segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

110 anos de Pixinguinha



Pixinguinha completaria 110 anos neste mês se estivesse vivo e, em virtude desta marca, são muitas as homenagens póstumas e lembranças da história desse homem que agregou novos valores à música brasileira. Assim, o VitrolaNews não poderia deixar acabar o ano sem também prestar a sua homenagem a esse grande compositor, arranjador e instrumentista brasileiro.

Pesquisador incansável e totalmente livre de preconceitos, Pixinguinha misturou ritmos africanos e música negra americana aos acordes nacionais de Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, mudando a maneira de se fazer orquestração e arranjo. Com isso, foi possível criar o ritmo brasileiro.

Nascido na capital fluminense em 23 de abril de 1897, Alfredo da Rocha Vianna Filho tornou-se um dos nomes mais importantes da música brasileira e é considerado o maior compositor de choro de todos os tempos. Também orquestrador, flautista e regente, é autor de melodias clássicas do repertório popular nacional, como Carinhoso (letra de João de Barro), Lamento (letra de Vinicius de Moraes) e Rosa (letra de Otávio de Souza). Para o jornalista e biógrafo Sérgio Cabral, a passagem de Pixinguinha pela MPB foi tão longa quanto marcante. “É apontado por quase todos que mergulham fundo no estudo de nossa música como um dos maiores nomes que ela produziu em todos os tempos”, afirma ele

Pixinguinha morreu no dia 17 de fevereiro de 1973, aos 76 anos, mas sua história tem sido difundida para todos os músicos brasileiros e também para crianças - em 1999 foi publicado o livro-CD “Pixinguinha para crianças uma lição de Brasil”, com amplo material sobre o músico.

Com informações do Portal Fator Brasil.

domingo, 30 de dezembro de 2007

7ª Etapa do Festival Coletânea de Bandas


As inscrições já estão encerradas, mas vale a pena ficar ligado na 7ª etapa do Festival Coletânea de bandas, que começa oficialmente no dia 04 de janeiro de 2008, no Vitorio, na Barra da Tijuca-RJ.
Há sete anos consecutivos, o evento reúne diversas bandas do cenário independente. Dessa vez serão 122 grupos, que se apresentarão de janeiro a fevereiro nos palcos do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
Ao final da maratona de shows, o resultado poderá ser conferido na gravação, ao vivo, do 7° CD Coletânea de Bandas, no Hard Rock Café (RJ).
Confira a programação completa e tenha mais informações sobre o evento em www.coletaneadebandas.com .

sábado, 29 de dezembro de 2007

Festivais independentes agitam a cena no primeiro semestre de 2008



Ter uma banda de rock, fazer shows e conseguir reconhecimento sempre foi o sonho de muitos jovens. Mas as dificuldades de conseguir espaço para mostrar o som, gravar ou ensaiar acabou como um fator determinante para o desânimo, ou não. Afinal, foi das dificuldades que surgiu o lema “faça você mesmo”, e fez com que muitos músicos e bandas conseguissem, com a cara e a coragem, divulgar o seu trabalho e conquistar um público, independente do sucesso financeiro ou não.
Hoje a realidade é um pouco diferente. Apesar de algumas dificuldades persistirem, é cada vez mais fácil montar uma banda, ter acesso a bons instrumentos e espaços para divulgação do trabalho. Vide os diversos veículos criados a partir da internet.
Dessa forma, há muito tempo a cena underground vem mostrando toda a sua força. Prova disso são os diversos festivais de música independente espalhados pelo Brasil, que conquistaram credibilidade e, em conseqüência, patrocinadores.
A afirmação veio com a criação da Associação Brasileira de Festivais Independentes – Abrafin, responsável por dar visibilidade e organizar o calendário de shows. Dessa forma o que já foi um dia um movimento submisso e de fundo de porão, hoje é sinônimo de profissionalismo e oportunidade para que as bandas independentes, antigamente conhecidas somente como bandas de garagem, tenham espaço para mostrar o trabalho e conquistar novos públicos, além de também chegar ao ouvido dos críticos.
Então, de olho no calendário e mãos à obra. Confira abaixo as datas dos festivais independentes que ocorrerão no primeiro semestre de 2008 divulgadas pela Abrafin.
JANEIRO

04 a 31 Janeiro - Rio de Janeiro - RJ
Humaitá Pra Peixe (2007.humaitaprapeixe.com.br/)
Festival independente do RJ com mais de anos de tradição por onde já passaram diversas bandas consagradas do cenário musical brasileiro

18/01 a 21/01 - Santos - SP
Music on Board Festival - MOB (www.mobfestival.com.br)
Festival de música eletrônica que ocorre dentro de um transatlântico, nesta edição de 2008 será realizada no navio Island Escape.

20/01 a 02/02 Jaraguá do Sul - SC
Femusic 2008 (www.femusc.com.br/)
Apresentação de concertos do mais alto nível artístico internacional e de classes instrumentais com grandes mestres da música, como em seu envolvimento social por meio de atividades que integram seus músicos à comunidade, privilegiando todos os segmentos.

25/01 a 09/02 40 cidades da America Latina
Grito Rock 2008 (www.gritorock.com.br/)
Do Brasil para a América do Sul. Daí já se vê o salto que o Grito Rock, maior festival integrado de música da América Latina, dará em 2008, quando mais uma vez as marchinhas de carnaval abrirão espaços aos riffs das guitarras do Oiapoque ao Chuí e do Brasil à América do Sul. A expectativa é que a mais de 500 bandas componham o set list de atrações do GR. Muitas, inclusive, já planejam turnês interestaduais tal como fizeram algumas bandas na edição de 2007.


FEVEREIRO

02 a 05/02 Salvador - BA
Palco do Rock 2008
O festival terá 4 noites, 32 bandas, 8.000 pessoas por dia, bandas de outros estados, o festival será realizado na praia de Piatã.

02 a 05 Fevereiro - Recife - PE
Recbeat (recbeat.uol.com.br/)
Há 12 anos inovando e promovendo uma saudável mistura musical, o Rec-Beat aprimora, nesta edição, sua principal característica que é a de estabelecer pontos de contato entre tradição e novas tendências.

02 a 04 Fevereiro - Curitiba - PR
Psycho Carnival (www.psychobilly.com.br/psychocarnival/index.html)
Festival curitibano atrelado a Abrafin


MARÇO

14 e 15 Março - Rio Claro - SP
VI Festival de Rock Feminino (www.rockfeminino.org/2008/)
Destacando-se entre grandes festivais como Porão do Rock, Abril pro Rock e Goiânia Noise, o intuito é integrar homens e mulheres no palco através da música, ao incentivar meninas a tomarem a iniciativa de enfrentarem o palco e
montarem uma banda, além de estimular a produção autoral.

14 e 15 Março – Palmas - TO
Tendencies Rock Festival (www.tendenciesrock.com.br/)
O complexo Tendencies é um conjunto de Loja, bar e lan house localizado em Palmas onde também abrigará o festival deste ano que leva o nome do complexo.

