Morria em 18 de maio de 1980, 30 anos atrás, Ian Curtins, vocalista de um dos grupos mais importantes do rock britânico, o Joy Division. Aos 23 anos de idade, o cantor foi encontrado enforcado na cozinha de sua casa.
Com um timbre grave e bem característico, Ian liderou o Joy Division ao lado de Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Summer. Motivado pelo movimento punk do final dos anos 70, o grupo foi um dos responsáveis por colocar Manchester novamente no mapa musical.
Com diversas compilações póstumas, a banda de Ian Curtis lançou apenas dois álbuns de estúdio: Unknown Pleasures (1979) e Closer (1980), discos considerados referência até os dias de hoje.
Com uma adolescência "cinza" na industrial Manchester, Ian Curtis abordava em suas letras tons emocionais e viscerais ligadas a dor, violência, alienação e morte. Sua presença de palco logo também ficou característica, principalmente por sua forma de dançar, lembrando inclusive seus ataques epiléticos, outro fator que o incomodava.
A ascensão do Joy Division no mainstream inglês logo colocou a banda nos holofotes, mas esta pressão logo caiu sobre Curtis, que tinha cada vez mais problemas para lidar com a situação. Poucos dias antes da primeira turnê da banda nos Estados Unidos, o vocalista assistiu Stroszek, de Werner Herzog, um de seus filmes favoritos, ouviu The Idiot, disco de Iggy Pop, e se enforcou na cozinha de sua casa.
Além da pressão vinda com o sucesso da banda e a epilepsia, Ian sofreu muito com o divórcio com sua mulher, Deborah, e um caso extra-conjugal com a jornalista belga Annik Honoré.
A trajetória de Ian Curtis ganhou versão cinematográfica nas mãos do diretor Anton Corbijn, em 2007. Em Control, o ator Sam Riley vive o vocalista do Joy Division mostrando seu contato com a música, a ascensão da banda e sua morte.
Fonte: Terra Notícias
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