, Renato Russo. Como você avalia o cenário musical atual? A música de hoje é mais sazonal do que antes?
Vejo músicas que compus há 8,10 anos em orkut de adolescentes de 15. Ou seja, apesar da música estar cada vez mais sendo tratada como bem de consumo, ainda é possível eternizar algumas canções. Só que não existe fórmula e isso depende exclusivamente do público.

A carreira solo trouxe alguma mudança na hora de você compor?
Cada compositor tem um estilo que é fruto do que ele ouviu, passou ou está passando na vida, etc... Mas mesmo assim precisa estar sempre se atualizando. Os temas a gente vai buscando no dia a dia, nas experiências que passamos ou que vemos as pessoas passarem.

Já tem algum site no ar para quem quiser saber mais sobre seu novo trabalho? Deixe os seus contatos de show, site, produtora.
O site está em construção, mas lá já se encontram o telefone e e-mail de contato. O endereço é www.marcelomira.com.br . O primeiro show dessa nova fase será dia 27 de julho no Parque da Juventude em São Paulo junto com Tihuana e Planta e Raiz.

Por fim, deixe um recado para quem espera pelo seu novo trabalho.
Espero que todos gostem dessa nova fase para que possamos interagir durante muitos anos. A vontade continua sendo de ser um grande artista brasileiro, e pra isso me dedico muito e conto com o carinho do público.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Tim Festival 2008: Principais atrações já estão confirmadas


A produção do Tim Festival já confirmou algumas das principais atrações para a edição 2008. Até o momento estão confirmados o sax tenor Sonny Rollins, a cantora de jazz Stacey Kent, as bandas indie Klaxons e The Gossipa, além dos grupos Gogol Bordello, MGMT e The National, a compositora e pianista de jazz Carla Bley, a cantora e compositora Esperanza Spalding e o britânico Paul Weller.

Apesar dos rumores de que a inglesa, e problemática, Amy Winehouse venha para o Festival, as chances se tornaram cada vez mais escassas quando a britânica resolveu, na última semana, cancelar alguns shows agendados para fazer tratamento de saúde. Independente da participação de Amy, a expectativa para o Tim Festival é tão boa quanto nos anos anteriores.

O festival acontece na segunda quinzena de outubro em três cidades. A Marina da Glória e o Teatro UFES, respectivamente, novamente hospedam as edições do Rio de Janeiro e de Vitória. Em São Paulo, cidade penalizada desde 2005 pelo som precário do Anhembi, este ano haverá mudança de local, ainda não anunciado.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Para Apaziguar...


Depois de muito hardcore e rock´n roll, o Vitrola acalma os ânimos e traz uma banda para apaziguar o ambiente. Formado por Izabella Rocha, Bruno Dourado e Kiko Peres (todos ex-Natiruts), o projeto InNatura é uma grande homenagem à música brasileira. Esse reconhecimento chega com o DVD/CD de estréia do trio, Um Artista Brasileiro, gravado ao vivo na sala Martins Pena, do Teatro Nacional de Brasília.

No repertório, além de músicas de Bruno e Izabella na época da ex-banda (Princesa do Cerrado, Misteriosa Atração, Discípulo de Mestre Bimba e Andar Pela Ilha), clássicos de novos compositores (Inflow e Foi, Sorriso de Flor – Rafael Pondé, Carcaça e Já Valeu, Luiz Carlinhos), e também algumas inéditas como a “Beleza Divina”, que abre o CD.

Depois de tanto tempo dedicado ao reggae, é inevitável que o estilo de Bob não seja uma referência forte, mas as músicas agora são temperadas com pitadas de folk, soul, samba-rock. Os arranjos, diga-se de passagem, muito bem executados, demonstram o amadurecimento, e o feeling dos três, acompanhados por uma excelente banda.

Enfim, ao ouvir InNatura, torna-se quase impossível não ter a impressão de que esse é mais um projeto fadado ao sucesso, ainda que tenha sido feito da maneira mais natural e despretensiosa possível. Mas, como está escrito no release oficial da banda, “Naturalmente musical ou musicalmente natural – quem ouvir, que tire as suas conclusões, e depois viaje com eles no som”.

Deck Disc 10 anos - Hardcore, Skate e Nostalgia


*Por Artur 'Kjá |HC1506

Fui convocado pela Pense para cobrir o show de 10 anos da DeckDisc,que conta com diversas comemorações, sendo divididas por gêneros e locais. Eu, hardcore até os ossos, fui convidado para assistir o primeiro set: Matanza, Dead Fish, Mukeka di Rato + Ratos de Porão e Cólera, no Circo Voador. Ótimo início de comemoração!