19 a 22 Março - Belo Horizonte - MG
1° Campeonato Mineiro De Surf (www.surfmotherfuckers.com.br/pcms/index.php)
Minas Gerais pode não ter mar, mas sua capital, Belo Horizonte, certamente não fica devendo a nenhuma cidade litorânea quando o assunto é surf music. Prova disso é a realização do maior festival do gênero no País: o Primeiro Campeonato Mineiro de Surf, festival com bandas brasileiras de surf music e rock'n'roll.


ABRIL

11 a 13 Abril - Recife - PE
Abril Pro Rock (www.abrilprorock.com.br/)
Famoso festival que há mais de 15 anos na estrada, sempre em abril aprensenta grandes bandas do cenário independente


MAIO

09 e 10 Maio – Palmas - TO
Pmw Rock Festival (www.pmwrockfestival.com.br/)
Começou com a idéia de tornar a capital do Tocantins uma cidade aberta ao rock. Por ter o objetivo de divulgar o ritmo, o festival não é competitivo. A primeira edição aconteceu em 2005, e, este ano, será realizada a 4ª etapa

15 a 18 Maio - Belo Horizonte - MG
Eletronika (www.festivaleletronika.com.br/)
Festival de novas tendências musicais, com programação que inclui shows, DJ Sets e debates que mostram um panorama do que está sendo produzido atualmente na música.

16 a 18 Maio - Casarão (Porto Velho / RO)

23 a 25 Maio - Goiânia - GO
Bananada (www.monstrodiscos.com.br/bananada/)
Tradicional festival independente de Goiânia que vem se destacando nos últimos anos.

30 e 31 Maio - Brasília - DF
Porão Do Rock (www.poraodorock.com.br/)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Hip-Hop de Responsa



A fórmula pode parecer conhecida: manifesto em formas de letras, rimas disparadas em ritmo frenético, baixo, bumbo, guitarra, mics e pick-ups. Mas a diferença está na execução.
Dividindo águas e fazendo história no sul da Bahia, O Quadro foi criado em meados de 96, em Ilhéus, trabalhando experimentos com o Hip Hop, fundindo influências das mais variadas vertentes da música negra (funk, dub, jazz), adaptadas à realidade em que vivem os músicos.
Passados onze anos, os amigos Hãs (vocal), Prof. Jef. Jereconga (vocal), Freeza (vocal), Ricô (baixo) , Nêgo Roll (guitarra), Jahgga (Percussão), Irregular (bateria) e Reneura (Turntables), seguem, com o perdão do clichê, nadando contra a maré e acreditando naquilo que gostam e sabem fazer. Apesar da falta de estrutura que a cidade natal oferece, O Quadro mostra competência nas quatro músicas disponíveis no myspace da banda. “Gueto Absurdo”, “Tá Amarrado”, “De um Lado Pro Outro” e “Família Circo Horrores”, mostram o bom resultado de anos de ensaios e shows.
Mesmo com a forte influência da música gringa e rappers do eixo Rio-São Paulo, originalidade não falta aos baianos, que versam sobre temas que vão desde a crise econômica na região cacaueira até as diferentes opções que podem ser tomadas na vida, sem se vender à, quase sempre inevitável, tendência que as bandas de Rap têm de tentar copiar até mesmo o sotaque dos ídolos, esquecendo das próprias raízes. Em “Família Circo Horrores” a pegada sarcástica, ganha um ar cult com diferentes contra-tempos e uma bela passagem pelo Jazz. Em “Gueto Absurdo”, não é nem preciso conhecer um pouco da cidade em que vivem para entender a mensagem transmitida, direta e sonora.
Em alguns momentos a gravação poderia ter sido um pouco mais cuidadosa, principalmente em relação à programação da bateria, mas ainda assim não compromete a qualidade do som que traz excelentes linhas de baixo, acompanhadas por uma guitarra muito bem encaixada, aliada aos efeitos percussivos, bom trabalho do DJ, e, claro, ritmo e poesia dos MCs, como bem determina o ritmo.
OQUADRO é, ainda, uma peça de teatro que acontece na Casa dos Artistas em Ilhéus. Segundo o release oficial “Um espetáculo teatral baseado em notícias jornalísticas que mostra as raízes e facetas de universos marginais, suas vítimas e seus mentores”, e que conta com a participação da banda ao vivo “fazendo de suas músicas um narrador de língua afiada, atraindo a atenção do público com suas intervenções entre uma cena e outra”.
Vale a pena conferir o som da banda no www.myspace.com/oquadro.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Radiohead prepara webcast de Ano Novo


A banda inglesa Radiohead tocará as músicas de seu novo álbum, "In Rainbows", durante um show pré-gravado de uma hora a ser transmitido pela TV e pela Internet no Ano Novo.
O evento vai ao ar pela Current TV e pela Current.com a partir das 3h do dia 1° (hora de Brasília). O show será repetido três vezes ao longo do dia.
O Radiohead já fez um webcast desses no começo de novembro, quando a banda tocou material novo e também covers como "The Headmaster Ritual", do Smiths, "Unravel", de Björk, e "Ceremony", do New Order.
O CD "In Rainbows" chega às lojas na semana que vem, mas já está disponível na Internet há meses, num sistema pelo qual o usuário decide quanto pagar pelo download.

Fonte: UOL

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Show do Deep Purple em festival legendário está nas prateleiras


Há muito tempo, o Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, deixou de ser templo apenas dos virtuoses do gênero. Nomes como Iggy Pop & The Stooges, Simply Red, Deftones, Morrissey, Frank Zappa e outra lista enorme já pisaram no famoso palco. Como se vê, o jazz fica apenas no nome. Nesses 40 anos, figuras tarimbadas do pop, rock, MPB (!) e blues desfilaram numa das passarelas mais famosas do mundo da música.

Os ingleses do Deep Purple tocaram por lá em 1971, 1996 e no ano passado. Esse último show foi comemorado com o lançamento de They All Came Down To Montreux, que saiu neste mês em CD e DVD pela gravadora ST2. O álbum vem com 12 músicas, entre clássicos e algumas coisas mais recentes. No DVD, foram incluídas quatro a mais, além de um disco com dez canções gravadas no London Hard Rock Café, em 2005.

A banda foi escolhida para encerrar a 40ª edição do festival. É isso mesmo, o evento já é quarentão. Assim como o Deep Purple, que completa quatro décadas no próximo ano. O grupo fez um show de arrepiar. Mesmo sendo sessentões, o quinteto mostra o mesmo vigor que marcara época. As músicas continuam oscilando entre o hard rock e o blues rock.

O show foi composto essencialmente por clássicos como Highway Star, Lazy e Pictures of Home – do álbum Machine Head (1972) – , When a Blind Man Cries e Black Night. Essa última, infelizmente, só foi incluída no DVD. Smoke on the Water, uma das canções mais conhecidas do rock, fecha a noite com uma introdução jazzística. Talvez uma maneira de parabenizar o festival.

Na apresentação, também teve espaço para os solos e brincadeirinhas dos músicos. Steve Morse manuseia sua guitarra como um instrumento de guerra, enquanto Rogger Glover e Ian Paice seguram a cozinha com o conhecimento de quem toca juntos há vários anos, mesmo que tenham tido algumas separações. Don Airey não é nenhum Jon Lord, mas também tem seu espaço.

