Nas últimas semanas foram muitos os rumores de uma possível reunião do Sepultura com sua clássica formação: Max, Igor, Andreas e Paulo Júnior, hoje Xisto. Em entrevistas recentes, concedidas pelo ex-frontman da banda, Max insiste em m bater na tecla de que o baixista Paulo é que estaria travando o tão sonhado, ou talvez nem tanto mais, reencontro do Sepultura original.
Para minimizar as fofocas e tentar dar um fim no assunto, Andreas reuniu a banda, hoje com Derrick Green no vocal e Jean Dolabella na bateria, e falou abertamente que não houve qualquer contato por parte do Max e que o ex-vocalista não sabe o que está dizendo.
Fato é, o Max “cagou” para os ex-parceiros de banda, quando tentava levar vantagens comerciais, graças à sua esposa, na época empresária do Sepultura. Apesar de hoje o vocalista falar que não precisa de uma reunião do Sepultura (já que, segundo ele, suas duas outras bandas , Soulfly e Cavalera Conspiracy, passam muito bem) e que só pensa em promover o tal reencontro por consideração aos fãs, a impressão que quem acompanha a banda realmente tem é: Max está com dor de cotovelos.
Sim, dor de cotovelos. O Max, que sempre acreditou que sem ele a banda não iria para lugar algum, passou a ter certeza quando seu irmão também decidiu largar o grupo. É bem verdade que a saída do Igor, analisando friamente, foi muito mais traumática, já que a perda do vocalista e fundador da banda havia sido superada, principalmente pelo carisma de Derrick. Sem Igor é como se a banda perdesse sua logomarca, o famoso “S” tribal. Em contrapartida, ver o Sepultura com uma agenda cheia e mandando bem é o mesmo que resgatar os tempos áureos do metal.
O Sepultura com Max, Igor, Andreas e Paulo Jr. é inquestionável. De fato essa foi a melhor formação do grupo, mas por outro lado marcou também um período que os interesses comerciais começaram a ficar à frente da vontade de fazer o som e bater cabeça. A insistência de Max em reunir a formação original do Sepultura, sob alegação de que faria isso por seus fãs, cheira muito mais a uma tentativa de estar de novo no Brasil e satisfazer seu ego com a banda que ele criou, batizou, mas que também deixou à deriva quando ninguém podia esperar.
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