sábado, 16 de outubro de 2010

Green Day enlouquece cariocas em 2 horas e 50 minutos de show

Quando Billie Joe declarou que os fãs poderiam esperar muito dos quatro shows do Green Day no Brasil, ele não estava apenas fazendo uma média com o público brasileiro. Quem foi à Arena HSBC, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (15) é prova disso. Em exatas duas horas e cinqüenta minutos de show, Billie Joe, Mike Dirnt e Tré Cool, acompanhados por outros três músicos de apoio, tocaram músicas novas, antigas e ainda uma mini seção de covers.

O início do show, que estava marcado paras as 22h, começou com 30 minutos de atraso. Nada que abalasse o entusiasmo dos fãs, em sua grande maioria adolescentes. 21 Century Breakdown abriu a noite e em seguida foi emendada com Know Your Enemy, as duas do álbum mais recente. Com a energia de um moleque que pisa ao palco pela primeira vez, Billie Joe regeu uma multidão apaixonada. Esbanjando simpatia, o vocalista deu a entender que aquela não seria uma noite qualquer, quando logo na terceira música East Jesus Nowhere, convidou um menino da plateia para fazer figuração no palco. Mal sabiam todos que aquela seria apenas a primeira de uma série de “invasões” permitidas ao palco da banda.

O repertório ia sendo revelado aos poucos, enquanto uma surpresa sucedia a outra. Fogos e explosões eram apenas detalhes de uma apresentação marcada por uma performance enérgica e vibrante. Empolgação também não faltou aos fãs que espremiam-se no gargarejo e eram recompensados, com o carisma de toda a banda. Na metade do show o palco foi literalmente invadido, com a permissão dos seguranças. Um grupo de 10 adolescentes foi convocado para subir no palco, mas na área vip um fã, em especial, teria uma surpresa ainda maior.

Com cartaz em punho, pedindo a chance de cantar uma música ao lado de Joe, Gil Brasileiro (31 anos) estava quase desistindo quando seu pedido foi atendido. Empolgado, Gil cantou, tocou guitarra e quando iria sair de cena uma última surpresa: Billie Joe tirou a guitarra que estava usando e deu para o fã incrédulo. "Toma, essa é sua", disse Joe.  “Ouço Green Day desde 95, ver um show dos caras,  cantar e tocar com a banda já era realização de um sonho, ganhar uma guitarra então...sem palavras”, declarou, ainda sem acreditar, logo após descer do palco.

Na segunda metade do show o grupo brindou os fãs com sequência arrasadora: When I Come Around, Basket Case, She e King For A Day, que foram seguidas por alguns covers, como Iron Man, do Black Sabbath, Rock´n Roll, Led Zeppelin, Blitzrkieg Bop, do Ramones, esta executada com Billie Joe na bateria. Daí em diante o show virou uma celebração que parecia não ter hora para acabar. Até mesmo o set list, divulgado anteriormente para a imprensa, já havia sido esquecido. Agradecendo, muitas vezes em português, e acompanhado por um coro de quase doze mil pessoas, o vocalista mostrou porque o Green Day sobreviveu ao tempo e aos anos de estrada. Mais que isso, provou que o punk-rock amadureceu, sem perder sua essência. Motivo pelo qual os deuses do Punk – Rock, e não apenas eles, devem estar ainda mais felizes hoje.

Quem ainda não viu o Green Day, restam apenas duas oportunidades: em Brasília, no domingo (17) no Ginásio Nilson Nelson, e, por fim, na quarta-feira (20) na Arena Anhembi, em São Paulo. Um showzaço que vale a pena e deve ser conferido.

Colaboraram com esta matéria Diego Menezes e Bruna Marques.

Um comentário:

  1. O Show foi realmente um dos melhores que fui ultimamente, não só por relembrar as canções que embalaram a minha vida e principalmente a minha adolescência mas principalmente pela energia e pelo carinho ao público brasileiro demonstrado pelo irreverente Bily Joe e toda banda.
    Parabéns pela matéria André!
    Abraços!

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