Depois de várias mudanças na formação, os roqueiros do Deep Purple parecem envelhecer bem. Mesmo que tenha perdido nomes de peso ao longo dos anos, a banda mostra para a garotada que de rock de verdade eles entendem. E os fãs sabem disso muito bem.


They Came Down To Montreux
Artista: Deep Purple

Faixas:
1: Pictures of Home
2: Things I Never Said
3: Strange Kind of Woman
4: Rapture of the Deep
5: Wrong Man
6: Kiss Tomorrow Goodbye
7: When A Blind Man Cries
8: Lazy
9: Keyboard Solo
10: Space Truckin´
11: Highway Star
12: Smoke on the Water

Fonte: Correioweb

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O que vem por aí...



Esse post é mais um da série “sons que você vai ouvir muito”.
Foi com muita disposição que esse baiano saiu da sua cidade natal (Ilhéus) e despencou no Rio para viver de um grande sonho: a música. Percussionista conhecido na cena musical, Luk Brown se apresentou com grandes nomes como Renato e seus Blue Caps, Fagner,
Luis Melodia, Hildon, Sandra de Sá, Frank Cólon e outros.
Como integrante do grupo americano de percussão "Los Cubancheiros", Brown tocou com os astros David Meade e Dave Braham.
Conquistado uma etapa do sonho de manter-se através da sua música, hoje Luk Brown programa vôos ainda maiores. Investindo na carreira de intérprete e compositor faz do seu som uma fusão de dois estilos musicais que muito o influenciaram: o reggae de Bob Marley e o forró de Luiz Gonzaga.
Com o primeiro single “Botar pra Lascar”, divulgado na internet, bateu recorde de downloads , e assim teve a sua música tocando em diversas regiões do país, chegando até algumas emissoras de fora do Brasil, o que abriu a porta para muitos shows.
O reflexo dos bons ventos veio através da atual música de trabalho, “Danada da Preguiça”, trilha sonora da novela da TV Globo, “Desejo Proibido”. O primeiro cd, em fase final de produção, será lançando no primeiro semestre de 2008, e tem um título que sugere bem o estilo desse baiano de sonhos grandes: “Vida que segue & Nada me aborrece”.
E assim, de bem com a vida, Luk Brown segue com a disposição de quem sabe bem aonde vai chegar.
Conheça mais em http://www.myspace.com/lukbrownofficial.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

“Dingonbél” nada!!!


Todo ano é a mesma coisa quando chega o mês de dezembro. Natal, comércio enfeitado, o apelo capitalista para atrair os compradores, e, é lógico, Papai Noel. Mas também é daí que me vem uma das lembranças mais engraçadas e marcantes. Impossível não lembrar, nesta data, dos versos urrados, em cima de três acordes, “Papai Noel F.D.P. rejeita os miseráveis”!!!!!
Foi com esse espírito que, no final dos anos 70 e início dos anos 80, surgiu na região do ABC paulista uma das principais bandas punks do país: Garotos Podres.
Influenciados pelo movimento Punk que estava no auge à época, os Garotos subiram ao palco pela primeira vez em Santo André, num evento que reuniu vários grupos de vários estilos musicais em prol do Fundo de Greve dos Metalúrgicos do ABC. Nada mais oportuno para uma molecada que queria rasgar o verbo e detonar o sistema.
O primeiro álbum, clássico do punk, é até hoje uma grande referência musical. Do disco "Mais Podres do que Nunca" saíram, com o perdão do trocadilho para uma banda punk, hits como "Johnny", a já citada "Papai-Noel Filho da Puta", "Maldita Polícia".
Depois daí a banda seguiu lançando novos discos (Pior que Antes – 1988, Canções para Ninar – 1993, Rock de Subúrbio - LIVE! – 1995, Com a Corda Toda – 1997, Live In Rio – 2001, Garotozil de Podrezepam 100mg – 2003) e tocando em todo o cenário underground nacional, tornando-se referência de atitude e protesto.
Hoje os Garotos cresceram, mas seguem fazendo o que gostam e aquilo que desde o início atraiu mídia e o público: letras politizadas e irônicas, carregadas de sarcasmo e humor negro.
Apesar de fazerem parte da história do rock do país, os músicos nunca sobreviveram de música, todos os integrantes têm outras atividades que lhes garantem o sustento e a sobrevivência da banda. Mas o melhor disso tudo é que no sub-mundo continuam com a liberdade para fazer música da maneira mais livre e que bem entendem. Dessa forma, o Papai Noel, que “nunca esquece de ninguém”, jamais será esquecido também por qualquer um de nós, Garotos Podres ou não.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

“Reunião de Caráter Subversivo”


Dez, zero, quatro é um código usado pela Polícia Militar do Distrito Federal que significa “Reunião de Caráter Subversivo”. E assim começou em 2000 uma “reunião subversiva”, que já dura quase 7 anos, e há cada dia aumenta o seu número de adeptos.
Originada na periferia do DF, mais precisamente na cidade satélite de Samambaia, a banda 10zer04 é formada por Xoquitu (guitarra), Barata (baixo), Murissoca (bateria) e Luara (vocal).
Com um discurso afiado e uma pegada que vai do Rock ao Rap, passando também por músicas regionais, o grupo entrou em estúdio pela primeira vez em 2001, onde gravaram um EP, produzido pelo vocalista da Plebe Rude, Philippe Seabra. Apesar de apenas 4 faixas, o disco foi suficiente para mostrar a que veio a banda, abrindo as portas para a participação em vários eventos no país.
Em 2003, a banda lançou o seu álbum de estréia, novamente produzido por Seabra. O disco teve sua tiragem de mil cópias esgotadas e mais uma vez uma ótima recepção. Destaque para as músicas “Guerra Civil” ,“Herói de Controvérsia”, e“A Música do Cangaço”.
Em 2005 a banda venceu a seletiva de Brasília do Festival Claro Q é Rock. O que garantiu a sua participação no festival, na cidade de São Paulo, onde teve calorosa receptividade do público presente.
Em todo esse tempo de estrada a 10zer04 já tocou em grandes festivais, e dividiu o palco com nomes como Nação Zumbi, Pavilhão 9, Sepultura, Live, Good Charlotte,Iggy Pop, Placebo, Sonic Youth e Nine Inch Nails. Enquanto se preparam para gravar um novo CD só nos resta aguardar por grandes novidades.

Com informações do site oficial da banda (www.10zer04.com.br) .

