Avenida Paulista, numa manhã fria no século passado. Abro minha sala e surpreendo, sentado à minha mesa, um importante empresário europeu, criador de salmões. Aí você me pergunta: mas o que isso tem a ver com música? Tudo, meu amigo e minha amiga, tudo a ver. O escocês de parcos cabelos e hoje com mais de 60 anos – era o maior flautista da história do rock. Ian Anderson, ele mesmo, o líder do Jethro Tull. Confesso que tive a impressão de que a partir daquele instante a sala do coordenador da 89 FM não era mais minha, mas do cara – para sempre. Até porque se fossem colocar uma placa do tipo “Nesta sala esteve fulano de tal...” certamente não seria eu o homenageado. Por aquela mesma sala passaram alguns dos grandes nomes da música brasileira e mundial, e foi ali mesmo que Raul Seixas deu sua última entrevista. Aliás, vamos falar disso em breve.
Ian Scott Anderson permitiu que eu me sentasse, mudou-se para o sofá que ali havia e ficamos conversando. Ele mal conhecia a música brasileira mas já ouvira falar em Tom Jobim. Menos mal. Meu colega de sala não tinha a atitude de um roqueiro. Falava pouco e era de pouco riso. Mas estava longe de ser antipático. Em seguida, foi para o estúdio e deu uma bela entrevista para a serena e competente locutora Selma Boiron. À época, o Jethro Tull fazia a turnê de vinte anos de carreira.
Algumas luas depois, Mr. Anderson me mandou uma caixa. Seriam salmões? Não. Eram quatro CDs do Jethro Tull e um encarte ilustrado com fotos, história e uma intricada árvore genealógica com as diversas formações da banda. Nada mal.
Ian Scott Anderson permitiu que eu me sentasse, mudou-se para o sofá que ali havia e ficamos conversando. Ele mal conhecia a música brasileira mas já ouvira falar em Tom Jobim. Menos mal. Meu colega de sala não tinha a atitude de um roqueiro. Falava pouco e era de pouco riso. Mas estava longe de ser antipático. Em seguida, foi para o estúdio e deu uma bela entrevista para a serena e competente locutora Selma Boiron. À época, o Jethro Tull fazia a turnê de vinte anos de carreira.
Algumas luas depois, Mr. Anderson me mandou uma caixa. Seriam salmões? Não. Eram quatro CDs do Jethro Tull e um encarte ilustrado com fotos, história e uma intricada árvore genealógica com as diversas formações da banda. Nada mal.
Por Claudio Carneiro - radialista, jornalista e publicitário com passagem nos anos áureos das rádios Fluminense FM (A Maldita), Transamérica (RJ) e 89 FM (a rádio rock de São Paulo). Foi repórter aéreo e produtor das Rádios Cidade e JB FM, no Rio. Atuou em emissoras de TV, milita em assessoria de imprensa e sempre que possível contribui com o VitrolaNews.
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