Aproveitando a reunião de dois ícones do punk HC, que muito agitaram minha juventude, convoquei a minha antiga galera do skate, a turma da Coronel Cota, rua do Méier que durante anos foi o pico e celeiro de skatistas com uma atitude acima da média do Rio, para me acompanhar nessa viagem ao passado.

Para quem andou de skate nos anos 90 conhece bem essa galera que citei... NorteShopping, monumento, praça XV... Funil, Lampião, Top, Bob... além dos agregados, tipo Sabá, Rato, Grosso... estávamos em todos os picos, sempre no melhor estilo 'Alva Boys', com atitude, skate e ação em nossas sessions... puta bons tempos! Era skate de alma, pois não tínhamos um fluxo de campeonatos, vídeos, sites, e nem nomes fortes no mercado mundial, diferentemente de hoje, onde já vi até pessoas que começam a andar pensando em patrocínio, viagens, Europa... nem de longe tem a verdadeira alma do skate: a ATITUDE HC.

Essa família que se criou em torno do skate, se mantém unida e evoluindo sempre, mostrando que o skate é muito mais do que esporte, e que as amizades criadas nesse berço transcendem níveis sócio-culturais, ajudando no crescimento como ser humano. Foram ao show comigo: RA, Funil, Urco, Orelha, Sonek, Top, Grosso e Sabá. Ou seja, advogados, empresários, artistas e um mestre.

Chegando na Lapa, de cara vejo a força que o Hardcore mantém, já que o evento, numa noite de quarta, contou com filas enormes formadas por punks (a maioria criada a leite ninho), skaters, velhos skins,lutadores, além das entidades que normalmente freqüentam o local. É interessante ver que a molecada, por mais que seja sobrecarregada de pagode, axé e bate-bundinhas, ainda consegue se blindar com músicas que tem conteúdo e mensagens, mostrando que ainda temos esperança de uma nova juventude, cada dia mais consciente e atuante.

Entro aos primeiros acordes do MATANZA, já que os eventos que circulam o Circo levaram diversas “cocotas” ao redor, deixando nosso olhar vagando por bundas e peitos, única coisa de bom que a merda de pagode e funk deixaram de cultura...hahahahah... mas ao primeiro acorde, minha verve HC me conduz ao epicentro do show.

Chegando lá tenho a impressão que o evento será uma noite de pseudo - hardcores, ouvindo pop-punk e achando tudo isso muito agressivo, pois estava muito lotado e o “pogo” era apenas um empurra-empurra. Porém, essa impressão é desfeita logo no início do Dead Fish, que incentivou um pogo agressivo, esquentando cada vez mais o abarrotado Circo Voador.

Minha idade tenta me enganar, me deixando cansado após o Dead Fish abrir um corredor no estilo 'baile funk' onde a horda ensandecida, que a cada minuto me conquistava mais, se degladiou sempre com muito pogo e diversão. Dou uma pausa no início do Mukeka para uma cerva e cigarrinho... aproveito para ver a fauna do local, e vejo como cresceu o número de fêmeas que decoram o Circo. OBRIGADO MTV!!!
Pin-ups, Junkies, Pop-Punks-Peitudas... a diversidade feminina é um colírio para os olhos vermelhos!!

Durante o relax, percebo a mudança de tom no vocal do Mukeka. Inconfundível: é o GORDO!!!! Corro para a roda, que nesta altura já ganhou o meu aval como autêntica, e me jogo ao som de Crucificados pelo Sistema... foda! Mesmo sem a banda, a presença marcante de João no palco, levemente alcoolizado, empolga e dá vida ao pogo, deixando a galera preparada para o grande show da noite.

No início do Cólera, fica visível a mudança de público no pogo, aparecendo anarco-punks e gangues HC que estavam esperando o momento certo para entrar em ação. Tretas, sangue, porrada seca e caos imperam no pogo agora.

Apesar da minha canseira, me mantenho ativo no meio do pogo, mantendo viva a tradição do skate do Méier, que sempre esteve no frontline da ação no Circo. Cotoveladas, demarcação de território e respeito pela minha pessoa fecham a minha atuação no pogo, já que, mesmo velho, muitos ainda lembram da minha versão 'não-tão-legal' na roda. Afinal, são 18 anos de pogo e hardcore, sendo 6 com banda, que ficaram marcados na memória, e na pele, de muita gente.