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Reggae em Evolução


Criada em 1996 por alunos da Universidade Federal da Bahia, a banda Diamba chegou aos dez anos de estrada com uma bagagem digna de qualquer grande artista do cenário nacional. Com influências que passam por Bob Marley, Jacob Miller, Gregory Isaacs e outros nomes, o grupo conseguiu chegar a um grau de maturidade, construindo um som com cara e sonoridade própria. A pegada reggae roots, passa sem pudor algum pelo rock e ritmos regionais, quer seja em timbres, quer seja na performática presença que os músicos têm quando estão em cima do palco.
Formada por Duda (vocal), Joab Nunes (percussão), Tilson Santana (teclados), Caio Frenn (bateria), Renato Nunes (baixo) e Paulo "Marola" (guitarras), a Diamba já dividiu o palco com artistas como Tribo de Jah, Natiruts, Nação Zumbi, Mauricio Manieri, Márcio Mello, Jota Quest, Tihuana, Los Hermanos, além de grandes representantes do reggae internacional como Gregory Isaacs, Steel Pulse, The Wailers, Israel Vibration e Andrew Tosh.
Depois de dois discos independentes (“Ninguém está a Salvo” e “Tempos de Épocas”) e muitos shows “nas costas”, o grupo partiu para uma empreitada ainda mais ousada, lançando o primeiro CD e DVD, gravados ao vivo, no Rock in Rio, em Salvador. “10 Anos Ao Vivo” faz um retrospecto da carreira e ainda quatro músicas novas “Jazz de Angola”, “Eu piro quando você passa”, “Penso no amor que vem” e “Tudo de bom”.
Mesmo sem destaque na mídia nacional, a banda conseguiu formar um público fiel nos lugares por onde já passou. Quem já esteve na capital baiana, certamente conhece, ou já ouviu falar em Diamba. Quem não foi ainda, esse é só mais um dos grandes motivos que tem para ir.
Saiba mais em www.diamba.com .

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Balde de água fria


Depois de uma noite memorável, proporcionada pelo Led Zeppelin, na última segunda-feira (10), em Londres, com o tão esperado reencontro do grupo, veio o balde de água fria. Para quem esperava que dessa tão aguardada reunião pudesse ser anunciada uma turnê mundial, com os boatos de que o reencontro também seria levado ao Madison Square Garden, em Nova York, o jeito é se contentar com a única apresentação. Ou seja, quem viu, viu. Quem não viu, já era.
Restam agora os “youtubes” para matar a vontade de quem espera curtir algum trecho do show. O vocalista Robert Plant nem esperou esfriarem os ânimos dos seguidores do Zeppelin, que clamavam para que o grupo extenda a reunião e faça mais shows, e confirmou que já tem planos para 2008.
Ele anunciou mais uma série de apresentações pela Europa ao lado apenas da cantora Alison Krauss. Os dois uniram-se recentemente para gravar o álbum de blues e country Raising Sand, lançado este mês no Brasil. A turnê vai começar em Birmingham dia 5 de maio e acaba em Londres dia 22.
Assim, Plant, Page, Paul Jones e Bonhan, o filho, juntos novamente, por enquanto só mesmo em gravações de áudio e vídeo. Mas não custa nada sonhar!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Fome de que mesmo?!


Fome de Tudo. É com esse nome que a Nação Zumbi mostra as caras no seu mais novo disco. O álbum mostra o amadurecimento dos pernambucanos que surpreendem a cada novo trabalho.
Não é qualquer grupo que pode se orgulhar de ter descoberto e aperfeiçoado uma música que ganhou o mundo misturando ritmos locais e folclóricos, com guitarras distorcidas, “delays e overdrives”.
Em Fome de Tudo, a Nação mostra e comprova por que mesmo após a morte trágica do seu idealizador, consegue manter-se firme em propósitos que são expressos em músicas que batem forte e demonstram o seu poder como “Onde Tenho Que Ir” (faixa 6), “Inferno” (faixa 4), “Toda Surdez Será Castigada” (faixa 9), “Assustado” (faixa 7), “Bossa Nostra” (faixa 1) e na faixa-título do disco, “cuja pegada explosiva fará John Bonham vibrar de êxtase onde quer que esteja”, como definiu o jornalista Zeroquatro Montenegro.
Para os fãs do Rio, a chance de sentir essa paulada e comprovar tudo isso ao vivo será nesta sexta-feira, na Lapa, mais precisamente no Circo Voador, a casa de show, com teto de lona, que fez nome na década de 80.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Vitrola Digital


O VitrolaNews hoje versa por outro lado da música, inédito por aqui. Como a proposta é divulgar novos nomes, sem prender-se a um só ritmo ou estilo, hoje damos vez ao DJ carioca Sandro Dejota.
Atuando no mercado há 10 anos, Dejota já “pescou” em diversos rios e mares musicais.
Fazendo experiências sonoras adquiriu respaldo tocando na cena eletrônica do Rio de Janeiro. Convicto em sua paixão pela música, adquiriu o gosto desde cedo, através da influência familiar, daí foi natural o início da carreira como DJ, profissão que o levou a diferentes estados do país, sempre mostrando diferentes vertentes.
No seu set cabe de tudo um pouco. Psy Trance com muito groove, “pitadas” progressivas e psicodélicas, música nacional e performances inconfundíveis, que, segundo ele mesmo “fazem qualquer um sair de órbita”.
Hoje atua como DJ residente da boate e casa de shows LAPA 40°, onde vem fazendo um trabalho voltado para o electro house e remixes nacionais, mesclando bem esses dois estilos e não deixando a pista parada um só segundo.
Para quem se amarra em balançar o esqueleto, vale a pena conhecer o trabalho do Dejota.
Saiba mais em www.lapa40graus.com.br ou no http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=132566752 .

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Escracho Made in Planalto Central


Passada a febre Police, o VitrolaNews voltou a falar, desde ontem, sobre as promessas do underground nacional. Hoje, um nome que está se destacando, ou, ao menos tentando, na cena roqueira da Capital do país: Os Elísios.
Se a banda formada por quatro publicitários de Brasília precisasse de um slogan, o que se encaixaria com perfeição seria: Não leve tudo a sério, principalmente eles mesmos. Aliás, segundo os próprios, perfeição não é uma palavra que acompanha a banda. “Resolvemos montar um grupo só para não ter que ir direto para casa depois do trabalho, tudo começou como uma brincadeira, e até hoje continua uma piada”, ressalta Joe Elísio, o vocalista do grupo. Completam o quarteto, Antonio Elísio, no baixo; Silva Elísio, guitarra, e Oda Elísio, bateria.
A justificativa para tanto sobrenome igual veio de uma grande influência. “No início, a nossa proposta era só tocar músicas dos Ramones e como todos eles tinham os mesmos sobrenomes, resolvemos copiar isso também”, explica Silva.
Juntos há um ano, os amigos evoluíram. Depois de bastante tempo dentro de estúdios e após o cabalístico número de 3 apresentações (curiosamente todas em festas de aniversários dos amigos) Os Elísios conseguiram ampliar o repertório, e em suas apresentações ao vivo também atacam com Misfits, Iggy Pop, e releituras do The Cure e Roberto Carlos.
No entanto, a grande novidade para os fãs são as composições próprias como “Uréia”, “Cachaça”, “Dia de Merda” e a consagrada “A mulher do Cão”, cujo refrão sugestivo diz: “a mulher que eu pedi a Deus / foi o diabo quem me deu”.
Engana-se porém, quem acha que a banda não sonha voar alto. Os malucos estão de olho nos festivais e já se preparam para entrar de sola na gravação do 1° CD. Segundo o único Elísio de verdade, o vocalista Joe, depois disso a banda acaba. “Ou então algum de nós se suicida e viramos mártires”, conclui.
E é assim, fazendo piada dos outros e principalmente deles mesmos, que Os Elísios continuam com um ótimo motivo para não ir direto para casa depois do trabalho.

