No meio desse mês o Vitrola divulgou novidades sobre o Ultraje a Rigor. O grupo está em estúdio preparando o novo disco e já disponibilizou algumas músicas na internet para os fãs (veja matéria anterior). Seguindo a velha e boa forma: rock mais bom humor e competência, Roger, Mingau e Bacalhau trabalham sério, mas sem a mesma pressão e cobrança de outros tempos. Fazendo valer a experiência e os anos de estrada, os músicos vão gravando sem pressa e aproveitam as novas mídias digitais para divulgar o novo álbum e ao mesmo tempo manter os fãs informados.
Por e-mail, o VitrolaNews “bateu um papo” com o vocalista Roger que falou um pouco sobre o disco novo, mídias digitais, cena independente e o futuro do Ultraje a Rigor. Confira:
VN - Roger, fale um pouco sobre o processo de produção e divulgação do novo disco.
Ele está sendo produzido aos poucos, no Estúdio FM, do Mingau e do Flávio Decaroli. A idéia é gravá-lo conforme as músicas forem saindo, e distribuí-lo via internet me parece a forma mais apropriada para o momento, tanto pela evolução da internet quanto por minhas necessidades e expectativas. No entanto, quanto à divulgação, posso usar outros meios também, como a imprensa escrita, rádio e TV, se eu tiver a oportunidade. No momento, ela está sendo feita principalmente por fãs e por nós mesmos, via Twitter, Facebook, MySpace, ReverbNation, Orkut e nosso próprio site. Estamos evitando o SPAM.
VN - Roger, fale um pouco sobre o processo de produção e divulgação do novo disco.
Ele está sendo produzido aos poucos, no Estúdio FM, do Mingau e do Flávio Decaroli. A idéia é gravá-lo conforme as músicas forem saindo, e distribuí-lo via internet me parece a forma mais apropriada para o momento, tanto pela evolução da internet quanto por minhas necessidades e expectativas. No entanto, quanto à divulgação, posso usar outros meios também, como a imprensa escrita, rádio e TV, se eu tiver a oportunidade. No momento, ela está sendo feita principalmente por fãs e por nós mesmos, via Twitter, Facebook, MySpace, ReverbNation, Orkut e nosso próprio site. Estamos evitando o SPAM.
VN - Esse disco será lançado todo via internet?
Sim, mas não há um prazo estipulado para o final dos trabalhos. Quando tivermos um número apropriado de músicas, pretendemos lançá-lo também em CD normal.
VN - Falando em internet, como você avalia a importância dessas novas mídias, como sites, blogs, novas redes de relacionamento?
Essas novas mídias são o futuro da comunicação e, portanto, sem dúvida cada vez mais importantes. Mas a mídia atual também é importante.
Essas novas mídias são o futuro da comunicação e, portanto, sem dúvida cada vez mais importantes. Mas a mídia atual também é importante.
VN - Se por um lado as gravadoras estão em crise, por outro hoje em dia é muito mais fácil se lançar no mercado como banda independente. Você concorda com isso? Está mais fácil se lançar no mercado hoje em dia?
Sem dúvida. O que não quer dizer que está mais fácil tornar-se conhecido, se essa for a intenção. A propósito, acho que a importância dada a ser famoso hoje em dia é muito exagerada, o objetivo deve sempre ser gostar do que se faz e procurar fazer o melhor. Se você não tem talento e/ou vocação para a música, melhor tentar outra coisa.
Sem dúvida. O que não quer dizer que está mais fácil tornar-se conhecido, se essa for a intenção. A propósito, acho que a importância dada a ser famoso hoje em dia é muito exagerada, o objetivo deve sempre ser gostar do que se faz e procurar fazer o melhor. Se você não tem talento e/ou vocação para a música, melhor tentar outra coisa.
VN - O Ultraje a Rigor faz parte de um período que é considerada o melhor que o rock nacional já teve, em termos de criatividade, originalidade. Na sua avaliação o que mais mudou daquele período para hoje?
Acho que quase tudo. O cenário, os meios de comunicação, os meios de gravação, o público, a facilidade de se encontrar e comprar instrumentos e o ideal artístico. São coisas completamente diferentes hoje em dia.
Acho que quase tudo. O cenário, os meios de comunicação, os meios de gravação, o público, a facilidade de se encontrar e comprar instrumentos e o ideal artístico. São coisas completamente diferentes hoje em dia.
VN - Você considera a música feita hoje em dia mais pobre do que antigamente? Sim. É difícil achar algo novo que me impressione, tanto no Brasil como no resto do mundo. Não que eu não procure, mas está difícil.
VN - Quais as principais mudanças que os fãs podem esperar no novo disco? O guitarrista Sérgio Serra não aparece nas novas fotos de divulgação da banda. O Ultraje agora é um trio?
Bom, na prática, somos um octeto. Ao vivo são oito pessoas no palco. Mesmo na gravação contamos com essas 8 pessoas. Mas sim, somos um trio agora. Sérgio Serra saiu porque quis. Difícil entender seus motivos. Mesmo antes dele sair, fizemos shows com Edgard Scandurra, Heraldo e Marcos Kleine na guitarra porque ele não pôde estar presente. Quanto ao novo disco, acho que a presença de Manito no saxofone se faz notar. De resto, é o velho ultraje de sempre. Mas teremos novamente mais liberdade para criar sem estar preso ao formato do disco para vender.
Bom, na prática, somos um octeto. Ao vivo são oito pessoas no palco. Mesmo na gravação contamos com essas 8 pessoas. Mas sim, somos um trio agora. Sérgio Serra saiu porque quis. Difícil entender seus motivos. Mesmo antes dele sair, fizemos shows com Edgard Scandurra, Heraldo e Marcos Kleine na guitarra porque ele não pôde estar presente. Quanto ao novo disco, acho que a presença de Manito no saxofone se faz notar. De resto, é o velho ultraje de sempre. Mas teremos novamente mais liberdade para criar sem estar preso ao formato do disco para vender.
Mais informações sobre o Ultraje a Rigor no site oficial da banda ou myspace .