O líder dos Paralamas do Sucesso, Hebert Vianna assiste com espanto as palavras proferidas por ele em meados dos anos 80 “Sou determinado e se acontecesse alguma coisa, iria recomeçar tudo de novo, seja aqui, nas ilhas Fijimore, Borá-Bora, onde for” "Esse cara não sabe o que está falando", disse enquanto assistia as imagens de inicio do documentário que retrata a obra artística do guitarrista e vocalista brasileiro.
Em 4 de Fevereiro de 2001, um ultraleve pilotado por Vianna teve um acidente em Angra dos Reis. As seqüelas foram duras (Herbert fora entubado e acabara preso a uma cadeira de rodas), mas assim que Herbert mostrou que podia tocar, Bi e João resolveram voltar aos ensaios e gravar um disco cujas canções já estavam preparadas antes do acidente. Longo Caminho foi lançado em 2002. O som voltava ao principio, sem metais, em busca de um som mais “cru”. A volta às turnês teve muito êxito, com shows lotados, até pela curiosidade do público em saber das reais condições de Herbert e da ansiedade em ver a banda reunida novamente. Tudo isso, aliado aos novos sucessos radiofônicos ("O Calibre", "Seguindo Estrelas", "Cuide Bem do Seu Amor" ).
"Herbert de Perto" conta a trajetória de Vianna através de depoimentos de companheiros de trabalho e do próprio cantor, que ficou paraplégico e viúvo com a queda de um ultraleve pilotado por ele em 2001. Traz depoimentos de familiares, amigos e entrevistas com o próprio Herbert, além de imagens de arquivo. O filme é alegre, musical, e trata com cuidado minucioso o acidente, que ocorreu em 2001 e matou sua mulher, a jornalista inglesa Lucy Needham.
Os depoimentos marcantes dos médicos Paulo Niemeyer e Lúcia Willadino dão o tom de como foi narrada à incrível recuperação do cantor, que esteve à beira da morte.
Dirigido por Roberto Berliner e Pedro Bronz ,o filme mostra ainda a fase de recuperação até o retorno dele aos palcos, dois anos mais tarde, segundo os críticos, sem exageros no sentimentalismo, mas com ar fraternal.
*Por Marcus Vinicius Leite – Jornalista, gaúcho de Uruguaiana-RS, 26 anos. Já foi cabeludo e já cantou em coral. Agora está barrigudo, mas (segundo ele mesmo) até que não está tão mal. Atualmente é colaborador do Whiplash e do VitrolaNews. É repórter da All TV em Brasília. Nas horas vagas é trombonista e redator de Standup.
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