Na noite desta sexta, 14, os headbangers paulistanos tiveram um bom motivo para sair de casa e enfrentar a chuva que castigou a cidade o dia todo: O Machine Head se apresentou pela primeira vez no Brasil, ao lado do Sepultura.
Abrindo a noite, na Via Funchal, o Threat, uma banda que merecia mais espaço no cenário nacional. Pena que a chuva atrapalhou o público de chegar um pouco mais cedo, e muita gente acabou perdendo a bela (e pesada) apresentação do grupo.
Sem atrasos, e já com a casa cheia, era hora do Sepultura subir ao palco. Recém chegados de uma turnê pela Europa, a banda começa uma série de shows pelo Brasil, divulgando o novo CD, Kairos. Logo de cara, o Seputura fez uma versão mais acelerada de “Arise”, emendando com “Refuse/Resist”, dois dos maiores clássicos do grupo. O público parecia com saudade de ver a banda por aqui, e correspondia a cada movimento vindo do palco. E Andreas Kisser, Paulo Xisto, Jean Dollabela e Derik Green estavam inspirados: misturando hits como “Dead Embrionic Cells” e “Troops of Doom” com coisas mais recentes, a banda conseguiu levantar a casa sem nenhum problema. Quatro faixas de Kairos entraram no show, e todas funcionaram muito bem ao vivo. Destaque para “Firestarter”, cover do Prodigy que ganhou uma cara totalmente diferente com a voz de Derik.
Fechando o show, um trio de clássicos: “Territory”, “Inner Self”, e claro, “Roots, Bloody Roots”.
Parecia que ia ser difícil o Machine Head segurar o público depois. Mas essa impressão passou logo, assim que os primeiros acordes de “Imperium” começaram. A noite era mesmo da banda liderada por Robb Flynn, que comandou o público com uma facilidade incrível.
No palco, o Machine Head mostrou porque é um dos maiores nomes do metal da atualidade: muito peso, agressividade e carisma, principalmente de Flynn. O repertório foi praticamente todo baseado em Unto the Locust, último disco do grupo, lançado há menos de um mês. Aliás, duas músicas desse álbum foram tocadas ao vivo pela primeira vez nessa noite: “Darkness Within” e “I am Hell (Sonata in C#)”, uma das melhores (e mais complexas) faixas do novo disco. Fechando a noite, “Davidian”, clássico do primeiro disco da banda, de 1994.
Uma noite e tanto. Certamente muita gente ficou com o pescoço doendo no dia seguinte.
Fonte: Rolling Stone Brasil
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