Colaborou com esta matéria Júnior Lisboa.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Cruzando a Linha




Pense em Iron Maiden, Legião Urbana, Metallica e Titãs. Agora acrescente uma pitada de Led Zepellin e The Doors. Misture tudo e pronto. Com essa fusão você tem em mãos Linha Vermelha.
Nascida em Niterói e São Gonçalo, Rio de Janeiro, a banda é composta por Marcelo Costa (vocal e guitarra), Juca do Valle (guitarra) e Dudu Pity (bateria). O som, com uma pegada bem enérgica, prova o quanto é possível fazer um rock bem brazuca, com uma forte influência do metal gringo, sem perder a originalidade. Os riffs de guitarras bem tocados, aliados às linhas melódicas de violão, mostram a versatilidade dos músicos, que sabem também a hora de demonstrar o lado mais metal, com um vocal agressivo e batera marcante.
Como o próprio vocalista Marcelo Costa define “a missão é fazer músicas para brasileiros, utilizando-se das diversas influências do cenário artístico-cultural, nacional e internacional, para difundir um estilo próprio com letras, timbres, melodias e muita personalidade”.
A fórmula, que pelo visto deu certo, pode ser comprovada através do site da banda (www.linhavermelha.com), onde o internauta pode conferir “A Voz do Brasil”, “Pobres Corações”, “Rio de Janeiro” e “Viniciando o Amor”.
Destaque para as duas primeiras, que por serem mais rápidas, empolgam muito mais e levam a crer que a Linha Vermelha merece ser cruzada e vista no palco.
Atualmente mergulhada em uma produção independente, os cariocas buscam, segundo eles, o despertar de uma consciência coletiva regida pela música.
O caminho é longo, mas com certeza eles têm tudo para alcançar aquilo que querem!
Outras informações através do e-mail contato@linhavermelha.com

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Police proporciona uma noite perfeita e memorável


“Que o profissionalismo britânico seja como a sua pontualidade, e que o show seja tão inesquecível quanto histórico”. Foi com essa frase que fechei um texto, no dia 29 de novembro, dedicado ao show do The Police. Na ocasião, falei sobre a expectativa em relação a apresentação dos ingleses, e da esperança de que a noite fosse memorável.
Para as quase 80 mil pessoas que lotaram o Maracanã na noite deste sábado (8), o fim da noite foi de extrema satisfação. A banda que deixou os palcos na década de 80 trouxe, com a sua volta aos palcos, muito mais do que sucessos, mas a certeza de que ainda é possível fazer música de qualidade da maneira mais simples, usando apenas um baixo, uma guitarra e uma bateria, aliada a muita disposição e profissionalismo. A “Reunion Tour”, que começou em maio deste ano, matou a saudade dos fãs que acompanharam a banda no início dos anos 80, e também a curiosidade dos que passaram a conhecer o grupo após o encerramento das atividades em 85. O trio formado por Sting, Andy Summers e Stewart Copeland levou os fãs de todas as idades ao delírio.
A abertura da noite ficou por conta dos Paralamas do Sucesso, nada mais justo já que os brasileiros nunca negaram a influência do Police em sua música. E conforme anunciado, o show começou pontualmente às 20h. A banda tocou por exatos 50 minutos, e contou com a participação especial de Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, e cumpriu bem o papel de esquentar o público para atração principal.
Quando as luzes do maracanã se apagaram às 21h30 e os primeiros acordes de “Message in a bottle” ecoaram no maior estádio do mundo, o que se viu foi um público apaixonado e fiel. Durante cerca de 1h45m o trio britânico tocou clássicos que marcaram momentos, guardando para o bis o sucesso “King of pain” e “Every breath you take”.
A organização e qualidade impecável de som e luz fizeram valer cada real investido no caro ingresso. E o profissionalismo de Sting, Summers e Copeland, que fora do palco mal se falam, foi suficiente para que todo mundo saísse do estádio de alma lavada. Afinal, para que falar se eles não precisam nem se olhar para fazer aquilo que fazem melhor?!

sábado, 8 de dezembro de 2007

Nada de Bope, hoje é dia The Police!


Os portões serão abertos às 17h, mas as movimentação ao redor do Maracanã já é grande desde a manhã de hoje. A expectativa é que pelo menos 80 mil pessoas assistam ao show da banda inglesa que esteve no Brasil pela última e, única vez, em 1982.
A organização do show informou que é proibido entrar com câmeras e filmadoras de uso profissional, garrafas, latas e alimentos e objetos cortante e recomenda, ainda, o uso do transporte público. O metrô vai funcionar, excepcionalmente até 1h da madrugada.
A apresentação do Police no Maracanã, na noite deste sábado, vai reunir fãs dos 8 aos 80 anos. A dica para quem não poderá ir ao Maracanã é se ligar no canal Multishow que vai transmitir todo o show. Leiam o VitrolaNews amanhã e saibam como foi a passagem do Police pelo Brasil.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Hobby levado a sério!


Os anos 80 fizeram com que Brasília se tornasse conhecida como a Capital do Rock. Nessa época saíram de lá muitas bandas, responsáveis por fazer com que essa fama ganhasse o resto do país. Para muitos, a justificativa do crescimento da cena roqueira na cidade sempre foi a falta do que fazer, já que muitos dos jovens que viviam lá naquela época, estavam apenas em função dos pais, muitos deles funcionários públicos.
Hoje, a Capital Federal vive uma realidade bem diferente daquela que fez fama há duas décadas, já que nem só de rock vive a cena musical da cidade. Isso contribuiu com o crescimento cultural e fez com que novos trabalhos surgissem e ganhassem a noite brasiliense.
Um bom exemplo é a banda Lost Dogs. Ao contrário do que diz o nome, os “cachorros perdidos” do cerrado sabem muito bem aquilo que querem e onde pensam em chegar. Com influências musicais da década de 90, o grupo tem a proposta de fazer com que o público reviva a década que despontou para o cenário nomes como Alice in Chains, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers e outros.
Sem muita preocupação com o mercado fonográfico, e de maneira despretensiosa, o grupo surgiu a partir da reunião dos amigos Danilo(guitarra), Pablo (baixo), Nem (vocal), Tuco (guitarra) e Luciano (bateria).
Mas o fato da banda não fazer planos para lançar um CD próprio, não faz com que o som deixe de ser levado a sério. Unindo diversão e energia, a partir de hits e clássicos do rock, em diferentes vertentes, a banda “Lost Dogs” faz com o que o hobby deles seja levado muito a sério.
Quem já viu a banda no palco confirma: A diversão é garantida!

Conheça mais em http://www.bandalostdogs.blogspot.com .

