quinta-feira, 4 de setembro de 2008

"Death Magnetic" faixa a faixa

Oficialmente, o lançamento do novo disco do Metallica, "Death Magnetic", está marcado para o dia 12 desse mês. Mas uma loja de Paris, sem querer ou não, acabou se antecipando e vendendo o disco antes do lançamento mundial. Resultado, não demorou muito e os fãs já começaram a distribuir o disco via internet. Normalmente qualquer disco novo do Metallica gera expectativa e causa alvoroço nos fãs e críticos. Depois de cinco anos sem um disco com músicas inéditas, o último foi St. Anger (2003), essa ansiedade se torna ainda maior. Graças à bendita loja parisiense que antecipou a venda do disco, ao e-mule e tantas outras fontes de compartilhamento de arquivos na internet, o VitrolaNews traz um resumo de “Death Magnetic”.

Logo de cara “That Was Just Your Life” cria um clima e prepara os fãs para o que vem a seguir. Após um dedilhado, a expectativa vai subindo gradativamente como a música, e eis que surge aquela velha bateria de Lars Ulrich, com sua pegada inconfundível. Os riffs de Hetfield e Hammett são completados pelo pesado baixo de Trujillo. Depois de longos 2 minutos de introdução, o vocal de James consolida: O velho Metallica está de volta! Pesado, agressivo, rápido, como nos tempos de “Kill´em All”, “Ride the Lightning”, “Master Of Puppets” e “…And Justice For All”. A primeira música dura 7´09”, e é apenas o começo de 1h14’46”, divididos em 10 músicas.

“The End of the Line” mostra por que o Metallica continua sendo uma das maiores bandas de metal do mundo. Ainda maior do que a música de abertura do disco, aqui os quatro abusam das variações durante os 7’52” de música. O rápido solo de Kirk Hammett traz o pedal wha – wha, muito bem executado, diga-se de passagem.

Em “Broken, Beat & Scarred”, vale destacar o baixo de Rob Trujillo. Nessa faixa o músico mostra que tem muito mais do que uma excelente perfomance no palco, e comprova a inevitável contribuição que trouxe para a banda. Os bumbos cadenciados aumentam o peso.

“The Day that Never Comes” já remete a um Metallica mais anos 90. Apesar de mais leve do que as músicas anteriores, com um vocal equilibrado, ponderando agressividade e harmonia, a música surpreende e ganha mais peso no final.

Depois de um momento mais tranqüilo, a banda novamente parte para o ataque com “All Nightmare Long”. Se existe um conceito para o estilo thrash metal, este pode ser exemplificada com os rápidos riffs da 5° música de “Death Magnetic” . Apesar das variações, a velocidade é o que marca a metade do álbum.

Já conhecida dos fãs, por ter sido divulgada anteriormente no site oficial da banda, ao ouvirmos “Cyanide” em sua versão original, a impressão que temos é que se trata de um clássico. Ou seja, uma música predestinada a estourar. Mais uma vez a pegada conjunta de bateria e baixo dão o tom.

Será o fim de uma trilogia?! Assim como nas outras edições, “The Unforgiven III” traz um belo arranjo. No momento mais calmo do disco, James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett, Rob Trujillo comprovam mais uma vez a versatilidade que faz do Metallica uma banda única. A experiência tocando ao lado de uma orquestra é trazida para essa música, que conta com belíssimos arranjos de cordas.
The Judas Kiss” traz, mais uma vez, uma enorme variações de riffs e batidas que se completam. Destaque ainda para os solos de Kirk, com mais de um minuto de duração.

Uma das surpresas do disco, a instrumental “Suicide & Redemption” é a maior música do álbum, com 9’57”. Apesar dos bons arranjos e da qualidade, a música acaba se tornando desnecessária, já que em todas as outras músicas a banda mostra muito bem o que sabe fazer.
Coincidência ou não, depois da maior vem “My Apocalypse”, menor música, a única com menos de 6 minutos. Com esse thrash metal furioso, que chega a lembrar o Slayer, “Death Magnetic” fecha as cortinas e termina em grande estilo.

Ao concluir a audição do disco, a sensação que dá é a de que os cinco anos longe dos estúdios fez muito bem para a banda. Ao contrário dos sucessivos e mal sucedidos discos da era 90/2000, “Death Magnetic” resgata a memória viva Metallica. Mais do que isso, nos faz sonhar com a nova turnê da banda chegando ao Brasil.



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