Por muito anos a capital federal não andava tão agitada quanto nos últimos tempos em termos de shows, claro. Já passaram por aqui grandes nomes do cenário mundial como Megadeth, Iron Maiden, Alanis Morissette, Heaven and Hell, Franz Ferdinand, só para citar alguns.
Desta vez, Brasília estava pronta para receber os irlandeses The Cranberries. Apesar do atraso e de suas conseqüências, os fãs brasilienses puderam relembrar bons momentos com a banda que emplacou quatro álbuns no TOP 20 da Billboard e vendeu mais de 40 milhões de discos ao redor do mundo.
Na dianteira a doce e suave voz de Dolores O´Riodan, acompanhada por Noel Hogan (guitarras), Mike Hogan (baixo) e Fergal Lawler (bateria) após sete anos de ausências e projetos solo presentearam os fãs com uma supresa agradável: os shows, esgotando ingressos por onde passam,claro.
Alavancado pelo sucesso “Linger”, o álbum de estréia da banda – Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?, de 1993 – logo atingiu o primeiro lugar nas paradas britânicas. O segundo álbum, No Need to Argue (1994), solidificou a popularidade do grupo com faixas como “Zombie,” “Ridiculous Thoughts,” e “Ode to My Family”, e recebeu sete discos de Platina nos EUA e cinco discos na Europa – atingindo o primeiro lugar nas paradas na Alemanha, Áustria, Austrália e o segundo lugar no Reino Unido. Daqui, os irlandeses ainda seguem para Recife e Fortaleza.
No palco, "Linger", primeiro grande hit da noite, veio como quinta música executada, logo seguida por outro hit de massa, a bela "Ode To My Family". Dolores, simpática como poucos, dançava e botava o vozeirão pra fora embaixo de uma iluminação impecavél de palco, por vezes ainda arriscava-se com um violão ou guitarra nas mãos e recebia presentes atirados pelos fãs no palco.
"Just My Imagination" e "Free to Decide" também levantaram a casa, mas a coisa pegou fogo mesmo no final com a trinca "Salvation", "Ridiculous Thoughts" e "Zombie". Uma longa pausa, e o bis com "Shattered", "Astral Projection", "Promises" e fechando com "Dreams", seu segundo sucesso diretamente de 1994.
Brasília está pequena para tanta constelação junta num mesmo mês/ano. A nostalgia ainda paira nas folhas secas do cerrado e embala grandes momentos históricos no quesito musical. Que bons os ventos não esqueçam de nós! Amém!
Por: Marcus Vinicius Leite
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