quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nostalgia marca passagem de Bon Jovi no Morumbi

Depois de 15 anos sem reencontrar os fãs brasileiros, Bon Jovi foi enfático quanto ao show que estava por vir. E jogou a responsabilidade pra cima do público: “Enquanto a plateia estiver animada, nós continuamos tocando o que quiserem" afirmou em entrevista antes da apresentação no estádio do Morumbi, em São Paulo na fria noite de ontem.

O cantor que passou no último dia 3 por terras hermanas onde tocou por pouco mais de duas horas e cinqüenta minutos, grandes sucessos e romances dos anos oitenta/noventa.

Em São Paulo, o público se animou e o generoso Bon Jovi se comprometeu entre hits e baladas três horas de um show estupendo. De um leque bem variado de canções que gira em torno de 30 anos de carreira, 27 foram escolhidas para justificar a ausência durante esses 15 anos de distância.

"You Give Love a Bad Name" foi o ponto inicial. Pintou vários sorrisos seu sorriso nos lábios dos presentes, fazendo um trocadilho infame com a letra. E as orações deste culto ao cantor americano foram ouvidas quando começa o riff de "Living on a Prayer", já nos 45 do segundo tempo.

"I'll Be There for You" lembrou os anseios adolescentes e seus desafios. Muita gente virou-se para o (a) amado (a) e tascou um beijo cinematográfico, gesto esse que se repetiria com freqüência durante a apresentação.

Aparentemente, o senhor Jon Bon Jovi mostrou um bom preparo físico ao fazer piruetas e jogadas sistemáticas de suas madeixas para enlouquecer fãs do sexo feminino.

Os gaúchos do Fresno, banda de abertura contra as vontades de fãs brasileiros, tentaram justificar a escolha para tour. À base de dedos médios e palavrões o público repudiou a participação do grupo. “Na boa, se eu venho pra ver uma lenda do Rock e tem emos inclusos no pacote prefiro comprar um DVD da tour. É uma falta de respeito com fãs brasileiros” afirma o universitário Sandro Pires.

A banda gaúcha fez uma aposta arriscada: começou o show com bastante peso, como que querendo provar que era mais rock'n'roll que o Bon Jovi.

Estranho é que o galã-cantor americano fez algumas exigências meio que clichês de um pop star: De vinho oriundo de certa parte do mundo a toalhas personalizadas. Termino com uma frase dita pelo mestre e amigo Michel Aleixo, repórter da Mixmag: “O Bon Jovi é Fresno pacas”, e foi por aí mesmo.

A tour continua nesta sexta-feira na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Os ingressos custam R$ 600 (pista premium) e R$ 250 (pista normal).

Por Marcus Vinicius Leite

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