Quando as luzes se apagaram e a excelente banda de King, formada pelo sobrinho Walter King (saxofone), Calep Emphrey Jr. (bateria), Melvin Jackson (saxofone), Charles Dennis (guitarra), Leon Warren (guitarra), James Bolden (trompete), Stanley Abernathy (trompete), James Toney (teclados) e Reginald Richards (baixo), posicionou-se no palco, parecia que os dois temas instrumentais não acabariam nunca, tamanha a ansiedade pela presença do “Mestre de Cerimônias”. Lucille, sua guitarra, que também foi apresentada ao público juntamente com a banda, já o esperava pronta para ser dedilhada.
E nas duas horas seguintes o público pode presenciar uma verdadeira aula de música, bom humor e simpatia. Mais do que isso, uma verdadeira lição de amor à vida e ao blues. Aos 84 anos, o “jovem” Riley Ben King provou, mesmo que isso fosse completamente desnecessário, porque é até hoje fonte de inspiração para músicos e amantes da verdadeira música de qualidade. Apesar do cansaço e de todos os anos de estrada, visíveis mais ao mesmo tempo bem disfarçados, B.B. King demonstra o mesmo entusiasmo de quem começa uma carreira ou sobe ao palco pela primeira vez.
No repertório não faltaram clássicos, "Let the good times roll", "Woke up this morning (my baby is gone)", "Key to the highway", "See that my grave is kept clean”, "You are my sunshine", "The thrill is gone", "Guess who", "Rock me baby", entre outros.
Antes de se despedir, King distribuiu palhetas e fez uma promessa. “Se eu não morrer, volto em 3 ou 4 anos”. Ao público, já cheio de saudades, restou ovacionar e aplaudir durante muito tempo o responsável por uma noite, sem dúvida alguma, memorável.
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