A mais insensata das atitudes humanas marcou a história de diversas bandas de rock. A horda de roqueiros até hoje não entende os motivos que levaram Ian Curtis a enforcar, naquele maio de 80, a carreira do Joy Division. O suicídio de Kurt Cobain em 94 decretou o fim do Nirvana, assim como Michael Hutchence deixou à deriva os integrantes do INXS a partir de 97. Independente dos aspectos psiquiátricos deste assunto, é certo que todos estes artistas ainda tinham muito talento e vida pela frente.
No início dos anos 70, urravam nas radiolas os acordes de “No matter what”, um hit mundial do grupo Badfinger. A música era o que se chama em marketing de um “one shot product” – foi o único sucesso da banda. O vocalista do grupo, o galês Pete Ham chegou a escrever outra canção – “Without you” - que atingiria sucesso planetário, mas na voz do norte-americano Nilsson. Mariah Carey tiraria sua casquinha regravando este hit nos anos 90.
Antes de colocar uma corda no pescoço, Pete Ham chegou a tocar com George Harrison e Ringo Starr (talvez você já tenha ouvido falar destes dois). Na letra de “Without you” pode não estar o motivo da morte de Ham – provocada por desentendimentos com um gângster do show business chamado Stan Polley – mas demonstra a instabilidade emocional do camarada e sua predisposição para atos tresloucados: “I can’t live if living is without you” (algo como “Eu não posso viver se viver é estar sem você”) foi a senha. Hutchence também deu um sinal em “Suicide Blonde” mas ninguém se deu conta.
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Por Claudio Carneiro - radialista, jornalista e publicitário com passagem nos anos áureos das rádios Fluminense FM (A Maldita), Transamérica (RJ) e 89 FM (a rádio rock de São Paulo). Foi repórter aéreo e produtor das Rádios Cidade e JB FM, no Rio. Atuou em emissoras de TV, milita em assessoria de imprensa e sempre que possível contribui com o VitrolaNews.
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