É foda ver uma nova geração com o mesmo espírito HC de antigamente,fazendo a tradição dos shows do Circo se manter viva. Espero muito que aconteça o mesmo no skate, que a nova geração busque no esporte o tesão e estilo de vida, e não apenas pensando em sugar o momento, ou em se profissionalizar.

Skate, assim como Hardcore, tem que vir da alma, e não comprar na loja do shopping mais próximo.

Depois dessa noite, o grito do Cólera ainda vai ecoar por muito tempo na minha mente: AAAaaaaa... AAAaaaaa... AAAaaaaa... ADOLESCENTE!!!!

*Artur 'Kjá |HC1506
Ativista Gráfico, Designer e Hardcore

www.hc1506.com / www.interludio.tk / www.guerrilha.net / www.penseskate.net
www.zupi.com.br

Os textos aqui escritos são de responsabilidade dos seus autores.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

“Sou da época do Vinil”


“Peso pesado” do underground brasileiro, ainda que para os fãs mais radicais ele tenha “se vendido”, o vocalista do Ratos de Porão, João Gordo, justificou o ditado “antiguidade é posto”.
Remanescente e veterano do hardcore brasileiro, Gordo aguardava tranqüilo, nos bastidores, a sua hora de subir ao palco para se apresentar durante o Festival Deckdisc 10 anos. Entre uma foto e outra, o vocalista do RDP conversou rapidamente com o VitrolaNews e falou um pouco sobre o momento da música atual.
Para ele as gravadores hoje funcionam ainda mais como um instrumento de divulgação da banda, já que torna possível a presença em um número maior de shows.
Polêmico, João Gordo criticou as novas mídias e o processo de globalização mundial. “Sou da época do Vinil, quando cada um saía de casa com aquele bolachão embaixo do braço! Então, vejo com certa desconfiança tantas e tantas novas formas de divulgação, ainda que isso também tenha um lado positivo”, destacou.
”Essas novas formas de divulgação são reflexo de toda a globalização. E o que a gente percebe hoje é que cada vez mais cada um só está preocupado em pegar sua fatia do bolo”, concluiu.
Quando subiu ao palco, João Gordo mostrou a voz da experiência e fez entrar na roda, quem por ventura ainda estava parado.

Foto: Léo Minervini

Matanza é destaque na primeira noite do Festival Deckdisc 10 anos


A noite desta quarta-feira (16), na Lapa, reuniu diferentes públicos para o Festival Deckdisc 10 anos. Assim como a água e o óleo que não se misturam, os fãs do hardcore e do pagode também não. Por isso, o festival ocupou as duas principais casas de show do boêmio bairro carioca (Fundição Progresso e Circo Voador). Uma sábia decisão para que a gravadora pudesse reunir os principais artistas do seu casting, e para que cada público curtisse o som de sua preferência. Enquanto de um lado estava quem queria ver Tatau (ex-Araketu), Sorriso Maroto e Perlla, do outro, no Circo, estavam os fãs do hardcore, mostrando que o underground continua ativo, surpreendendo e lotando o lugar, em pleno meio de semana.

Entre cabeludos, punks e alternativos, o sentimento era um só: “soltar os bichos” e extravasar toda energia ao som de alguns dos remanescentes da cena HC nacional, representados pelos cariocas do Matanza, pelos capixabas do Mukeka di Rato e, pelos veteranos paulistas do Ratos de Porão e Cólera.
Um dos destaques da noite, e tocando em casa, o Matanza comprovou o bom momento da banda, que acaba de lançar o seu primeiro DVD, depois de quatro CDs. O repertório foi praticamente o mesmo do show registrado em São Paulo.
Além do novo single “Eu não Gosto de Ninguém”, não ficaram de fora alguns dos clássicos como “Ela Roubou meu Caminhão” e “Clube dos Canalhas”, ironizada pelo vocalista Jimmy, que brincou antes de cantar a música: “Às vezes eu desconfio que a minha gravadora é um Clube. Isso por que vocês não tem noção do tanto de canalha que tem ali atrás (se referindo aos músicos que estavam nos bastidores), para subir no palco hoje. Acho que é isso, um verdadeiro Clube dos Canalhas!”. Mas antes de subir ao palco, o vocalista do Matanza falou sério e parabenizou a gravadora da banda pelos 10 anos de vida, ressaltando que a existência da Deckdisc mantém vivo e forte o rock brasileiro.

Nesta quinta ainda sobem ao palco do Circo Voador, Strike, Cachorro Grande, Nação Zumbi e Pitty. Na Fundição Progresso se apresentam Moyseis Marques, Arlindo Cruz, Marcelinho da Lua e Grupo Revelação.
O Festival Deckdisc 10 anos termina nesta sexta-feira (18), com os shows de Vitor Araújo, Vander Lee e Fernanda Takai, no Viva Rio.



