Certo dia li uma frase que me fez refletir: “Esse ano vamos ver mais gente de camisa xadrez do que em festa de São João”. A "pérola", escrita por um amigo, tinha o objetivo de dizer simplesmente que o movimento grunge está de volta.
Tanto otimismo deve-se ao fato de que quatro representantes do estilo, que foi imortalizado na figura de Kurt Cobain, tocarão no Brasil esse ano: Pearl Jam, Alice in Chains, Stone Temple Pilots e Chris Cornell, vocalista do Soundgarden.
O Pearl Jam é a banda que está em melhor forma entre os remanescentes de Seattle. O grupo liderado por Eddie Vedder fará shows no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Alice in Chains, Stone Temple Pilots e Chris Cornell (que virá para apresentação solo), foram confirmados no festival SWU, em novembro, em Paulínia (SP).
O Soundgarden e o Green River são considerados os criadores do movimento grunge. O Green River foi uma espécie de Aborto Elétrico do grunge já que a partir da sua separação é que algumas das principais bandas foram criadas. Mark Arm e Steve Turner formaram o Mudhoney. Stone Gossard e Jeff Ament entraram para o Mother Love Bone e, mais tarde, se juntariam a Eddie Vedder para formar o Pearl Jam.
Na mesma época, idos de 87 e 88, outras bandas despontavam: Alice in Chains, Stone Temple Pilots, Screaming Trees e um trio que chamava a atenção, principalmente, pela performance cheia de atitude: Nirvana.
Muitos leitores devem estar se perguntando até agora, "mas o que 2011 tem a ver com 1993?" Para quem não se lembra, foi no verão de 93 que Nirvana e Alice in Chains vieram ao Brasil para o Hollywood Rock e, ao lado do L7 e Red Hot Chili Peppers, fizeram a melhor edição do festival. Para mim, em particular, 93 marca ainda o início de muitas descobertas musicais, além das bandas que já ouvia nos anos 80, primeira banda de escola, a primeira guitarra (foi assim que ingressei na música).
Assim como eu, duvido que não tenha muito marmanjo por aí esperando ansioso para conferir ao vivo alguns dos acordes que remetem à juventude e, acima de tudo, nos faz lembrar de uma época em que música ainda era feita com empolgação e, acima de tudo, atitude!
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