sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Era uma vez uns vovôs roqueiros no Cerrado

Que Brasília virou rota internacional de grandes artistas isso todo mundo (inclusive os empresários!), já sabiam. Porém ao trazerem duas lendas do revimeral da história foi algo fantástico. Em noite de quinta -feira concorrida com Milton Nascimento, a capital federal se mostrou bem receptiva aos gringos. As duas bandas mostraram que, mesmo sendo veteranas, ainda têm muito que mostrar para os fãs.

David Coverdale e sua trupe foram responsáveis pelos momentos iniciais. Ao vê-lo interagindo com os candangos me veio à mente aquele tiozão do churrasco: que por mais que esteja com a idade avançada, ainda topa um bom papo sobre suas aventuras de vida. E com ele vieram no pacote Love ain't no stranger, Here I go again e Is this love, que foram cantadas pelo público.

Com base em seu mais recente lançamento, a “Cobra Branca” aproveitou o show para mostrar também músicas do novo disco, Forevermore, lançado este ano e que foram bem recebidas pelos fãs. Andando de um lado para o outro, dançando e fazendo gestos com o pedestal do microfone, David Coverdale mostrou estar em grande forma. A voz, claro, já não é a mesma do começo da carreira, mas continua com qualidade e precisão. Incrivel foi ver que ao somar as idades dos integrantes, Matuzalém ganhava apertado, fora à margem de erro.

Os veteranos ingleses, pioneiros no heavy metal, desfiaram novos e antigos sucessos em um show que durou pouco mais de duas horas em sua Epitaph Tour. Rob Halford, o vocalista careca é uma figura. Trocou de figurino várias vezes, chamou o público para cantar . Com seu corpo sex(ágenário) o vovô tinha um fôlego impressionante e uma disposição que poucos têm para encarar chatíssimas trocas de roupa.

Claro que a performance do baixista Ian Hill, do guitarrista Glenn Tipton e do baterista Scott Travis também ajuda. O trio está mais do que entrosado, e executa com tranquilidade mesmo músicas mais pancadas. Já o guitarrista Richie Faulkner, que substituiu esse ano o fundador K. K. Downing encaixou como uma luva no grupo. Seguro e técnico, parecia tocar no Judas Priest há anos.

A única coisa ruim da apresentação foi ver um palco montado para a “Contagem Regressiva” da Copa com "show" no dia seguinte de uma molecada colorida que ainda tem muito que aprender com esses dinossauros do ritmo mais contagiante de todos os tempos. Não é engraçado, é triste.

Um comentário:

  1. Comentar o que?
    Tristeza porque o blue man DAVID COVERDALE vai encerrar o WHITESNAKE? Vai deixar o meio musical? Simplesmente vai ficar um vazio e grandes saudades daquele q foi/é um dos maiores influenciadores do rock em roll/blues de todos os tempos... Mais a vida nos deixa marcas que jamais serão esquecidas e agora em diante é apreciar as pérolas gravadas como no Deep Purple (Burn e Stormbriger); Whitesnake (LPs e cd´s com coleção quase completa que possuo)... fora dvd´s e as relíquias fitas cassetes..... RUST IN PEACE....

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