Galera do hardcore abre a roda na primeira noite do Festival Deckdisc

Fotos: Léo Minervini

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Treta: para quem tem coragem de entrar na roda


Na ativa desde 1997, a banda de hardcore paulista Treta surgiu com a idéia de invocar o verdadeiro espírito da cena HC, com letras polêmicas e voltadas totalmente aos assuntos do cotidiano brasileiro.
Tudo começou quando o guitarrista Marcelo Neje (Soldado) e o baterista Fernando Schaefer (ENDRAH, PAVILHÃO 9, KIKO LOUREIRO), que então eram integrantes da banda de trash metal KORZUS, chamaram o vocalista Adolpho Schaefer, irmão de Fernandão, e o também baterista Fernando Bertacin, que assumiu o baixo, para formarem a banda.
Depois disso gravaram o álbum independente “O Sangue, a Honra e a Verdade” e começaram a tocar sem nenhuma pretensão comercial.
Muito mais que uma banda, os shows do TRETA ficaram conhecidos na cena underground do país como um encontro de amigos, tatuadores, músicos e várias ideologias em torno de uma só causa: união e respeito em uma “roda” intensa e avassaladora.
Para conhecer mais sobre a banda e baixar o disco “O Sangue, a Honra e a Verdade”, acesse www.tretahcsp.com.br.

Com informações do site oficial.

Festival Deckdisc agita a noite carioca


Começa nesta quarta-feira o Festival Deckdisc, que marca os dez anos da gravadora.
Para a comemoração, a Deck preparou um grande festival que acontecerá em três lugares simultaneamente (Circo Voador, Fundição Progresso e Viva Rio), de hoje (16), até o dia 18 de julho. A idéia do festival em lugares distintos visa prestigiar os diferentes estilos de música lançados pela gravadora, reunindo os seus diferentes artistas. Enquanto a Fundição ficará com o samba/funk, o Circo Voador terá o rock e o Vivo Rio a MPB.

Na primeira noite do evento o Circo Voador receberá Dead Fish, Matanza, Cólera, Ratos de Porão e Mukeka di Rato. Já a Fundição ficará com Perlla, Tatau, DJ Marlboro, Sorriso Maroto.

O VitrolaNews vai acompanhar a primeira noite do festival, confira a cobertura nesta quinta-feira.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Emissora 100% Rock n’ Roll


O que você acha de ter um canal de divulgação e veiculação de informações do mundo do Rock, utilizando a Internet como meio de acesso? Esse canal existe e o endereço é www.tvrock.com.br.

A emissora 100% Rock n’ Roll apresenta matérias exclusivas, resenhas de shows, lançamentos de CDs e DVDs, promoções, banda do mês, além de uma galeria de fotos, MP3 e videoteca. Destaque para as últimas entrevistas com Joey Molland do Badfinger e Sérgio Dias dos Mutantes.

Um dos maiores objetivos da Tv Rock, além de levar entretenimento e informação a todos os amantes do rock, é também abrir portas para bandas independentes, que buscam espaço no tão concorrido mercado musical.

A Tv Rock está em busca de apresentadores, modelos, correspondentes nacionais e internacionais e humoristas. Para fazer parte desta equipe envie um e-mail para paula@tvrock.com.br .

*Colaboração Léo Minervini

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Novidade com 10 anos de estrada


Mesclando essência jamaicana com sonoridade e ritmos brasileiros, o grupo baiano Diamba há uma década faz sucesso na Bahia, inserindo mais alegria ao canto de protesto do reggae roots. A banda chega ao Rio de Janeiro para uma temporada de shows no Teatro Odisséia, sempre às terças-feiras de julho.

Nos shows serão apresentadas canções de seu terceiro CD “10 anos ao vivo”, que originou o primeiro DVD da banda. Contando com participações especiais, em cada terça-feira, no dia 15 será a vez do grupo InNatura e de Da Gama, guitarrista do consagrado grupo Cidade Negra.

A abertura da casa será às 21 horas, e na compra do ingresso por R$ 12 o público será presenteado com um CD da banda.

Para mais informações acesse o site www.diamba.com .

Por Léo Minervini

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Todo dia é Dia de Rock



O Dia Internacional do Rock foi instituído em 13 de julho de 1985, quando aconteceu o memorável concerto Live Aid, simultaneamente no Wembley Stadium em Londres (com uma platéia de aproximadamente 82 mil pessoas), no John F. Kennedy Stadium na Filadélfia (99 mil pessoas) e também em Sydney, Moscou e Japão.

