Em 1961, um músico desconhecido de folk falava primeira vez à imprensa, seu nome era Robert Allen Zimmerman, mas ficaria conhecido mesmo como Bob Dylan.
Quem o entrevistou foi um amigo recente de Nova York, Robert Shelton que trabalhava no New York Times, quando publicou uma resenha elogiando o jovem cantor com roupas desajustadas.
Dessa amizade entre os dois nasceu uma biografia, que foi publicada em 1986, 20 anos após a primeira entrevista, quando Shelton conseguiu finalmente publicar ‘No Direction Home’. Porém, somente agora, 50 anos depois, que a biografia será publicada na íntegra, tal como escritor concebeu. A nova edição terá 732 páginas, com mais detalhes sobre os anos 60, terminando em 1978.
Na primeira edição, pontos importantes da história não saíram com o tom desejado por Shelton. Em um dos episódios citados na edição de 1986, ele fez uma exclusiva num vôo no avião particular de Dylan, mas a edição acabou deixando a situação ‘formal e entediante’. Ele lamenta que não foi possível ter a dimensão do que era aquele cantor acelerado falando sem parar, seja por excesso de bebidas ou drogas.
A biografia foi revisada por Elizabeth Thomson, amiga de Shelton que acompanhou a edição. Tomson disse ao ‘Estadão’ que a biografia anterior havia sido “resumida sobre águas turbulentas”. Ela afirma que o forte da história de Dylan eram os anos 60, quando os dois saíram juntos, mas grande parte foi cortada para ficar em um tamanho aceitável.
No entanto, a amizade dos dois inevitavelmente acabou afetando as análises na biografia, Shelton era o único que tinha acesso a Dylan enquanto outros jornalistas brigavam por alguma entrevista. Após 26 anos da morte do autor, a nova biografia será um relato único de alguém muito próximo de Robert Allen Zimmerman, ou apenas Bob Dylan. No Brasil, o livro ‘No Direction Home’ foilançado pela editora Larousse no dia 15 de maio.
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