terça-feira, 29 de março de 2011

Nem a má organização conseguiu estragar o show do Iron Maiden no Rio de Janeiro

Quem foi aos “dois” shows do Iron Maiden no Rio de Janeiro terá muitas histórias para contar. As histórias do show de uma música só (dia 27) e as histórias do show completo (28). De igual nos dois shows só mesmo a má organização da produção.

Foram muitos os problemas: portões que demoraram para ser abertos, poucos seguranças no local do show e do lado de fora, uma grade que não suportou os fãs e, pior, a falta de um plano “B”, que obrigou a transferência de data do concerto. Na segunda-feira reinou a desinformação e o despreparo dos funcionários da Arena HSBC. Para se ter ideia cheguei a ouvir de um cidadão que se estava insatisfeito com alguma coisa (quando questionei sobre o estacionamento) que eu processasse a casa de shows ou a produtora local, Mediamania.

Depois de muito estresse para chegar ao local e conseguir estacionar, finalmente o que interessa: Iron Maiden no palco. É bem verdade que as músicas novas, apesar de muito boas também, não empolgaram tanto quanto os velhos clássicos. A péssima produção local (da Arena HSBC e Mediamania) nem de perto lembram o show a parte dado pelo staff do Iron Maiden. Som e luz impecáveis e, mais uma vez, um cenário que é um espetáculo a parte, mesmo com um palco pequeno e um tanto quanto xinfrim!

No palco a banda é imbatível e Bruce Dickinson parece ter os mesmos vinte e poucos anos do início de carreira. O vocalista novamente correu e pulou o tempo todo. Os pontos altos do show foram, sem dúvida, em The Trooper, The Evil That Men Do (momento em que o Eddie apareceu andando no palco) e Iron Maiden (quando novamente o Eddie deu o ar da graça, dessa vez com sua enorme cabeça verde atrás da bateria). Das músicas novas, além de The Final Frontier (que abriu o show logo após a intro Satellite 15) e Eldorado (que veio em seguida), Coming Home também foi cantada em coro pelo público.

É bem verdade que pelo menos umas duas mil pessoas devam ter deixado de ir ao show da segunda- feira e que o Iron fez de tudo para apagar a frustração dos fãs que estiveram na Arena no dia 27 e precisaram retornar na segunda-feira. Mesmo com menos gente na Arena, o Iron fez um show impecável, levando ao delírio a galera da old school e os mais jovens, e, novamente, mostrou porque é a maior banda de heavy metal de todos os tempos.

Mas para as outras cidades que ainda vão receber a Donzela, fica o alerta, para que os erros e o péssimo exemplo dado pelos produtores no Rio de Janeiro não sejam seguidos.

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