A notícia da morte de Amy Winehouse no sábado, 23, causou uma enxurrada de mensagens nas redes sociais. No Brasil, foram mais de 430 mil mensagens no fim de semana, sendo 320 mil apenas no dia em que sua morte foi anunciada. A BuzzMetrics, produto do IBOPE Nielsen Online, analisou a intensidade e o teor das mensagens relacionadas à diva britânica nas redes sociais, durante o fim de semana.
E lá se vai mais um talento derrotado pela dependência química. Até aí, nenhuma novidade. Como disse a rainha Rita Lee, "vida de roqueiro já virou clichê: ou morre de overdose ou vive internado em clínicas de recuperação e vira um dinossauro".
Várias de suas letras eram carregadas de conteúdo depressivo, inclusive expondo abertamente sua briga contra as drogas em seu maior hit, "Rehab". O que intriga é o fato de Amy se juntar ao time dos artistas que morreram aos 27 anos, tema que já gerou inclusive um livro, escrito por Eric Segalstad e Josh Hunter.
Em "The 27s - The Greatest Myth of Rock&Roll", os autores buscam na astrologia, psicologia e até no ocultismo, explicações para os inúmeros casos de falecimentos precoces de astros nesta idade. O livro começa com Robert Johnson e passa por Hendrix, Janis, Morrison e Kurt Cobain, entre outros. Infelizmente, não há edição em português.
A partir de uma análise qualitativa, foi possível identificar um grande número de pessoas queixando-se da forma como pessoas que antes falavam mal da cantora, após sua morte, passaram a declarar o seu amor a ela.
Um menor número de mensagens, embora também relevante, foi o do volume de piadas relacionadas ao fato, tais como um suposto velório “open bar”, ou de que o corpo retirado da casa da diva era o de Dercy Gonçalves, entre muitas outras.
Talento exuberante, superexposição, problemas com a polícia, luta contra dependência química e visual exótico: Amy tinha todos os ingredientes para se tornar um ícone. Só faltava morrer aos 27. Faltava.
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