Considerada uma das bandas pioneiras do hard rock, o Deep Purple está de volta ao Brasil. Dessa vez a única cidade que receberá o quinteto inglês será São Paulo. O grupo se apresenta hoje e amanhã na Via Funchal. Com 41 anos de estrada, os veteranos possuem um enorme número de fãs no Brasil, onde sempre atrai multidões para suas apresentações ao vivo.
O bancário Paulo Silva, de 27 anos, está entre os milhares de fãs brasileiros. “Eu conheci o Purple por intermédio de um amigo meu, que o padrasto tinha um vinil do álbum In Rock. Nessa época eu já tinha escutado “Smoke On The Water”, mas ainda não tinha me dado conta da banda realmente. Esse meu amigo me mostrou o álbum por meio de uma vitrola com agulha torta, e confesso que não entendi direito. Depois esse mesmo amigo gravou uma fita, e aí que fui ouvir com calma. A primeira música era “Speed King”, depois “Bloosucker” e então a clássica “Child In Time”, (que deixou impressionado com os agudos de Gillan). Daí para frente fui comprando álbuns, entendendo as fases, brigas, formações da banda e sou um fã alucinado até hoje”, confessa.
A atual formação se mantém desde 2001, e inclui Ian Gillan (vocal), Roger Glover (baixo), Steve Morse (guitarra), Don Airey (teclados) e Ian Paice (bateria), sendo que este último é o único a se manter desde o início, em 1968, quando foi lançado o álbum Shades Of Deep Purple.Gillan entrou no time em 1969 junto com o baixista Glover, é considerado o melhor cantor de todos os que passaram pela banda, e foi eleito este ano pela rádio digital britânica Planet Rock como a quarta melhor voz da história do rock and roll. Steve Morse (ex-Dixie Dregs) substituiu com muita eficiência o mito Ritchie Blackmore a partir de 1994, e coube a Don Airey (tocou com Ozz y Osbourne, Rainbow e inúmeros outros) assumir os teclados da banda a partir de 2001, quando Jon Lord resolveu sair de cena.
Em sua segunda e mais conhecida fase, o Deep Purple lançou álbuns clássicos, obrigatórios em qualquer discografia, como In Rock (1970), Machine Head (1972), Made In Japan (1972-ao vivo) e Burn (1974), até o final precoce em 1976. No ano de 1984, voltaram à ativa, para nunca mais deixar os fãs na mão. Músicas como Smoke On The Water, Highway Star e Space Truckin' nunca ficam de fora do repertório, que também abrem sempre espaços para discos mais recentes, variando de ano para ano.Esta será a nona passagem do Purple pelo Brasil, um dos países nos quais o grupo mantém seu maior público, fora do mercado dos EUA e da Europa. Apesar da freqüência com que vem ao país, os shows proporcionam sempre uma boa surpresa aos fãs. E mesmo que não exista nenhuma grande novidade, conferir Ian Gillan e companhia juntos no palco já é, no mínimo, uma grande lição de rock.
Serviço:Deep Purple
Local: Via Funchal – SP
Dias 06 e 07 de março, às 22h
Informações: www.viafunchal.com.br