segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Retrospectiva 2008 - Parte I

2008 foi um ano com muitos acontecimentos importantes para a música. Por isso, para que um ano tão sugestivo não passe em branco, o VitrolaNews resolveu reeditar alguns dos principais posts de 2008. Para cada mês do ano, escolhemos o post mais comentado e/ou polêmico. Confira:

Janeiro: Quase um revival

Os músicos Mick Jones e Topper Headon, ex-integrantes da banda punk The Clash, dividiram o palco pela primeira vez em 25 anos. O encontro aconteceu na noite de sexta-feira (11/01), durante uma apresentação da banda nova do guitarrista Jones, Carbon/Silicon, em Londres. No bis, o baterista Topper Headon subiu ao palco para tocar alguns clássicos do Clash.

Os músicos apresentaram os sucessos "Train in Vain" e "Should I Stay or Should I Go". O show em Londres foi o primeiro de uma residência de seis noites que o Carbon/Silicon fez em um pub local. O grupo formado por Mick Jones --que além do Clash também fez parte do Big Audio Dynamite-- também tem o guitarrista Tony James, ex-Generation X e Sigue Sigue Sputinik, na formação.

Até que a banda anunciasse sua dissolução nos anos 80, o Clash produziu uma série de clássicos punks, destilando a depressão, ódio e energia do Reino Unido daquela época.Joe Strummer, líder do grupo, morreu aos 50 anos, em sua casa, no oeste da Inglaterra, de causa desconhecida, em 2002.

Fevereiro: A volta dos irmãos Cavalera

Quando o VitrolaNews fez a sua análise do esperado "Cavalera Conspiracy", o álbum não havia nem sido lançado ainda. Com o suporte de quem entende muito de metal, foi assim que demos a notícia:

O álbum já foi lançado??? Oficialmente pela gravadora não, mas pela “internet records” sim... Essa aí também não é a capa do álbum, porém, essa foto define bem o gesto pelo qual esperávamos há anos por parte dos irmãos Cavalera. E o reencontro não poderia ser traduzido de maneira diferente senão em forma de música. O projeto foi batizado de “Cavalera Conspiracy” e "Inflikted" é o nome do álbum.

Produzido por Logan Mader (ex-Machine Head, Soulfly) o álbum conta com a ilustre participação de Rex Brown (ex-Pantera) e Ritchie Cavalera (enteado de Max). Pois bem, dessa vez tudo "conspirou" a favor dos Cavalera. Os aliados Joe Duplantier (Bass-Gojira) e Marc Rizzo (Guitar-Soulfly) dão conta do recado com extrema competência, como já o fazem em suas bandas principais. É bem verdade que de nada adiantaria toda essa badalação se a música não correspondesse à altura. Para quem ainda tem lá as suas dúvidas sobre o que irá escutar vou logo adiantando: Cuidado para não se emocionar e passar vergonha na frente dos amigos, pois eles mandaram ver neste CD. Logo de cara, a faixa título nos leva a dizer: "São eles!!!", em seguida “Sanctuary” confirma que os dois não esqueceram nada do que aprenderam. E, lá no fundo, sabíamos disso. Todas as influências que permeavam o Sepultura estão no disco: Thrash, Hardcore, Punk, muito peso e tudo soando completamente autêntico, como sempre foi o Sepultura, sem medo da "modernidade".

Não adianta querer ficar comparando com esse ou aquele álbum da era Sepultura, porque as diferenças vão existir assim como as semelhanças, já que boa parte daquela essência se faz presente neste projeto. Além das ótimas “Inflikted” e “Sanctuary”, ao longo do álbum nos deparamos com as pesadíssimas “Terrorize” e “Dark Ark”, um pouco de Nailbomb se faz presente em “Ultra-Violent” e as boas palhetadas que finalizam “Hearts Of Darkness” nos fazem lembrar dos velhos tempos.

O “grand finale” vem com o bom e velho “Um, dois, três, quatro!!!” ao final de “Must Kill”. Destaques para a produção, os vocais ultra-agressivos de Max, o peso das cordas, além da impressão de vermos o Iggor tocando com dois martelos. Enfim, a capacidade e sabedoria com que estes dois caras sempre criaram a sua música, unindo influências e elementos de dentro e fora do Metal, homogeneizando tudo isso e traduzindo esses sentimentos em forma de agressividade. Duas palavras que representem “Inflikted”: Pesado e Direto!!!

