Tocar metal no Brasil nunca foi uma tarefa muito fácil. Mais do que a falta de casas de shows e o boicote das grandes rádios, o pior, para os músicos e bandas, é, até hoje, encarar o amadorismo por parte de alguns patrocinadores e produtores. Resultado: para tocar metal sempre foi necessário mais do que talento e vontade, mas, principalmente, muita persistência e profissionalismo.
E vem de Santos, mais um bom exemplo do metal levado a sério no Brasil. Há treze anos na estrada, o power trio Schizophrenia acaba de lançar o segundo álbum, batizado de “Dagger”. Formada por Vinícius (guitarra e vocal), Edinho (bateria) e André (baixo e vocal), a banda não nega algumas das suas principais influências, como Pantera, Sepultura, Fear Factory, Biohazard e Hatebreed.
Nadando contra a maré, em meio a um mar repleto de bandas com muito estilo e pouca atitude, o trio santista prova porque chegou inteiro a mais de uma década de vida. Nas oito faixas do novo disco, o que se vê é um som muito bem executado, com excelentes variações. O peso do som é compartilhado com linhas melódicas na medida certa, sem se deixar perder no meio do caminho e esquecer-se da essência do grupo. Aliás, esse é mais um aspecto que chama atenção logo de cara. Mais do que o virtuosismo individual de cada músico, o que pode ser conferido em “Dagger” é um trabalho coeso, onde cada dobrada de bumbo ou riff é tocado sem exagero.
No myspace do grupo é possível ouvir todo o CD. Com certeza não vai ser difícil escutar até o final, e chegar às duas últimas músicas, “Envy” e “Empty Inside”, que lembram o momento áureo do metal nacional.
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Foto/ Divulgação: Pedro Martins
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