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Puro êxtase no Circo


O Barão Vermelho está de volta. E dessa vez os fãs poderão ver, ouvir, dançar e ler. Ler? Isso mesmo, ler. O grupo se reúne na próxima terça-feira, no Circo Voador, para o lançamento da biografia (autorizada) ‘Barão Vermelho — Por Que a Gente é Assim’ (Editora Globo).
Enquanto muitos artistas resolvem questionar, e em alguns casos até mesmo proibir a publicação da sua história, o baterista Guto Goffi colocou a mão na massa, ao lado do produtor Ezequiel Neves e do jornalista Rodrigo Pinto, para escrever a história da banda que criou no início dos anos 80.
O livro vai falar dos diferentes momentos que a banda viveu, desde o envolvimento dos músicos com as drogas e quando foram presos em 1984, até a saída e morte do Cazuza. Segundo Ezequiel Neves, a história da banda é picante. “Tem muitas drogas, muita música, muita fofoca, até macumba tem. E eu sou o que mais se droga na história. Fora o Cazuza, está todo mundo vivo. Não dá para esperar todo mundo morrer para escrever a biografia”, declarou em entrevista ao jornal O Dia.
O Show de terça-feira, no palco que tem a cara do Barão, terá a participação dos atuais e ex-membros da banda. O ingresso custa 40 reais, com direito ao livro e CD.
Uma apresentação que tem tudo para ser memorável!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Nem só de sertaneja vive o Goiás


Quem nunca foi ao Goiás, imagina que o Estado é como uma cidade do interior. Que até hoje as pessoas de lá só andam com botas, chapéu e de lá só saem artistas sertanejos. Mas ao contrário, Goiás também é Rock, e o figurino agora também é composto de roupas pretas e coturnos.
Prova disso é que a sua capital é sede de um dos maiores festivais de Rock Alternativo: o Goiânia Noise Festival. A exemplo de festivais como o Abril Pro Rock, Porão do Rock e outros que já se espalharam pelo Brasil, o encontro em Goiânia também abre espaço para o há de melhor no cenário underground.
Desde a primeira edição, em 1995, o evento cresceu, atraindo um público maior e artistas consagrados. Este ano, os shows foram nos dias 23, 24 e 25 de novembro, e levou entre as atrações principais bandas como Sepultura, Korzus, Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S/A e Pato Fu. Além desses nomes, o Goiânia Noise Festival abriu espaço para artistas independentes de todo o país.
A força do evento tem sido comprovada ano a ano, a partir do grande número de empresas que patrocinam e bandas que se inscrevem para participar. Mais do que mostrar a cara para os outros estados, o Goiânia Noise Festival comprova que já se foi o tempo em que os artistas dependiam exclusivamente do Rio e São Paulo para tocar nos grandes festivais. Mais do que isso, o underground nacional está casa vez mais forte seja ele em Brasília, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro ou Goiás

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Três novas chances para os fãs do Iron Maiden: ingressos à venda.


Os fãs da Dama de Ferro terão mais três novas oportunidades para assistir à banda no Brasil. A turnê "Somewhere Back in Time World Tour 2008" chega ao Brasil, em março do ano que vem, e vai passar por São Paulo no dia 02, no Parque Antarctica, e depois segue para Curitiba (04/03), e Porto Alegre (05/03).Os ingressos para o primeiro show começam a ser vendidos nesta quarta-feira (05), e vão custar de R$ 100 a R$ 250.
A nova turnê do Iron começa na Índia, em fevereiro de 2008, e passará pela Austrália, Japão, e México, antes de chegar ao Brasil. O grupo vai tocar seus principais clássicos, especialmente os dos anos 80 - Powerslave (1984-85) e Somewhere in Time (1986-87). O cenário promete mais uma vez ser uma atração à parte, e será inspirado na temática do clássico Powerslave, com múmias e pirâmides egípicias.
Para a vinda ao Brasil, o grupo utilizará um Boeing 757 customizado com cerca de 70 pessoas e 12 toneladas de equipamento, que será pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson.
Com mais de três décadas de existência, 14 álbuns de estúdio, seis álbuns ao vivo, 14 vídeos e diversos singles, a banda inglesa é uma das mais importantes e bem sucedidas bandas de toda a história do heavy metal, e já vendeu cerca de 100 milhões de álbuns em todo o mundo.
Depois dos shows no Brasil, o Iron Maiden segue para a Argentina, Chile, Porto Rico, passando por Nova York e finalizando a primeira etapa da maratona em Toronto, no Canadá, no dia 16 de março.
Confira as datas dos shows no Brasil:

São Paulo
Local: Parque Antarctica
Data: 2 de março de 2008
Horário: 20h00
Abertura dos portões: 15h00
Preços: Pista Especial R$ 250; Pista R$ 130; Arquibancada R$ 100; Cadeira Descoberta R$ 130; Cadeira Coberta R$ 160
Mais informações: www.ticketmaster.com.br

Curitiba
Data: 4 de março de 2005
Local: Pedreira

Porto Alegre
Local: Gigantinho
Data: 5 de março

Com informações do Yahoo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Quanto vale o show?


A indústria fonográfica vive uma crise como nunca se viu antes. É cada vez mais comum notícias como “a gravadora tal fechou as portas”, ou então “juntou-se a outra gravadora”. Essa crise, que surgiu junto com o aumento da pirataria, criou um outro fenômeno, com conseqüências ainda piores, e um reflexo direto no bolso de quem é ligado à música: o alto preço dos ingressos.
Hoje é quase impossível assistir a um bom show por um valor acessível. Em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília, o ingresso para a apresentação de um artista do grande time nacional não sai por menos de 20 reais. Isso pagando meia-entrada, nos lugares mais baratos. Se for um artista internacional, o ingresso mais em conta não custa um valor inferior a 50 reais, a exemplo dos últimos grandes shows: Roger Waters (R$ 55,00), Incubus (R$ 55, 00) e The Police R$ 65,00 (valores para meia-entrada). Preços que podem chegar facilmente a casa dos 500 reais, em determinadas ocasiões.
Mas quanto, efetivamente, vale um show? É claro que esses eventos movimentam e demandam grandes esforços financeiros e de pessoal, já que empregam pessoas e empresas. Mas num país onde a sede por cultura é crescente, os esforços para a democratização da música ainda são ínfimos. Afinal, o empresário não pensa nisso quando cobra o ingresso. Mesmo que na grande maioria das vezes o cachê do artista já esteja garantido, graças às gordas cotas de patrocínio.
Falta bom senso e muita boa vontade para que os preços caiam, as casas de show lotem e a música chegue a quem mal tem oportunidade de sair de casa. Enquanto isso não acontece, cada um se vira como pode.
Alguns ainda conseguem se dar ao luxo de comprar um CD original e ir aos shows, enquanto para muitos, a opção é comprar um CD pirata no lugar do verdadeiro, ou baixa-lo na internet. Assim, quem sabe, dá para pagar caro e ver o ídolo no palco.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Ritual com muito Ritmo e "Responsa"