O concerto reuniu artistas consagrados do pop - rock mundial, como BB King, Phil Collins, Dire Straits, Queen, David Bowie, Black Sabbath e U2. Mais do que isso, arrecadou fundos para as vítimas da fome na Etiópia, mostrando, na prática, um lado mais social.

A data, na verdade, é uma convenção. Certo é que todo dia há motivos para comemorar. Sobrevivendo à crise da indústria fonográfica, à pirataria, aos apelos comerciais e a tantas e tantas novas tendências, o bom e velho rock´n roll permanece vivo, inteiro, sólido.

Durante essa semana o VitrolaNews falou sobre alguns discos que foram significativos para diferentes gerações, mas sem a pretensão de se fazer um ranking. A história do rock é muito extensa e as contribuições diversas. Os discos aqui citados são apenas mais uma importante parte dessas contribuições. E justiça seja feita, ainda que sem citar, não nos esquecemos dos inúmeros artistas que também fizeram a sua parte.

Por fim, o rock é comemorado diariamente. Todos os dias um novo moleque toca os seus primeiros acordes e, enlouquece ao ouvir os primeiros solos de guitarra ou bateria. Há cada dia um novo festival é erguido, ainda que a infra-estrutura seja precária, ainda que não haja incentivo. Afinal, a essência maior do rock é a sua atitude, e isso nunca vai acabar, mesmo que o apelo seja outro.

Obrigado Alice in Chains, The Allman Brothers, Barão Vermelho, Beatles, Beck, Black Sabbath , Bob Dylan, The Byrds, Camisa de Vênus, Capital Inicial, Cássia Eller, The Clash, Deep Purple, Dire Straits, The Doors, Elvis Presley, Iron Maiden, Janis Joplin, Jeff Beck , Jethro Tull, Jimi Hendrix, Joe Satrianni, Led Zeppellin,Legião Urbana, Metallica, Megadeth, Mutantes, Nirvana, Paralamas do Sucesso, Pearl Jam, Pink Floyd, Plebe Rude, The Police, Ramones, Raul Seixas, Red Hot Chilli Pepers, Rita Lee, Rolling Stones, Santana, Sepultura, Sex Pistols, The Smiths, Stevie Ray Vaughan, Steve Vai, The Who e todos os outros por ventura esquecidos.

Longa Vida ao Rock´n Roll!!!!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

"A única banda heterossexual do planeta"


Há quem goste, há quem odeie até hoje. Mas é inegável a contribuição que a banda baiana Camisa de Vênus, deixou para o rock nacional. Num período marcado pela censura, Marcelo Nova (vocal), Robério Santana (guitarra), Karl Hummel (baixo), Gustavo Mullen (guitarra) e Aldo Machado (bateria) saíram de Salvador para mexer com as estruturas do rock brazuca. O ápice da banda foi em 1986, quando o grupo gravou seu primeiro disco ao vivo, chamado Viva, no Caiçara Music Hall, em Santos/SP.

Com um cinismo singular, Marcelo Nova, sempre atrás dos seus óculos escuros, colocou na boca da geração 80, o ícone grito de guerra, que dura até os dias de hoje: “Bota pra fudê!”. É dele ainda a máxima de que o Camisa era “a única banda heterossexual do planeta”.
O grito traduzia a postura do Camisa e seu vocalista, que usava os palavrões como vírgulas. Resultado: o disco foi praticamente todo censurado. Irônico, ao lado do aviso “É expressamente proibida a execução e radiodifusão pública desta obra pela Censura Federal”, o Camisa de Vênus também fazia o seu alerta: "Este Disco não foi Remixado. Você Ouve o que Aconteceu no Show. E OUÇA ALTO!!!" .

O disco trazia 10 faixas, e logo de cara o hit "Eu não matei Joana D'Arc" dava o tom de como foi o show. Em seguida a banda ia desfilando músicas que ganharam as rádios, algumas se tornaram hits mesmo proibidas pela censura, como "Hoje", "Beth Morreu" e a clássica "Silvia", com o seu complemento no refrão, capaz de envergonhar as mocinhas das sociedades mais pacatas.

Histórico, “Viva” se consagrou, na época, como o segundo disco ao vivo mais vendido no país, só perdendo para o também antológico "Rádio Pirata", do RPM de Paulo Ricardo. Mas isso já é outra estória.


