Land of Confusion: qualquer semelhança não é mera coincidência

Lá se vão 24 anos desde o lançamento do álbum Invisible Touch, do Genesis. À época, o mundo vivia ainda sob os temores da Guerra Fria, que durou do final da Segunda Guerra Mundial (1945) até 1991, com a extinção da antiga União Soviética. E o conturbado período histórico, marcado por conflitos políticos, militares, econômicos e sociais, foi a inspiração ideal para Land of Confusion, um dos principais singles de Invisible Touch.

A música foi composta pelo guitarrista Mike Rutherford. Seu clipe ganhou, em 1988, o Grammy Award pelo melhor conceito de vídeo musical.

Atualíssima até os dias de hoje, a letra de Land of Confusion é uma verdadeira porrada (no saco ou na cara, basta escolher) dos governantes e também do povo. Sim, do povo também. A inteligente letra vai além da crítica pela crítica e é uma verdadeira intimação para que o povo lute por um mundo melhor.

“Too many men, too many people making too many problems... this is the world we live in, and these are the hands we're given, use them and let's start trying to make it a place worth fighting for” , que traduzidos literalmente invocam a uma mudança que o mundo precisava e, por sinal, continua precisando: “tantos homens, tantas pessoas causando tantos problemas... esse é o mundo em que vivemos e essas são as mãos que nós temos, use-as e vamos começar a tentar fazer desse um lugar que valha a pena lutar”.

Anos mais tarde, em 2005, o Disturbed regravou a música e deu a ela o tratamento adequado. O arranjo caprichado e moderno ganhou um clipe à altura, feito em animação e produzido pela Todd McFarlane Entertainment, uma das mais conceituadas empresas do mundo, no gênero.

Em tempos que melodia e conteúdo andam cada vez mais distantes, não custa nada refrescar a memória e relembrar de uma época em que a música tinha uma função que ia além de balançar o popô e tirar o pé do chão.

Abaixo os dois clipes, confira:

Land of Confusion – Gênesis ( 1986 - original)



Land of Confusion – Disturbed (2005)



*Post dedicado ao amigo Afonso Morais