Murilo Costa* especial para o VitrolaNews.

Março: Iron retorna ao Brasil

Os ingleses do Iron Maiden voltaram ao Brasil depois da memorável apresentação no último Rock In Rio. O Grupo fez três apresentações em três cidades brasileiras. Em São Paulo o show foi no dia 2, Curitiba (4) e Porto Alegre, 5 de março.

Os shows fizeram parte da turnê mundial "Somewhere Back in Time". No repertório a banda reviveu os principais clássicos da década de ointenta, com base nos discos "Powerslave" e "Somewhere in Time".Os fãs tiveram mais um contato com o gigante Eddie, mascote da banda, Steve Harris e companhia. Entre os sucessos da banda, músicas como "2 Minutes to Midnight", "Aces High" e "Wasted Years", a própria “Powerslave”.

O sucesso foi tanto que a banda já tem datas agendadas para voltar ao Brasil em 2009.

UP THE IRONS!

Abril: Rod Stewart faz shows no Rio de Janeiro e São Paulo

O cantor britânico Rod Stewart voltou ao Brasil em abril e se apresentou em São Paulo, no dia 04, e no Rio de Janeiro, dia 5. Os ingressos para o show paulistano, no Parque Antarctica, custaram de R$ 140 a R$ 700. O show carioca, no RioArena, tiveram os bilhetes entre R$ 200 e R$ 500.

Nos shows, Stewart cantou sucessos de carreira e canções de seu disco mais recente, " Still the Same: Great Rock Classics of Our Time " (2006). O álbum é marcado por releituras de Bob Dylan, The Pretenders, Creedence Clearwater Revival, entre outros.

Maio: Megadeth, Whitesnake e Queensrÿche voltam ao Brasil

Os grupos Whitesnake, Queensrÿche e Megadeth voltaram ao Brasil e se destacaram entre os principais artistas de metal que passaram pelo país em 2008.

Liderado por David Coverdale, o Whitesnake promoveu o álbum "Good to be Bad" (2008) e apresentou o melhor de seus 30 anos de carreira. A banda tocou em Manaus no dia 3 e depois se apresentou em Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Curitiba, nos dias 6, 7, 9 e 10, respectivamente. Além de Coverdale, a atual formação conta com Reb Beach (guitarra), Doug Aldrich (guitarra), Timothy Drury (teclados), Uriah Duffy (baixo) e Chris Frazier (bateria).

O Queensrÿche, que se apresentou no Brasil na segunda edição do festival Rock In Rio (1991), mostrou o melhor de sua discografia na turnê "Hits and Rarities", com destaque para temas dos álbuns "Rage for Order" (1986), "Operation Mindcrime" (1988), "Empire" (1990), "Promised Land" (1994), "Operation Mindcrime II" (2006) e o recente "Take Cover" (2007). A banda iniciou a turnê brasileira no Rio, no dia 08 de maio, e depois seguiu para Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, nos dias 10, 15 e 16, respectivamente.

Já o Megadeth, liderado pelo guitarrista e vocalista Dave Mustaine, tocou em Goiânia, Curitiba, São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Manaus nos dias 3, 5, 6, 7, 8 e 15 de junho, respectivamente. O grupo promoveu seu mais recente álbum, "United Abominations" (2007).

Junho: Coldplay lançou Viva La Vida or Death and All His Friends

Em "Viva La Vida or Death and All His Friends", quarto disco do Coldplay, lançado em junho, a evolução dos ingleses ficou explícita em faixas como Lost!, Viva La Vida, Violet Hill e Lovers in Japan.

O tão aguardado álbum chamou a atenção não só pela qualidade técnica do quarteto, mas, principalmente, pela segurança e criatividade ao experimentar instrumentos no mínimo inusitados. Como um sino (isso mesmo, um sino idêntico aos de igreja!) em Viva La Vida e a sonoridade surpreendentemente agradável do wardrum (um instrumento percussivo, algo como um tambor de guerra, com diz o nome) utilizado em Violet Hill e Viva La Vida.

A idéia de usar um "tambor de guerra" em uma canção como Viva La Vida – faixa que dá título ao álbum - é um tanto paradoxal, já que um instrumento usado por tanto tempo com a intenção de ditar o ritmo das batalhas desta vez foi usado como uma peça fundamental de um arranjo, no mínimo, emocionante.

Como de praxe, o disco trouxe muitas baladas, que de cara nos fazem reconhecer e identificar o timbre de voz marcante de Chris Martin. Destaque também para as faixas Strawberry Swing e Cemetery of London, umas das mais rápidas do disco.


Julho: O Post mais polêmico do ano

O fim anunciado do Engenheiros do Hawaii originou um post que, sem dúvida, foi o mais polêmico do ano. Por isso, segue o replay na íntegra do que foi escrito no dia 28 de julho de 2008.
Já foi tarde...
Na semana passada uma notícia “abalou” o cenário pop nacional: A banda Engenheiros do Hawaii anunciou, através do seu líder Humberto Gessinger, uma pausa sem prazo para o retorno aos palcos.

Hã?! E daí?! Que me perdoem os saudosistas e todos aqueles que adoram curtir e viver da nostalgia, mas Gessinger, excelente cantor e compositor, já devia ter partido para outra há muito tempo. Ao contrário de outras bandas, que mesmo com os anos conseguiram uma fórmula para manter-se na ativa, a exemplo dos Paralamas do Sucesso, e até mesmo do Capital Inicial e todos os “vamo lá moçada” de Dinho Outro Preto, os Engenheiros perderam a “mão” e não conseguiram se encontrar mais depois da separação de sua formação clássica. Um trio que tinha, além de Humberto Gessinger (vocal e baixo), Carlos Maltz (bateria) e o guitarrista Augusto Licks.

Na verdade, a melhor fase da banda foi vivida com essa formação durante os quatro primeiro discos (Longe Demais das Capitais – 1986, A Revolta dos Dândis - 1987, Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém - 1988 e Alívio Imediato - 1989). Em 1990, com o Papa é Pop, as coisas já não eram mais as mesmas e os Engenheiros do Hawaii também não. Depois daí foram sucessivas mudanças de formação, até que a “Infinita Highway” continuasse a ser trilhada apenas por Gessinger.

A pausa dos Engenheiros marca o início de uma outra fase para o músico gaúcho, que a partir de agora se dedicará à dupla Pouca Vogal, recém-formada por ele com Duca Leindecker, vocalista do grupo Cidadão Quem.

Então, que os novos ares tragam mais inspiração para Gessinger e, quem sabe assim, uma nova luz para a música pop nacional, atualmente tão pobre e sem novidades. Por fim, parafraseando o poeta Vinícius de Morais, “Chega de saudade”, por que os Engenheiros já foram tarde, muito tarde!!!

Agosto: U2 retorna ao cinema com o filme “U2 3D”

A estréia oficial no Brasil aconteceu no dia 29 de agosto, mas muito antes os ingressos para o filme da banda irlandesa U2, “U2 3D”, já estavam à venda.

O filme, como o próprio nome sugere, recriou um ambiente em 3D com muito realismo, mostrando como é uma apresentação ao vivo da banda. “U2 3D” foi dirigido por Catherine Owens e Mark Pellington, e filmado com 18 câmeras, durante a passagem da turnê “Vertigo” pela América do Sul, em 2005 e 2006, incluindo um trecho da apresentação em São Paulo.

A obra foi apresentada como o primeiro concerto em 3D. Ao todo foram mais de 700 horas de gravação, reduzidas a 85 minutos de filme, com imagens inovadoras, em terceira dimensão, tomadas aéreas da platéia de quase 80.000 pessoas e closes de Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr, com um qualificado sistema de som.

No longa, os fãs puderam conferir alguns sucessos como "Vertigo" , "Where The Streets Have No Name", "Beautiful Day", "New Year's Day", "Sometimes You Can't Make It on Your Own", "Love and Peace", "Sunday Bloody Sunday", "Bullet The Blue Sky", "Miss Sarajevo", "U.N. Declaration Of Human Rights", "Pride (In The Name Of Love)", "One", "The Fly", "With Or Without You" e "Yahweh".

Essa não foi a primeira vez que o U2 vira atração no cinema. Em 1988 o filme documentário "U2 Rattle and Hum" também tornou-se um sucesso de bilheteria, originando CD com mesmo nome.

Um comentário:

  1. Mercedes cars brisbane, peter leaves his 'frame that my humble self has a full-grown bolognese by nathan, at all events his regiment is own. http://irijun.com

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