quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Piada do Ano: Lobão defende gravadoras e chama crítica de moralista

Lembram de um famoso comercial que dizia: "Parece mas não é!". A frase acima é exatamente isso. Parece piada, mas não é. O cantor Lobão afirmou nesta terça-feira que parte das críticas dirigidas à gravadoras são moralistas. "Se a gente se alija, o Calypso vai lá e toca", afirmou o cantor. "O Calipso também é cultura", emendou Lobão.

As afirmações divulgadas pela Folha Online ocorreram durante o debate "Cultura e Consumo", que começou nesta terça-feira no auditório do Masp, em São Paulo. A abertura do evento, que é parte das ações pelos 50 anos do caderno Ilustrada, foi feita por Alcino Leite Neto, ex-editor da Ilustrada e do caderno Mais! e atual editor de Moda.

Além do escritor, participam da mesa o psicanalista Contardo Calligaris, o cineasta José Padilha e o escritor Cristóvão Tezza. "Sempre fui fã de selos. Eu torcia como se fosse time de futebol", disse Lobão, que ainda mencionou a cultuada gravadora Motown. "A Motown era dirigida por um tirano, que obrigava os artistas a gravar músicas que hoje são clássicas", afirmou o cantor, antes de terminar sua participação. Lobão deixou o evento mais cedo, pois necessitava pegar um vôo para Santa Catarina.

Idolatrado por muitos e odiado pelo dobro, o que mais chama a atenção é que o cantor passou anos da sua carreira brigando e rompendo contratos com gravadoras. Sua indignação foi tão grande que o cantor tornou-se um dos pioneiros na defesa pela carreira indepedente. Atacando gravadoras e provando que os CDs podem ser muito mais baratos do que são vendidos, começou a vernder os seus CDs numerados, em bancas de jornais.

Hoje a situação é outra, depois de ficar esquecido e entregue ao ostracismo, Lobão voltou a fazer parte do seleto grupo de artistas que estão em uma gravadora.Não há nenhum erro na mudança de opinião e ponto de vista. Mas a grande pergunta é: Se depois de brigar com gravadoras, chutar o balde e, literalmente, jogar lenha na fogueira da indústria fonográfica, será que o cantor ainda defenderia a causa das gravadoras, se não fizesse parte de uma delas hoje? A verdade é que o cantor, pseudo-apresentador de TV, mais uma vez cai em suas grandes contradições.

Dificil mesmo dar crédito e levar a sério aquilo que Lobão diz. a sério. Sinceramente, mais uma das tantas piadas. Com o perdão do clichê, mas como diria o Capitão Nascimento, aquele mesmo do filme Tropa de Elite, "é um fanfarrão!!!".

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