domingo, 11 de outubro de 2009

Kiss lança primeiro disco em 11 anos e diz que encontrou a "fonte da juventude"

O Kiss lançou seu álbum de estreia há 35 anos, o que o baixista fundador, Gene Simmons, chama de "surpreendente", e o guitarrista fundador, Paul Stanley, diz que "passou em um piscar de olhos". Mas muita coisa mudou para o Kiss e seu lugar na cultura popular nessas três décadas e meia.

Nos anos 70, o grupo foi satanizado por seus personagens demoníacos, manifestados na maquiagem macabra, em uma apresentação teatral que incluía cuspir sangue e fogo, e em canções repletas de duplos sentidos sexuais nada sutis. Atualmente, entretanto, o antes flagelo da sociedade "educada" se vê no coração da cultura popular: "Sonic Boom", o primeiro novo álbum do grupo em 11 anos, está disponível exclusivamente no supermercado Wal-Mart.

"Sabe como é, os tempos mudam", diz Stanley, 57 anos, que produziu "Sonic Boom". "Eu acho que as coisas evoluem. É duro de responder, exceto dizer que é a combinação certa no momento certo". Simmons concorda, chamando o Kiss de "vagalhão de licenciamento e merchandising", com mais de 3 mil produtos contendo o logotipo distinto do grupo e/ou a imagem de seus membros, incluindo preservativos e um caixão, o "Kiss Koffin".

O grupo nunca teve ambições modestas ou valores underground. Afinal, é auto-declarado "a banda mais quente do mundo" no início de cada concerto. "Eu gosto do modelo Muhammad Ali", diz Simmons, de 60 anos. "Se você é o maior, bata no peito como um animal que acabou de matar algo. Pise sobre a carcaça, bata no peito e grite ao mundo: 'eu sou o maior!', como se fosse verdade. E com o Kiss nós achamos que é verdade, sem dúvida".

Simmons e Stanley têm números para apoiar sua bravata. O Kiss já vendeu mais de 80 milhões de álbuns em todo o mundo e 19 milhões só nos Estados Unidos, onde 24 de suas canções ganharam disco de ouro. A banda lançou um hino duradouro --"Rock and Roll All Nite" (1975)-- e chegou ao Top 40 mais nove vezes, com canções como a balada não característica "Beth" (1976), "Detroit Rock City" (1976), "Shout It Out Loud" (1976) e "Calling Dr. Love" (1977), que atualmente faz parte de uma campanha publicitária de um refrigerante.

Fonte: UOL MÚSICA

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