Camisa de Vênus
VIVA - 1986
RGE

1- Eu não matei Joana D'Arc (Gustavo Mullem - Marcelo Nova)
2- Hoje (Karl Hummel - Marcelo Nova)
3- Homem forte (Karl Hummel - Marcelo Nova)
4- Solução final (Karl Hummel - Marcelo Nova)
5- Rotina (Karl Hummel - Gustavo Mullem - Marcelo Nova)
6- My way (François - Thimbault - Anka - Revaux)
7- Beth morreu (Roberio Santana - Marcelo Nova)
8- Silvia (Gustavo Mullem - Roberio Santana - Marcelo Nova)
9- Metástase (Karl Hummel - Marcelo Nova)
10- O adventista (Karl Hummel - Marcelo Nova)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Muito mais que "Stairway to Heaven”


Seria impossível falar sobre alguns dos álbuns significantes do rock sem falar do Led Zeppelin. Difícil, porém, é escolher um só disco da banda britânica. Então, o VitrolaNews “fechou os olhos e catou” o Led Zeppelin IV da estante, disco que fala por si só através dos seus números, acordes e baquetadas.

O Four Symbols ou The Fourth Álbum, como também é conhecido, está entre os mais vendidos do rock mundial. Somente nos Estados Unidos o álbum atingiu a marca de 23 milhões de cópias vendidas, chegando a um total de 37 milhões, se incluindo os outros países do globo.

Nesse disco, lançado em 8 de Novembro de 1971, Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones, John Bonham, surpreendem mais uma vez e dão vida à músicas que mostram o peso ( Rock and Roll e sua inconfundível entrada de batera) e também toda a linha harmônica do Zeppelin, como a consagrada e exaustivamente tocada, mesmo com seus oito minutos e três segundos de duração, “Stairway to Heaven”.

Destaque ainda Misty Mountain Hop, uma que podemos definir como o rock´n roll em toda a sua essencial e também para Going to California que marca o momento zen do álbum .
O gran finale fica por conta de When The Levee Breaks, um resumo do disco, com todo mundo quebrando tudo e mostrando por que o Led é o Led.

Led Zeppelin - Led Zeppelin IV
CONTINENTAL - 1971
1. "Black Dog" (Page/Plant/Jones) – 4:57
2. "Rock and Roll" (Page/Plant/Jones/Bonham) – 3:40
3. "The Battle Of Evermore" (Page/Plant) – 5:52
4. "Stairway to Heaven" (Page/Plant) – 8:03
5. "Misty Mountain Hop" (Page/Plant/Jones) – 4:38
6. "Four Sticks" (Page/Plant) – 4:45
7. "Going To California" (Page/Plant) – 3:31
8. "When The Levee Breaks" (Page/Plant/Jones/Bonham/Memphis Minnie) – 7:08

terça-feira, 8 de julho de 2008

23 anos do Concreto Rachado!


A Plebe Rude está entre as bandas que apareceram no cenário nacional junto com a febre do rock nacional, no início dos anos 80. Em sua formação original estavam Philippe Seabra (guitarra e voz), Gutje (bateria), André X (baixo) e Jander Bilaphra (guitarra e voz).

Porém, logo com o disco de estréia (O Concreto Já Rachou – EMI – 1985) a diferença entre a Plebe e as outras bandas do cenário brasileiro estava estabelecida. O bolachão trazia apenas sete músicas. Mas o suficiente para que todos vissem que a postura era outra. Vocais dobrados, guitarras distorcidas e riffs marcantes, eram completados por uma pegada de baixo e batera que levavam todos a concluir que a banda tinha mesmo um algo a mais.

Produzido por Herbert Vianna, “O Concreto Já Rachou” trazia músicas que colocavam em xeque, já naquela época, a perfeição de Brasília, com seu concreto armado e formas arredondadas (Brasília). Mesmo nas músicas que ganharam as rádios, as críticas não foram deixadas de lado, e a truculência da polícia e o as desigualdades sociais também serviram de inspiração (Proteção e Até Quando Esperar).

Talvez isso tenha feito com que a Plebe Rude tenha tomado rumos diferentes dos seus conterrâneos do Capital Inicial e Legião Urbana. Ao contrário dessas bandas que souberam lidar com a pressão da indústria fonográfica, o sucesso do disco de estréia não foi repetido nos trabalhos posteriores da Plebe. Apesar de bons trabalhos e da mesma pegada, a banda não conseguiu um resultado tão expressivo como em O Concreto Já Rachou.

Significativo para a história do rock brasileiro, o disco ficou esquecido por uns tempos e voltou à tona junto com a retorno da Plebe, em 1999. Sorte de quem pode ouvi-lo nos anos 80, e sorte maior ainda de quem só o descobriu agora. Afinal, antes tarde do nunca.