“Ritmo, Ritual e Responsa” é o nome do novo disco do quarteto santista Charlie Brown Júnior. E nesta sexta-feira (30/11), a turnê passou pelo Rio de Janeiro, quando Chorão, Thiago, Heitor e Pingüim subiram ao palco do Canecão, mostrando porque mesmo depois de tanto tempo na estrada, e algumas mudanças, a banda consegue se renovar e emplacar um hit atrás do outro.
Apesar de uma forte torção no joelho, Chorão não deixou ninguém parado, fazendo a molecada, e também os marmanjos, pularem durante aproximadamente 1 hora e meia de show.
Sem muito protocolo, o Charlie Brown Júnior abriu a noite emendando as duas mais recentes músicas de trabalho, “Pontes Indestrutíveis” e “Não Viva em Vão”. Lembrando também os sucessos das antigas, a banda tocou ainda músicas dos primeiros CDs, como “Tudo que ela Gosta de Escutar” e “Zóio de Lula”.
Apesar do pouco tempo com a atual formação, o que se viu no palco foi uma banda muito amadurecida e entrosada, mostrando que a turnê do disco anterior, “Imunidade Musical”, deu a bagagem que a banda precisava para seguir em frente. Destaque para a nova cozinha, com Pingüim (bateria) e Heitor (baixo). O baixista, apesar da pouca idade, mostra muita competência e profissionalismo, justificando o porquê da sua escolha para o posto. Pingüim, com uma canhota muito segura, ainda arruma tempo para o beat-box entre uma levada e outra. Conhecido do público, Thiago Castanho mostrou uma pegada ainda mais enfurecida, com riffs de guitarra precisos. Para Chorão restou fazer aquilo que ele sabe bem: improvisar e conduzir a galera, buscando sempre uma interatividade maior entre a banda e platéia. Tanto que em alguns momentos o vocalista “dirigiu” o público para a gravação dos vídeos que são publicados no site do grupo. Segundo o cantor, uma nova ferramenta de divulgação e que ajuda a estreitar o caminho entre os músicos e fãs. (veja pequena entrevista abaixo)
Antes do último ato, os cariocas do For Fun subiram ao palco para uma pequena participação em “O Universo a Nosso Favor”, música que eles gravaram juntos para “Ritmo, Ritual e Responsa”. Como não podia ser diferente, o show contou ainda com a performance de dois skatistas, numa mini-rampa montada no palco.
Por fim, “Proibida Pra Mim”, fez com que os hormônios adolescentes dessem uma acalmada, fazendo com que todos voltassem para casa satisfeitos.


Vitrola News – Heitor, como foi o processo de produção do novo disco?
Heitor- O disco foi produzido pelo Chorão e pelo Thiago, e eles conduziram muito bem o processo de gravação. Acabamos gravando em 3 estúdios diferentes, e pudemos experimentar entre os ritmos, indo da música eletrônica ao hardcore, punk.

VN – O fato do disco fazer parte da trilha sonora do filme “O Magnata” trouxe alguma mudança na hora de compor?
H- Sim, teve momentos que a gente já fez algumas composições pensando nas imagens, em algumas cenas do filme. E acho que isso fez toda a diferença na hora de produzir.

VN – Você é o mais jovem da banda, o que significa para você fazer parte do Charlie Brown Junior?
H – Eu sempre sonhei em estar na estrada, fazer shows, gravar ao lado de grandes músicos. E quando tive o convite para tocar no CBJR, vi que estava entrando para uma grande banda. Isso foi uma grande “responsa”, e está sendo uma grande experiência. Todo o dia aprendo muito com o Chorão, Thiago e Pingüim, e ver que eu faço parte desse todo é bom demais. Me sinto muito feliz por isso!

VN – Chorão, o Charlie Brown lançou recentemente um site com muita informação, música, vídeos... Como você avalia as mídias independentes que surgiram a partir da internet, como sites, blogs?
Chorão – São mídias alternativas que a gente tem hoje, e estabelecem uma comunicação mais direta, proporcionando uma interatividade maior com os fãs. A gente tem um contato direto, dá para ficar sabendo a opinião dos fãs. É tipo um show, só que diário.

VN – Existe algum segredo para o sucesso da banda?
Chorão - Não sei, mas posso dizer que eu trabalho com o que eu amo fazer, e faço por prazer. E desde o começo até os dias de hoje sempre estive ao lado de excelentes músicos, muito bem acompanhado no palco. Acho que tudo isso faz com que tudo dê certo e o CBJR continue sempre em frente.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Para inglês e quem mais quiser ver...e ouvir!




Silent Seasons é o nome do primeiro álbum da banda brasiliense Janice Doll. Produzido pela banda e Guilherme Negrão, o álbum traz dez músicas com uma pegada bem alternativa, em outros tempos chamada de new metal. Com influências que variam de Nirvana a Placebo, passando por Queens of The Stone Age, o som tem variações que vão do rock pesado ao mais melódico.
A Janice Doll está no cenário underground desde 2003, quando começou a participar dos primeiros festivais. A banda é formada pelos músicos Paul Hodel (guitarras e vocal), Frank Martins (guitarra) e os irmãos Leo (baixo) e Fábio Krieger (bateria).
Destaque para o baixo em London Please, que abre o CD, e para as músicas Decompressed e No Second Thoughts, que na longa introdução, com 1´26”, mostra bem o entrosamento e pegada do grupo.
Cantando em inglês, é nítido o interesse do grupo no mercado internacional, tanto que Silent Seasons já foi lançado no Canadá e nos Estados Unidos. Daí o fato da banda importar um nome de peso para assinar a produção do segundo disco, que já está no forno, para ser lançado em breve. Intitulado “Leave The Future Behind”, o segundo trabalho da banda foi produzido pelo produtor britânico Stuart Epps, que já trabalhou com nomes como Bryan Adams, Elton John, Oásis e Led Zepelin.
Apesar da qualidade individual dos músicos, o que a Janice Doll apresenta em Silent Seasons não é nenhuma grande inovação musical. Possivelmente também não seja essa a intenção do grupo. Mas resta saber por quanto tempo mais a banda terá fôlego para investir nessa fórmula. De qualquer maneira um som que vale a pena ser conferido e que não deixa nada a desejar. Com certeza para inglês e quem mais quiser ouvir!!!
Mais sobre a banda em www.myspace.com/janicedollband .

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Eles estão chegando


Antes de desembarcar no Brasil para o show do Maracanã, no próximo dia 08 de dezembro, Sting, Andy Summers e Stewart Copeland passam pelo Chile e Argentina. Depois de 25 anos de espera, o The Police volta ao Brasil, em um show repleto de mitos, e muita ansiedade dos fãs: uns dizem que a banda não vai tocar alguns clássicos (algo praticamente impossível e inimaginável), outros dizem que os músicos sequer se olham no palco e que o interesse do revival é estritamente comercial. Até então nenhuma grande novidade.
Mas após alguns shows, dessa mesma turnê, cancelados na Europa por alegação de que Sting teria ficado rouco, os rumores de que a banda talvez nem chegasse à América do Sul aumentaram. No entanto, a chegada é certa. Os ingressos estão quase todos esgotados e o grande palco do futebol se prepara mais uma vez para se tornar o palco da música.
Porém, o que podemos esperar de uma banda que se consagrou, ganhou prêmios e no auge da sua carreira se dissolveu por falta de harmonia e unidade? Em entrevista recente à revista Rolling Stone, Sting disse que a turnê vale a pena enquanto ele estiver se divertindo. Só vamos torcer para que no seu conceito de diversão, esteja inclusa a diversão do público também.
Afinal, por maior que seja a alegria de assistir ao Police, e por mais fã que alguém seja, todo mundo que pagou caro espera que a vinda deles satisfaça os desejos de quem esperou e sonhou tanto tempo por essa oportunidade. Que o profissionalismo britânico seja como a sua pontualidade, e que o show seja tão inesquecível quanto histórico.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Que Rock é esse?!


