terça-feira, 8 de julho de 2008

23 anos do Concreto Rachado!


A Plebe Rude está entre as bandas que apareceram no cenário nacional junto com a febre do rock nacional, no início dos anos 80. Em sua formação original estavam Philippe Seabra (guitarra e voz), Gutje (bateria), André X (baixo) e Jander Bilaphra (guitarra e voz).

Porém, logo com o disco de estréia (O Concreto Já Rachou – EMI – 1985) a diferença entre a Plebe e as outras bandas do cenário brasileiro estava estabelecida. O bolachão trazia apenas sete músicas. Mas o suficiente para que todos vissem que a postura era outra. Vocais dobrados, guitarras distorcidas e riffs marcantes, eram completados por uma pegada de baixo e batera que levavam todos a concluir que a banda tinha mesmo um algo a mais.

Produzido por Herbert Vianna, “O Concreto Já Rachou” trazia músicas que colocavam em xeque, já naquela época, a perfeição de Brasília, com seu concreto armado e formas arredondadas (Brasília). Mesmo nas músicas que ganharam as rádios, as críticas não foram deixadas de lado, e a truculência da polícia e o as desigualdades sociais também serviram de inspiração (Proteção e Até Quando Esperar).

Talvez isso tenha feito com que a Plebe Rude tenha tomado rumos diferentes dos seus conterrâneos do Capital Inicial e Legião Urbana. Ao contrário dessas bandas que souberam lidar com a pressão da indústria fonográfica, o sucesso do disco de estréia não foi repetido nos trabalhos posteriores da Plebe. Apesar de bons trabalhos e da mesma pegada, a banda não conseguiu um resultado tão expressivo como em O Concreto Já Rachou.

Significativo para a história do rock brasileiro, o disco ficou esquecido por uns tempos e voltou à tona junto com a retorno da Plebe, em 1999. Sorte de quem pode ouvi-lo nos anos 80, e sorte maior ainda de quem só o descobriu agora. Afinal, antes tarde do nunca.

Plebe Rude – O Concreto Já Rachou!
EMI - 1985

1. Até Quando Esperar
2. Proteção
3. Johnny Vai á Guerra
4. Minha Renda
5. Sexo e Karatê
6. Seu Jogo
7. Brasília

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