Plebe Rude – O Concreto Já Rachou!
EMI - 1985

1. Até Quando Esperar
2. Proteção
3. Johnny Vai á Guerra
4. Minha Renda
5. Sexo e Karatê
6. Seu Jogo
7. Brasília

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Hey Ho, Let´s Go!


Já faz quase trinta e um anos desde o seu lançamento, mas até hoje ainda é possível ver um moleque o descobrindo, como se fosse a principal novidade do mundo da música. “Rocket to Rússia” (Warner Brothers Records, 1977), foi feito num período em que o rock progressivo dominava o mercado, e a indústria fonográfica era “toda ouvidos” aos longos solos e distorcidos riffs de guitarras, baterias esporrentas e cabeludos alucinados.

Eis então que quatro caras, que já estavam juntos desde 1974, fizeram um disco que entrou pra história do rock. Eram eles, Jeffrey Hyman (Joey), John Cummings (Johnny), Douglas Colvin (Dee Dee) e Tom Erderlyi (Tommy). No disco, músicas com três ou quatro acordes, como uma energia que, ao vivo, dificilmente deixava alguém parado.

Despretensiosamente, “Rocket to Rússia” emplacou um hit atrás do outro e a maioria de suas músicas fizeram parte dos repertório dos Ramones, até que a banda se calasse, definitivamente, após a morte do vocalista Joe Ramone, em 2001. “Cretin Hop”, “Rockaway Beach”, “I Don't Care”, “Sheena Is A Punk Rocker” (que ficou entre as trinta mais tocadas da parada britânica, em 77), “We're A Happy Family”, “Teenage Lobotomy”, “Do You Wanna Dance?”, “I Wanna Be Well”, “Ramona” e “Surfin' Bird” com certeza já tiveram seus simples, porém não menos brilhantes, acordes tocados por músicos diversos, desde os iniciantes aos mais renomados.

Talvez tenha sido esse o maior segredo do Ramones: simplicidade. Enquanto todos queriam impressionar pelo virtuosismo, Joe e cia queriam apenas tocar sem preocupação com a indústria, com o sucesso e com tudo o que era ditado pelo capitalismo.

Ramones - “Rocket to Rússia”
Warner Brothers Records – 1977

1.Cretin Hop
2. Rockaway Beach
3. Here Today, Gone Tomorrow
4. Locket Love
5. I Don't Care
6. Sheena Is A Punk Rocker
7. We're A Happy Family
8. Teenage Lobotomy
9. Do You Wanna Dance?
10. I Wanna Be Well
11. I Can't Give You Anything
12. Ramona
13. Surfin' Bird
14. Why Is It Always This Way?

Semana do Rock


No próximo domingo, 13 de julho, será comemorado o Dia Internacional do Rock. A data foi oficialmente instituída em 1985, quando aconteceu o memorável concerto Live Aid. O show reuniu artistas consagrados do pop e rock mundial como BB King, Phil Collins, Dire Straits, Queen, David Bowie, Black Sabbath e U2. Mais do que isso, arrecadou fundos para as vítimas da fome na Etiópia, mostrando, na prática, um lado mais social.

Assim, para lembrar e homenagear a data, durante essa semana o VitrolaNews vai falar sobre alguns discos que fazem parte da história do rock brasileiro e/ou mundial. Vale ressaltar que não existe a pretensão de se eleger os melhores discos da história, mas apenas destacar alguns que influenciaram e continuam influenciando gerações, movimentaram o período em que foram gravados e até hoje se mantém atuais.

Longa Vida ao Rock´n Roll!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

‘O Trovador Solitário’ mantém Renato Russo Vivo


A gravadora Coqueiro Verde/ Discobertas acaba de lançar o CD ‘O Trovador Solitário’. O disco traz registros inéditos da obra do cantor Renato Russo, feitos em fitas cassetes. A coletânea foi produzida pelo produtor Marcelo Fróes, com a autorização da família do cantor.

O álbum, que estará oficialmente à venda a partir do dia 13 de julho, traz 11 faixas, gravadas em Brasília, numa das fases mais intimistas do cantor. Renato compôs as músicas muito antes de se tornar um ícone do rock nacional, entre a saída de seu primeiro grupo, Aborto Elétrico, e a formação da Legião Urbana. Na época, o futuro cantor da Legião Urbana assumiu a figura do Trovador Solitário, fazendo voz e violão, como o seu ídolo Bob Dylan.

