sexta-feira, 5 de junho de 2009

Os moleques cresceram

Há quase vinte anos, num “reino do rock” quase esquecido, no meio do Centro – Oeste brasileiro, onde já não surgiam novidades, e onde o trono e título de cidade do rock já era quase uma lenda, eis que surgem quatro moleques. Amigos, os moleques, que respondiam por Raimundos, faziam aquilo que mais gostavam: rock. Mas um rock diferente, com sanfona e triangulo. Sanfona, triangulo, rock...seria isso forrock?! Não importa o rótulo que tentaram dar. Ainda que parte das pessoas mais “cults” tenham feito cara feia no início (apenas no início) não demoraram a se render ao som dos quatro malucos (na época, Fred, Rodolfo, Canisso e Digão) que tomou conta dos quatro cantos do país, já que a velha Brasília, hoje quase cinquentona, já tinha ficado pequena.

Depois daí a história virou domínio popular, as boates e locais fechados do underground tiveram que ser substituídos por estádios, arenas, ginásios. Por onde passasse o Raimundos tinha um séquito ao redor, que só aumentava cada vez mais. E então, que no ápice o príncipe resolveu virar sapo, deixando de lado súditos e todo um legado. A saída do vocalista Rodolfo foi um golpe, que apesar de duro foi bem digerido e hoje já faz parte do passado.

Assumindo a responsabilidade e pilotando o barco sozinho por algum tempo, Digão passou a acumular a função de guitarrista e vocalista. Logo o quarteto estava refeito (Digão, Canisso, Caio e Marquim). Os marujos determinados aceitaram o desafio de não se deixar perder uma importante fase da história do rock nacional. Ao vivo, o Raimundos continua com a mesma energia e pegada.

Hoje os ex-moleques mostram que cresceram e também o quanto a maturidade pode fazer bem. Sem pressa, continuam fazendo e se divertindo com o que mais gostam, afinal “eles querem é rock!!!”, como anunciaram no primeiro hit (Puteiro em João Pessoa). E prestes a completar duas décadas, o grupo garante que a vontade em nada diminuiu e que o patrimônio de hits que a banda conquistou nos quase 20 anos de carreira não está perdido. Pelo contrário, mais vivo do que nunca!

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