sábado, 24 de abril de 2010

Mustaine e sua paz nada enferrujada

Quando era guri sempre tive curiosidade em saber quem era o cara que foi chutado do Metallica e que sempre dizia em entrevistas que faria algo muito mais pesado do que sua ex-banda. Foi assim que descobri Dave Mustaine, um senhor de longas madeixas de 49 anos e pioneiro do estilo thrash/speed metal no mundo. "Só" em 2009, ficou em primeiro lugar no livro The 100 Greatest Metal Guitarists de Joel McIver.

Mustaine conseguiu, pelo menos em parte, cumprir sua promessa, montando o Megadeth, uma das melhores e mais influentes bandas de thrash metal da história do rock.

O mais engraçado disso tudo é que esse “monstro” veio parar numa Brasília, num dia após a fatídica (pra não dizer pífia!) comemoração de seus 50 anos de existência. Endgame, lançado em 2009 foi a base para o show apresentado aos brasilienses, que foram brindados com a a turnê comemorativa de 20 anos de “Rust In Peace” – considerado
um dos álbuns mais importantes do heavy metal.

"Mas vocês sabem porque estamos aqui”, anunciou à gurizada que gritava sem parar o nome do album aniversariante. O Megadeth já é freguês do Brasil e tem conta aqui em cada esquina. Pela sétima vez, os norte-americanos fazem a “preza” no país. Acompanhado por Shawn Drover(bateria) Chris Broderick(guitarra) e David Ellefson que era da formação original, Mustaine se sentiu vontade para tocar : “Skin O’ My Teeth”, “In My Darkest Hour”, “She-Wolf“,“Holy Wars”, seguidas pela íntegra do álbum Rust in Peace. Logo após Trust"; O último trabalho da trupe não poderia ficar de fora: “Head Crusher” e “The Right to Go Insane“, “Symphony of Destruction“, e pelo bis de Peace Sells.

Uma clara mudança de comportamento pode –se fazer ao analisarmos Dave Mustaine: com a maturidade imposta pelo tempo, vemos um senhor mais alegre e prestativo e com muita disposição. Só uma coisa não mudou e talvez não mudará: sua língua afiada. Certa hora afirmou que não precisava de apresentações, pois o publico o conhecia - desafiou.

Com letras atemporais,porque tratam de questões recorrentes que não focam em sexo, drogas e rock and roll, e sim sobre coisas muito mais amplas do que as outras bandas estão escrevendo por aí, o Megadeth cresce cada vez mais. O legal disso tudo é que a gurizada tem um disco de 20 anos atrás cujas letras ainda são tão relevantes em 2010 quanto eram em 1990. Com letras que falam sobre dramas pessoais e o ser humano não muda muito, a identificação é imediata nas palavras do sr. Mustaine.

Vai dizer que a capital federal não ganhou um presentão?! Eu pelo menos, ganhei!

Nenhum comentário:

Postar um comentário