Rock que é rock de verdade não é feito só acordes, riffs, atitude, ousadia e agressividade. Mas também é feito de imagens. Sejam elas as mais naturais e espontâneas ou mesmo aquelas conquistadas dentro de um estúdio. E foi assim, conquistando imagens, que Jim Marshall tornou-se o mais famoso fotógrafo da cena rock mundial. Duas das fotos mais famosas do artista é a de Jimi Hendrix queimando sua guitarra no festival de Monterey Pop,na Califórnia, em 1967, e a do Johnny Cash mostrando o dedo médio durante uma apresentação na penitenciária de San Quentin, na Califórnia, em 1969.
E na noite da última terça-feira, 23, Jim Marshall morreu, aos 74 anos de idade, enquanto dormia em um quarto de hotel, em Nova York. A informação foi dada em primeira mão pelo jornal The New York Times e logo em seguida confirmada por Peter Blachley, do Morrison Hotel Gallery, em NY, que representa o fotógrafo na região.
Marshall tornou-se um ícone da fotografia mundial, principalmente pelo exclusivo acesso que teve a grandes nomes da música. Durante anos ele fotografou artistas como Jimi Hendrix, Rolling Stones, Janis Joplin, Bob Dylan, Johnny Cash, The Who, John Coltrane e Led Zeppelin. O fotógrafo foi também o único a ter acesso ao backstage do último show do Beatles, em São Francisco, em 1966.
Indo além do que muitos músicos consagrados conseguiram chegar, Jim Marshall tornou-se um ícone da fotografia e transformou-se no maior “músico” da arte de fotografar. Apesar de nunca ter dedilhado uma guitarra em público, Jim rodou o mundo em longas turnês e fez da arte de clicar muito mais do que o registro de importantes momentos da música mundial. Ele foi também o responsável por traduzir em imagens acordes que muitas pessoas precisaram esperar por anos, ou até mesmo décadas, para ouvir pela primeira vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário