Afinal, Kiko Péres ou Keko Pires?

Dia desses escrevi aqui sobre o inconveniente de ter alguém com nome idêntico ao seu. Citei, entre outros, o cantor britânico Joe Jackson – xará do pai de Michael Jackson. Antes que você me pergunte, não sou eu o jornalista brasileiro que socorreu o Michel Platini durante a Copa do Mundo. O Claudio Carneiro em questão é o dono da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte. Por sermos homônimos - certa vez e inadvertidamente - ele ficou com a minha credencial de imprensa e acabei perdendo a oportunidade de cobrir a conferência Rio 92.

Também no mundo da pirataria existem os nomes parecidos: o tênis Abibas imitando o Adidas, a marca Panasunic tirando uma casquinha da Panasonic e o genérico Aima se achando um Aiwa de verdade. Jorge Ben perdeu muita grana de direito autoral para seu xará, o belíssimo guitarrista George Benson. Daí a mudança para Benjor. Outra coincidência dessas está acontecendo entre dois guitarristas brasileiros. O brasiliense Kiko Péres e o baiano Keko Pires. Dava até uma dupla sertaneja.

Kiko Peres começou a carreira estudando harmonia e improvisação em 86. Cinco anos depois embarcou para Los Angeles onde estudou na Guitar Institute of Technology (GIT). Quando voltou gravou com a banda Pravda e em seguida foi um dos fundadores e requisitado guitarrista da banda Nativus – depois Natiruts. Kiko Péres também gravou discos solos e está envolvido em diversos projetos na Capital Federal. O músico prepara agora um CD e DVD em homenagem aos 40 anos da morte de Jimi Hendrix.

Keko Pires – como explica no site palcomp3.com – desenvolve carreira solo desde 98, após anos tocando em bandas e acompanhando artistas locais. Roqueiro, abriu shows de A Cor do Som, Barão Vermelho, Capital Inicial e Claudio Zóli. O guitarrista afirma que o tema central de suas letras é o cotidiano e o questionamento dos rumos da humanidade e seus processos “expoliatórios” – seja lá o que isso signifique.

Que Kiko Péres e Keko Pires - como profissionais que são - tenham sucesso em suas carreiras e não confundam suas identidades.

Por Claudio Carneiro