Quem foi aos “dois” shows do Iron Maiden no Rio de Janeiro terá muitas histórias para contar. As histórias do show de uma música só (dia 27) e as histórias do show completo (28). De igual nos dois shows só mesmo a má organização da produção.
Foram muitos os problemas: portões que demoraram para ser abertos, poucos seguranças no local do show e do lado de fora, uma grade que não suportou os fãs e, pior, a falta de um plano “B”, que obrigou a transferência de data do concerto. Na segunda-feira reinou a desinformação e o despreparo dos funcionários da Arena HSBC. Para se ter ideia cheguei a ouvir de um cidadão que se estava insatisfeito com alguma coisa (quando questionei sobre o estacionamento) que eu processasse a casa de shows ou a produtora local, Mediamania.
Depois de muito estresse para chegar ao local e conseguir estacionar, finalmente o que interessa: Iron Maiden no palco. É bem verdade que as músicas novas, apesar de muito boas também, não empolgaram tanto quanto os velhos clássicos. A péssima produção local (da Arena HSBC e Mediamania) nem de perto lembram o show a parte dado pelo staff do Iron Maiden. Som e luz impecáveis e, mais uma vez, um cenário que é um espetáculo a parte, mesmo com um palco pequeno e um tanto quanto xinfrim!
No palco a banda é imbatível e Bruce Dickinson parece ter os mesmos vinte e poucos anos do início de carreira. O vocalista novamente correu e pulou o tempo todo. Os pontos altos do show foram, sem dúvida, em The Trooper, The Evil That Men Do (momento em que o Eddie apareceu andando no palco) e Iron Maiden (quando novamente o Eddie deu o ar da graça, dessa vez com sua enorme cabeça verde atrás da bateria). Das músicas novas, além de The Final Frontier (que abriu o show logo após a intro Satellite 15) e Eldorado (que veio em seguida), Coming Home também foi cantada em coro pelo público.
É bem verdade que pelo menos umas duas mil pessoas devam ter deixado de ir ao show da segunda- feira e que o Iron fez de tudo para apagar a frustração dos fãs que estiveram na Arena no dia 27 e precisaram retornar na segunda-feira. Mesmo com menos gente na Arena, o Iron fez um show impecável, levando ao delírio a galera da old school e os mais jovens, e, novamente, mostrou porque é a maior banda de heavy metal de todos os tempos.
Mas para as outras cidades que ainda vão receber a Donzela, fica o alerta, para que os erros e o péssimo exemplo dado pelos produtores no Rio de Janeiro não sejam seguidos.
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