
Os três grupos possuem uma trajetória em comum, baseada, em especial, no conceito de origem Jamaicana do Sound System (S.S), ou Sistemas de Som, no qual o D.J tem o papel de lançar as bases, e a partir dessas os MC´s tecem suas rimas, cantam e animam a festa. Além de compartilhar desse conceito, os grupos também comungam do fato de serem baianos, contemporâneos e, terem influências artísticas e culturais similares. Dentre tantos, vale citar a importância da obra de Margareth Menezes e do cantor Gerônimo no trabalho desses três grupos, a primeira está presente por sua relação com o tambor de origem africana, e o segundo, pelo caráter afro-latino de sua música. Ou seja, os sistemas de som, seguem sendo reproduzidos em todo o mundo, em especial no terceiro-mundo, pelas possibilidades de se fazer um som de “peso” e com pouco recurso.
Ao "meter as caras" numa das principais festas do planeta, o Hip-Hop prova que é cada vez mais profissional e reconhecido. Mostra que o guetho já ficou pequeno e que a sua mensagem deve e pode chegar a todos. Em Salvador, mais de um milhão de pessoas vão às ruas para comemorar o carnaval. Assim, não teria melhor oportunidade para o Hip-Hop chegar aos ouvidos daqueles que, por ventura, insistem em não dar ouvidos. Mais do que isso, as mensagens inteligentes e verdadeiras, cantadas com ritmo e poesia, servirão para dar uma nova luz a uma festa que muitas vezes é marcada somente por músicas evasivas e descontextualizadas. Sem dúvida, um momento imperdível.
Serviço:
Trio Bahia Sound System com OQuadro, Mc Daganja e Sound System do MiniStereo Público
Desfile sexta-feira, dia 20/02
A partir das 20 horas no circuito Osmar (Campo Grande)
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