O disco não só mantém viva a memória de Renato Russo, como também é uma oportunidade para que os fãs do cantor ouçam versões originais, para não dizer primitivas, de músicas como ‘Eu Sei’ (antes chamada ‘18 e 21’), ‘Geração Coca-Cola’, ‘Eduardo e Mônica’ e ‘Faroeste Caboclo’. A sempre atual ‘Que País É Este?’ aparece no disco em uma versão demo-tape, editada como faixa-bônus ao lado do cover ‘Summertime’ gravada com a cantora Cida Moreira, também na capital federal.

Sem dúvida ‘O Trovador Solitário’ traz o registro do início de uma importante parte da história do rock nacional.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Banda brasileira concorre a vaga no Festival Lollapalooza 2008


A banda gaúcha Os Flutuantes está entre as vinte semifinalistas que participam de uma seletiva mundial para participar do festival Lollapalooza 2008. Marcado para acontecer entre os dias 1º e 3 de agosto, em Chicago, o evento terá como atrações principais Radiohead, Rage Against the Machine e Nine Inch Nails.

Criada no início de 2004, a banda finalizou o seu primeiro CD em 2006. O bom resultado do disco rendeu apresentações em diversos palcos do país.
O quarteto formado por Fabiano Nasi – Voz, Vinício Eduardo – Guitarra e voz, Fábio Brum – Baixo e voz Carlos de Sá – Bateria e voz agora segue em busca de vôos ainda maiores e, após se inscrever no site do festival, está cada dia mais perto de tocar ao lado de grandes nomes da música mundial.

A próxima etapa da seletiva vai até o dia 13 de julho, onde serão escolhidas cinco bandas para tocar ao vivo em Chicago, Estados Unidos. Depois dessa fase, apenas duas vão ficar para tocar no Lollapalooza.

Para votar nos brasileiros clique aqui.

Quem quiser conhecer melhor o som dos gaúchos é só conferir o www.myspace.com/osflutuantes .

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Novo site no ar


O saxofonista, flautista, compositor e arranjador Nivaldo Ornelas lançou, em janeiro deste ano, o seu novo site. Lá, o internauta encontra a biografia completa do músico, fotos, áudios inéditos e vídeos de alguns dos principais shows do instrumentista, como o Concerto Planeta Terra, em que tocou ao lado de Nelson Ayres, Márcio Montarroyos e Toninho Horta, em março de 1989, no Parque Ibirapuera. Na ocasião cada um compôs um movimento simbolizando um elemento da natureza.

Nivaldo tem uma história que caminha junto com a música popular brasileira. Nasceu em Belo Horizonte, numa família de músicos, cantores e artistas. Tomou as primeiras lições aos 12 anos com o professor Lindolfo Caetano (acordeon). Estudou teoria musical e clarinete na Escola de formação Musical da PMMG com Ney Parrella, ingressando, em seguida, na escola de música da UFMG, onde estudou mais teoria musical com Luis Melgaço e composição com Arthur Bosman.

No extenso currículo, o músico traz diversas apresentações em concertos nacionais e internacionais, parcerias com alguns dos principais nomes da música e diversos prêmios conquistados ao longo da carreira. O endereço eletrônico é www.nivaldornelas.com.br.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Saindo do Forno


O Rappa nunca deixou de trabalhar, mas a banda carioca estará de volta, em breve, com um trabalho novo, depois de cinco anos sem lançar disco de músicas inéditas. O último, lançado em 2003, foi “O Silêncio que Precede o Esporro”.

Nesse longo período, sem entrar em estúdio para produzir músicas novas, Falcão, Lobato, Xandão, Lauro e cia lançaram o acústico MTV, gravado ao vivo em São Paulo. Este trabalho rendeu uma longa excursão pelo país, e a presença nos principais festivais, entre eles Porão do Rock, Planeta Atlântida e Festival de Verão de Salvador.

Atualmente a banda está em estúdio, finalizando o novo disco, ainda sem nome definido e, de acordo com o site oficial da banda, guardado como segredo de Estado. A única informação adiantada até o momento é o nome da primeira música de trabalho, "Monstro Invisível", que deverá começar a circular nas principais rádios a partir do dia 8 deste mês. Ainda, segundo a página oficial do grupo, o disco terá muita coisa diferente como “instrumentos inusitados, papos diversos, em busca de escapar da mesmice que impera”.

À frente da produção do novo trabalho estão Ricardo Vidal e Tom Sabóia. Enquanto o disco não sai do forno, vale a pena acessar o www.orappa.com.br e esperar pelas próximas novidades da banda.