Oito anos depois de pisarem na cidade maravilhosa pela primeira vez, em 2002, e novamente o público carioca teve o privilégio de estar frente a frente do maior Power Trio do planeta. E na noite deste domingo, na Praça da Apoteose, mesmo lugar onde na sexta-feira pisou Bon Jovi, o choro das mocinhas foi substituído pelo êxtase e choro dos marmanjos. E dos moleques também. Afinal, uma das coisas mais bacanas no show do Rush, além de toda a técnica, virtuosismo e qualidade do trio, é ver como as gerações se fundem e como a música dita a emoção. A emoção de um adolescente que descobriu a banda ontem não é maior ou menor do que a daquele coroa que ouve a banda desde 1968, ano do primeiro disco. Simplesmente a emoção é ímpar, pessoal e intransferível (com o perdão do clichê).
Não seria exagero nenhum dizer que o termo Power Trio só existe por causa do Rush, e que um é sinônimo do outro.Em 40 anos de carreira, muita coisa aconteceu, não só na vida dos três senhores Neil Peart,Geddy Lee e Alex Lifeson. A música e o rock mudaram. Mas algumas coisas mantêm – se intactas: a fidelidade, a entrega e o amor com que esses caras fazem música e, consecutivamente, história.
Além da clássica música Tom Sawyer, que popularizou-se por causa do seriado MacGiver, o Rush trouxe na bagagem, em sua Time Machine Tour, um presentaço para os fãs: o álbum “Moving Pictures”, de 1981, na íntegra. Sim, além das músicas mais recentes, o álbum que é um divisor na carreira do grupo foi tocado de cabo a rabo.
A abertura do show no Rio foi a mesma que vem sendo apresentada em toda a turnê: um clipe que conta uma pequena história da banda de repente, se funde com ela no palco, quando sem medo de matar qualquer um do coração, o trio emenda dois clássicos “The Spirit of the Radio” e “Time Stand Still”. Antes do intervalo, (sim, os velhinhos precisam de uma pausa para agüentar as quase três horas de apresentação), os fãs ouviram ainda Stick it Out, Workin' Them Angels, Leave That Thing Alone, Faithless, BU2B, Freewill, Marathon.
Na volta do “recreio” e já com a Apoteose completamente dominada, todas as faixas do Moving Pictures foram todas uma a uma: Tom Sawyer, Red Barchetta, YYZ, Limelight, The Camera Eye, Witch Hunt e Vital Signs.
Em cima do palco, os velhinhos divertem-se, brincam e fazem o que existe de melhor em termo de hard-rock e progressivo. Mais que isso, o Rush é mais uma banda que coloca à prova o tempo. Como um vinho,a ação do tempo parece que só melhora aquilo que parece já ser o melhor que existe no mundo. E, se dependermos da disposição de Geddy, Alex e Peart, poderemos contar com eles por muitos e muitos anos mais. Sorte nossa!
Crédito Foto: fã clube oficial Rush Brasil
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