sábado, 16 de janeiro de 2010

Natiruts lava a alma dos cariocas, em noite de muita chuva


















Quem acompanha a carreira do Natiruts, desde o início, sabe bem os diferentes momentos já vividos pela banda, que vão desde a mudança do nome (antes chamava-se Nativus) ao rompimento com a gravadora, até a saída de três dos seis membros da formação original. Mas passados quase quinze desde o surgimento dos primeiros acordes e versos, tocados e cantados na UnB ou em festa de amigos, em Brasília, Alexandre Carlo, Luís Maurício e Juninho mostram o quanto a maturidade adquirida na estrada fez bem ao grupo, que alcançou uma identidade própria e conquistou um público fiel.

Prova disso é que nem a forte chuva que caiu na cidade do Rio de Janeiro, cerca de uma hora antes do show desta sexta-feira (15), foi capaz de desanimar os fãs, que lotaram a Fundição Progresso, para conferir de perto um dos maiores nomes do reggae brasileiro na atualidade. Até mesmo a demora no início do show (a banda só subiu ao palco por volta das duas horas da manhã) foi compensada com uma perfomance muito inspirada, com uma hora e 45 minutos de duração.

E como um prenúncio, os primeiros versos já avisavam a todos que “ao contrário dos que torciam pela vitória do fracasso, eles estavam de volta”. Com o novo hit “Raçaman” o grupo foi desculpado pelo atraso e logo de cara provou que aquela noite seria mesmo especial.

Apesar de quem é fã sempre achar que faltou “aquela música”, não ficaram de fora do repertório clássicos como “Em Paz”, “Palmares 1999”, “Eu e Ela”, “Presente de Um Beija-Flor”, “O Carcará e a Rosa” e “Liberdade Pra Dentro da Cabeça”. O disco novo foi praticamente tocado na íntegra. Outro momento de destaque da noite ficou por conta de “Sorri, sou rei”, música nova, cantada em côro.

Por fim, quem encarou a chuva e acabou lavando o corpo antes do show, após a apresentação dos brasilienses foi para casa de alma lavada, literalmente.

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