Depois de 15 anos sem reencontrar os fãs brasileiros, Bon Jovi foi enfático quanto ao show que estava por vir. E jogou a responsabilidade pra cima do público: “Enquanto a plateia estiver animada, nós continuamos tocando o que quiserem" afirmou em entrevista antes da apresentação no estádio do Morumbi, em São Paulo na fria noite de ontem.
O cantor que passou no último dia 3 por terras hermanas onde tocou por pouco mais de duas horas e cinqüenta minutos, grandes sucessos e romances dos anos oitenta/noventa.
Em São Paulo, o público se animou e o generoso Bon Jovi se comprometeu entre hits e baladas três horas de um show estupendo. De um leque bem variado de canções que gira em torno de 30 anos de carreira, 27 foram escolhidas para justificar a ausência durante esses 15 anos de distância.
"You Give Love a Bad Name" foi o ponto inicial. Pintou vários sorrisos seu sorriso nos lábios dos presentes, fazendo um trocadilho infame com a letra. E as orações deste culto ao cantor americano foram ouvidas quando começa o riff de "Living on a Prayer", já nos 45 do segundo tempo.
"I'll Be There for You" lembrou os anseios adolescentes e seus desafios. Muita gente virou-se para o (a) amado (a) e tascou um beijo cinematográfico, gesto esse que se repetiria com freqüência durante a apresentação.
Aparentemente, o senhor Jon Bon Jovi mostrou um bom preparo físico ao fazer piruetas e jogadas sistemáticas de suas madeixas para enlouquecer fãs do sexo feminino.
Os gaúchos do Fresno, banda de abertura contra as vontades de fãs brasileiros, tentaram justificar a escolha para tour. À base de dedos médios e palavrões o público repudiou a participação do grupo. “Na boa, se eu venho pra ver uma lenda do Rock e tem emos inclusos no pacote prefiro comprar um DVD da tour. É uma falta de respeito com fãs brasileiros” afirma o universitário Sandro Pires.
A banda gaúcha fez uma aposta arriscada: começou o show com bastante peso, como que querendo provar que era mais rock'n'roll que o Bon Jovi.
Estranho é que o galã-cantor americano fez algumas exigências meio que clichês de um pop star: De vinho oriundo de certa parte do mundo a toalhas personalizadas. Termino com uma frase dita pelo mestre e amigo Michel Aleixo, repórter da Mixmag: “O Bon Jovi é Fresno pacas”, e foi por aí mesmo.
A tour continua nesta sexta-feira na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Os ingressos custam R$ 600 (pista premium) e R$ 250 (pista normal).
Por Marcus Vinicius Leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário