Desde moleque cresci ouvindo que o “Diabo é o Pai do Rock”. Verdade ou não, mas o ditado é um dos principais responsáveis pela enorme dificuldade que eu tinha para entrar na minha casa com algum disco de metal. Se fosse um álbum do Slayer, Iron Maiden ou Black Sabbath então, era um Deus nos acuda (com o perdão do trocadilho). Afinal, qual religiosa família católica que ia permitir ter o Diabo na própria sala, em capa e som?
É bem verdade que nunca curti a temática 666, sempre defendi a idéia de que a música tem aspectos muito mais importantes a serem abordados, que ultrapassassem os limites do céu e do inferno. Nesse aspecto, um grande “Viva” ao Sepultura que, apesar do nome, dividiu águas e me deu um grande álibi com suas letras que iam além. Muitas vezes debati com meus amigos, defendendo meu ponto de vista, sempre insistindo “ouça essa banda, as letras tem conteúdo” (principalmente na fase pós Beneath The Remains, quando as letras se tornaram bem mais inteligentes). Além do quarteto Max, Igor, Andreas e Paulo Jr., Megadeth e Metallica também são grandes culpadas pelo apreço que tenho até hoje por riffs rápidos e bumbos dobrados.
Mas voltando à pergunta lá de cima, aproveitei a semana do rock para pensar sobre quem possa ser ou tenha sido a mãe do velho rock. Afinal, ele já é um senhor de idade e até hoje só conhecemos seu pai, se é que o dito cujo é mesmo o pai dele...procurando em fóruns e consultando amigos, foram muitas as respostas. Janis Joplin, Cher (isso mesmo, a Cher!), Rita Lee, Courtney Love (essa está mais para Bruxa de Blair), Chrissie Hynde, Patti Smith e até mesmo a guitarra e o Serguei (pasmem) foram citadas(os) como mãe.
Para mim todo esse papo de diabo como pai do rock é uma grande zoação (feita apenas para deixar as tiazinhas de cabelo em pé), assim como tentar dar nome à mãe também. O bom e velho rock nasceu autônomo, independente e cheio de atitude. Por isso, apesar do “feriado“ ser no dia 13 de julho, podemos comemorá-lo diariamente. Todos os dias um novo moleque toca os seus primeiros acordes e, enlouquece ao ouvir os primeiros solos de guitarra ou bateria. Há cada dia um novo festival é erguido, ainda que a infra-estrutura seja precária, ainda que não haja incentivo. Essa é e sempre será a maior essência do rock´n roll.
é um debate que poderia soar interessante, principalmente, diante das defesas. por exemplo, joni mitchell (para mim) é uma musa do rock, bem mais que joplin e sua voz rouca. joan baez e outras divas que hoje fazem a cabeça de muita cat power, feist e reginas specktors. Mas daí falam que ela é folk, que a outra (por ter determinadas atitudes) é bem mais que a primeira e coisas do gênero.
ResponderExcluirdo mesmo modo que o rock é autônomo, assim o são os detentores das mais diversas classificações e ramificações que possam parecer.
inté,
=)
p.s: bonito ver o blogue crescer.
Valeu Yoko, sua contribuição é sempre muito bacana!
ResponderExcluirvaleu a força!!!!
Derci Gonçalves
ResponderExcluirAlice Cooper.
ResponderExcluirSou eu, Carol Levy!! hhahhahaa... =P
ResponderExcluirNa verdade o rock nasceu sem pai e sem mãe, mas com vários filhos dele!! Aqueles que cantam,que tocam, que encantam e que vibram ouvindo uma boa música!!
Bjão.
Já que falamos de "entidades" de coisas etéreas como o diabo, acho que a mãe do rock é a persistência.
ResponderExcluirMais de 60 anos sendo "ameaçado" por todo tipo de mistura, e permanecendo ali, firme!!
Obrigado à persistência, a Mãe do Rock!!!
Janis Joplin.
ResponderExcluirNacional, Rita Lee.
passar bem.
Eu ainda acho que a mãe do Rock é o Serguei. O cara já pegou a Janis Joplin então... é meio "pãe". Mas concordo com a gurizada do Bleffe que a persistência é a verdadeira genitora da criança...
ResponderExcluirAbraço gurizada! E vamo que vamo!
Gostaria de deixar registrado aqui um treicho de uma cancao de um amigo O Batismo (Fabio Magalhaes) que e bem isso ai!
ResponderExcluir“Rock’n’Roll seja sempre assim
Seja cruel pra ele quanto foi pra mim
Bem vindo ao mundo do Rock”n”Roll”
Um dia assim alguém me falou
Respire fundo, estenda a mão
Ele escolheu você
“Nunca vai morrer” repita comigo
“Serei teu servo e amigo”
Tu tens passado tanta humilhação
Com ele irá perder a inocência e a ilusão
Esse é um ciclo que se faz
Desde o Rithym’n blues
Quando um roqueiro se vai
Logo vem outro
Pra acender as luzes
Eu preciso avisar você
Desse caminho que vamos entrar
Nunca mais vai poder voltar
Não entendo muito do assunto, mas o texto está muito bem escrito!! Contudo, como isso é praxe vamos à questão lançada... a mãe do rock é a mesma do Pop, Axé, funk, pagode, hip-hop etc e pasmem, recentemente ela deu origem também às bandas emo O.O... a indústria fonográfica =P
ResponderExcluirWendy Orlean Williams... a famosa Wendy O. Williams, a líder da banda punk Plasmatics na década de 80.
ResponderExcluirÉ claro que é o Mick Jagger !
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