“O dia que nunca vem” ou “The Day That Never Comes”, finalmente chegou. Acabando com a descrença e o ceticismo de quem por ventura ainda duvidasse, o velho e bom Metallica voltou. Não só está de volta ao Brasil depois de onze anos sem tocar por aqui. Mas retornou às suas origens: agressivo, enérgico, rápido, surpreendente. Uma porrada só. A conclusão já tirada pelos fãs, desde o lançamento de Death Magnetic, álbum mais recente e que colocou novamente a América do Sul no mapa da banda, é cada vez mais confirmada, a cada novo show da turnê atual.
E nesta quinta-feira, os fãs de Porto Alegre, cerca de 20 mil, foram os primeiros a matar saudade do quarteto norte-americano. Cada ano de espera valeu a pena e foi recompensado por cada minuto de uma apresentação vigorosa, com quase duas horas e trinta minutos de duração.
O show no Parque Condor contou com a abertura da banda Hibria, que aproveitou bem os 45 minutos que teve disponível para mostrar o seu som. Mas quando finalmente as luzes se apagaram, às 21h50, gritos e até mesmo choros anunciavam a chegada mais aguardada não só da noite, mas da última década.
O início do show foi o mesmo do DVD “Orgulho Paixão e Glória”, com a introdução “The ecstasy of gold” seguida pelos clássicos “Creeping Death”, “For Whom The Bell Tolls” e “Ride The Lightning”. Mas engana-se quem achava que sabia tudo do que estaria por vir. Imprevisíveis, James Hetfield, Kirk Hammett, Robert Trujillo e Lars Ulrich mostram porque o Metallica sobreviveu às tempestades vividas pelo grupo, logo após a saída do carismático baixista Jason Newsted. Aliás, novamente o Metallica prova que não é banda de um homem só. A primeira vez que o grupo precisou resgatar todo a força foi logo após a morte do baixista original Cliff Burton, após um acidente automobilístico, em 1986.
De nada adiantou tentar prever o repertório e decorar um possível set list. O show desta quinta, foi mais uma apresentação ímpar do quarteto. Assim como nos demais shows da World Magnetic Tour, a banda trouxe surpresas e novidades no repertório (veja lista completa abaixo), como o cover do Misfits, “Die, die my darling” e Phantom lord”, do primeiro álbum “Kill´em All”, de 1983. O fechamento foi feito com o maior hino do grupo “Seek and destroy”.
Aos fãs ficou a certeza de que o Metal é um ritmo imortal e que o Metallica é, sem dúvida alguma, um dos maiores nomes, além da saudade e vontade de seguir para São Paulo, onde o grupo ainda fará outras duas apresentações, neste sábado e domingo (30 e 31).
Set List completo do show de Porto Alegre:
"Creeping Death"
"For Whom the Bell Tolls"
"Ride the Lightning"
"The Memory Remains"
"Fade to Black"
"That Was Just Your Life"
"The End of the Line"
"The Day That Never Comes"
"Sad But True"
"Cyanide"
"One"
"Master of Puppets"
"Battery"
"Nothing Else Matters"
"Enter Sandman"
Bis
"Die, Die, My Darling"
"Phantomlord"
"Seek and Destroy"
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