Inspirado na série de programas exibidos pelo canal Multishow, resolvi embarcar no tema para falar um pouco sobre o rock atual. Num passado não muito distante, ser rocker, ou melhor, “roqueiro”, era sinônimo de rebeldia e atitude. O mesmo que ser membro de uma facção, que no lugar dos rifles, usava os riffs de guitarra, para transmitir uma idéia, uma ideologia e forma de viver. Malucos? Talvez. Mas malucos beleza, como bem cantou o Raul. Hoje mais pedido do que nunca, através do famoso “Tooooca Rauuuuuuull!!!!”.
Mas e o Rock de hoje, é o mesmo? Afinal, que rock é esse que trocou atitude por estilo?

Antes, a atitude fazia o estilo. Para citar apenas um exemplo temos o movimento punk que criou tendências e hoje, por ironia do destino, dita moda. Pois ser Punk é ser fashion. Naquela época, usar roupas rasgadas era conseqüência de muita “botinada” nas rodas de pogo, do perambular em busca de inspirações para mais um ato rebelde, do não fazer nada por falta de grana, inclusive para comprar uma roupa nova.
Hoje, o estilo “faz a atitude”, pelo menos para uma grande maioria. Atitude expressa “nuns pano de marca” e muitas tatoos pelo corpo. Queria ouvir o que diria o Sid, ele mesmo, o Vicious, se ainda estivesse por aqui. Ah, como eu queria saber qual seria a sua reação...

Tudo bem, o Rock mudou. Os riffs, antes tocados com virtuosismo ou mesmo com apenas três acordes cheios de atitude, hoje quase não existem mais. Afinal, hoje temos as pedaleiras com os seus “delays e wah-wahs”, diferente do Hendrix que tirava o som da rocha, na forma de valvulados. As bandas de garagem foram trocadas pelas bandas de estúdio. Toda evolução é bem-vinda, mas que nunca se perca a essência, pois o rock não morreu, e enquanto existir um único maluco a gritar “Toca Rauuuuullll”, dificilmente morrerá. Longa vida ao Rock N’ Roll!!!!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Para Riscar o Salão



Esse é o primeiro post, de uma série que visa divulgar os novos sons do cenário nacional. Aqui vale tudo, de pop-rock ao mais underground, passando pela black Music ou MPB. Fiquem à vontade para mandar o material.

"Trabalhe essa idéia”, primeiro trabalho autoral de Dom Braga, traz um pouco de cada um dos diversos elementos da black music. Soul, funk, jazz, reggae, samba e muita MPB estão presentes em quarenta e dois minutos de um disco dançante, capaz de agradar a todos os gostos.
Muito bem elaborados por toda “A Swingueira Fantástica”, os arranjos demonstram, de forma simples, maturidade musical e criatividade. Segurança é o principal item da música feita por Dom Braga e A Swingueira. Como numa equipe de formigas operárias, cada músico executa da melhor maneira o seu papel, enriquecendo toda a sonoridade do grupo. As letras falam de amor, do dia a dia, problemas, aventuras, histórias curiosas, como em “O camelo do camelô” (com participação de Marcelo Poeta, e que conta a história do roubo da bicicleta de um camelô). De maneira peculiar e com seu jeitão carioca de ser, Dom Braga consegue transmitir seu recado. A voz suwingada, acostumada a comandar as noites cariocas apenas com seu violão, fica ainda melhor ao lado de sua banda.
“No embalo”, música de abertura, já deixa claro que a proposta é fazer com que ninguém fique parado. Lembrando a todos que Dom Braga e A Swingueira chegaram para fazer a moçada riscar o salão. “Imagem” e “Odete” mostram dois lados opostos do cantor. A primeira com um refrão notável de um grande hit e influência de jazz. Já “Odete”, música mais rock do disco, traz um ótimo groove e boa pegada.
Destaque também para “Batuque” (talvez a música mais dançante do disco) com seus excelentes arranjos de metais e “Pode acreditar”, momento reggae com pitadas de dub. Em “Trabalhe essa idéia” também não faltam baladas como em “Soho e Vidigal” (mais uma promessa de hit) e “Vocês conhecem Madureira”.
O disco que já está no mercado chegou como o personagem Zé de “Música de Lavadeira”, sem muita pressa, mas com a certeza de ficar. Um trabalho que merece e deve ser conferido na íntegra!!! Conheça mais o trabalho de Dom Braga em www.dombraga.art.br .

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Morro da Urca revive os bons tempos do Rock Nacional


No cenário que marcou alguns dos principais shows da década de 80, Lobão, Pitty e Frejat abriram a temporada 2008 do Festival Verão no Morro da Urca. O lugar, conhecido por ser um dos principais pontos turísticos do Rio, vai receber até o final da estação mais aguardada do ano, shows de grandes artistas do pop-rock nacional.
Na noite de estréia, Lobão e Frejat, dois remanescentes dos anos 80, dividiram o palco com a novata Pitty. Quem esperava por um show de cada músico com sua banda particular, viu a banda liderada pelo tecladista do Barão Vermelho, Maurício Barros, tocar grandes clássicos do rock nacional, cantados por cada um dos músicos, com direito aos três juntos no final.
Era por volta de meia noite e meia quando o Lobão subiu ao palco. Logo de início ele mandou um dos seus grandes sucessos “Canos Silenciosos”. O refrão (E a noite tá no sangue de hoje, deixa a noite rolar) já deu a entender o que viria pela frente. Irreverente, Lobão surpreendeu a todos tocando Raul Seixas e satisfazendo a ânsia dos fãs que sempre insistem em clamar “Toca Raul!!!!”. Depois disso, ainda atacou de Jorge Ben, mais uma surpresa.
Em seguida, o carioca deu lugar à cantora Pitty. Entre uma careta e outra, a baiana mostrou porque é considerada uma das revelações da nova geração. Quem esperava em ouvir clássicos da Pitty, teve que se contentar em ouvir apenas Deja-vu, música do seu segundo CD, Anacrônico. Inspirada, pelo punk – rock, Pitty foi feliz ao tocar “Até Quando Esperar” do Plebe Rude. “Para mim essa música é um hino que marcou a minha época”, declarou. E levantou o público em “Mantenha o Respeito”, do Planet Hemp, mesmo esquecendo parte da letra.
Quando Frejat subiu ao palco, o público já estava devidamente aquecido. Os acordes de “Por que a gente é assim?”, empolgaram ainda mais a platéia, que não se cansava de tomar mais uma dose, como bem sugere a introdução.
O “grand-finale” não podia ser diferente, e os três cantaram juntos, num encontro inusitado, porém bem afinado. O desfecho foi com “Inútil” do Ultraje a Rigor. Além da decepção, de quem esperava ouvir mais músicas de cada um dos três cantores, quem foi à Urca saiu sem ouvir Legião Urbana. Uma injustiça, num show que passeou pelos principais nomes do Rock Nacional de 80. Ainda assim, o show animou quem esteve por lá.
Outro ponto positivo ficou por conta da qualidade do som e da produção do evento, que garantiu o estacionamento gratuito e organização tanto para subir quanto descer de bondinho ao final do evento. Talvez isso justifique o alto preço dos ingressos.